segunda-feira, 3 de novembro de 2014
CANTARES DE SALOMÃO 4
1 Como és formosa, amada minha, eis que és formosa! os teus olhos são como pombas por detrás do teu véu; o teu cabelo é como o rebanho de cabras que descem pelas colinas de Gileade.
2 Os teus dentes são como o rebanho das ovelhas tosquiadas, que sobem do lavadouro, e das quais cada uma tem gêmeos, e nenhuma delas é desfilhada.
3 Os teus lábios são como um fio de escarlate, e a tua boca é formosa; as tuas faces são como as metades de uma romã por detrás do teu véu.
4 O teu pescoço é como a torre de Davi, edificada para sala de armas; no qual pendem mil broquéis, todos escudos de guerreiros valentes.
5 Os teus seios são como dois filhos gêmeos da gazela, que se apascentam entre os lírios.
6 Antes que refresque o dia e fujam as sombras, irei ao monte da mirra e ao outeiro do incenso.
7 Tu és toda formosa, amada minha, e em ti não há mancha.
8 Vem comigo do Líbano, noiva minha, vem comigo do Líbano. Olha desde o cume de Amana, desde o cume de Senir e de Hermom, desde os covis dos leões, desde os montes dos leopardos.
9 Enlevaste-me o coração, minha irmã, noiva minha; enlevaste-me o coração com um dos teus olhares, com um dos colares do teu pescoço.
10 Quão doce é o teu amor, minha irmã, noiva minha! quanto melhor é o teu amor do que o vinho! e o aroma dos teus ungüentos do que o de toda sorte de especiarias!
11 Os teus lábios destilam o mel, noiva minha; mel e leite estão debaixo da tua língua, e o cheiro dos teus vestidos é como o cheiro do Líbano.
12 Jardim fechado é minha irmã, minha noiva, sim, jardim fechado, fonte selada.
13 Os teus renovos são um pomar de romãs, com frutos excelentes; a hena juntamente com nardo,
14 o nardo, e o açafrão, o cálamo, e o cinamomo, com toda sorte de árvores de incenso; a mirra e o aloés, com todas as principais especiarias.
15 És fonte de jardim, poço de águas vivas, correntes que manam do Líbano!
16 Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, espalha os seus aromas. Entre o meu amado no seu jardim, e coma os seus frutos excelentes!
CANTARES DE SALOMÃO 3
1 De noite, em meu leito, busquei aquele a quem ama a minha alma; busquei-o, porém não o achei.
2 Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade; pelas ruas e pelas praças buscarei aquele a quem ama a minha alma. Busquei-o, porém não o achei.
3 Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade; eu lhes perguntei: Vistes, porventura, aquele a quem ama a minha alma?
4 Apenas me tinha apartado deles, quando achei aquele a quem ama a minha alma; detive-o, e não o deixei ir embora, até que o introduzi na casa de minha mãe, na câmara daquela que me concebeu:
5 Conjuro-vos, ó filhos de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis, nem desperteis o amor, até que ele o queira.
O cortejo nupcial - O esposo exprime o seu amor pela esposa (até 4:16)
6 Que é isso que sobe do deserto, como colunas de fumaça, perfumado de mirra, de incenso, e de toda sorte de pós aromáticos do mercador?
7 Eis que é a liteira de Salomão; estão ao redor dela sessenta valentes, dos valentes de Israel,
8 todos armados de espadas, destros na guerra, cada um com a sua espada a cinta, por causa dos temores noturnos.
9 O rei Salomão fez para si um palanquim de madeira do Líbano.
10 Fez-lhe as colunas de prata, o estrado de ouro, o assento de púrpura, o interior carinhosamente revestido pelas filhas de Jerusalém.
11 Saí, ó filhas de Sião, e contemplai o rei Salomão com a coroa de que sua mãe o coroou no dia do seu desposório, no dia do júbilo do seu coração.
CANTARES DE SALOMÃO 2
CANTARES DE SALOMÃO 2
1 Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales.
2 Qual o lírio entre os espinhos, tal é a minha amada entre as filhas.
3 Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos; com grande gozo sentei-me à sua sombra; e o seu fruto era doce ao meu paladar.
4 Levou-me à sala do banquete, e o seu estandarte sobre mim era o amor.
5 Sustentai-me com passas, confortai-me com maçãs, porque desfaleço de amor.
6 A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua mão direita me abrace.
7 Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis nem desperteis o amor, até que ele o queira.
8 A voz do meu amado! eis que vem aí, saltando sobre os montes, pulando sobre os outeiros.
9 O meu amado é semelhante ao gamo, ou ao filho do veado; eis que está detrás da nossa parede, olhando pelas janelas, lançando os olhos pelas grades.
10 Fala o meu amado e me diz: Levanta-te, amada minha, formosa minha, e vem.
11 Pois eis que já passou o inverno; a chuva cessou, e se foi;
12 aparecem as flores na terra; já chegou o tempo de cantarem as aves, e a voz da rola ouve-se em nossa terra.
13 A figueira começa a dar os seus primeiros figos; as vides estão em flor e exalam o seu aroma. Levanta-te, amada minha, formosa minha, e vem.
14 Pomba minha, que andas pelas fendas das penhas, no oculto das ladeiras, mostra-me o teu semblante faze-me ouvir a tua voz; porque a tua voz é doce, e o teu semblante formoso.
15 Apanhai-nos as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas; pois as nossas vinhas estão em flor.
16 O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios.
17 Antes que refresque o dia, e fujam as sombras, volta, amado meu, e faze-te semelhante ao gamo ou ao filho dos veados sobre os montes de Beter.
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