Primeiramente precisamos definir o que é púlpito. Praticamente todas as igrejas protestantes utilizam esse móvel chamado púlpito para que os preletores pastores preguem. Ele encontra-se no centro da plataforma, geralmente elevada, dando assim uma conotação de autoridade e centralidade.
O púlpito surgiu nos templos pagãos, sendo oficializado na Idade Média pela Igreja Católica como, de fato, o local propício para a pregação.
Na Reforma Protestante o altar foi praticamente removido, deixando toda a atenção dedicada ao púlpito, reforçando ainda mais a centralidade da pregação. Portanto, isso tudo quer dizer que nem Jesus, nem os apóstolos, muito menos os pais da Igreja pregaram em púlpitos.
A palavra púlpito vem do latim pulpitum, traduzindo, palco.
Então, para que fique claro, o púlpito em si não tem importância nenhuma no que diz respeito a pregação do Evangelho, mesmo porque a Nova Aliança não é mais focada em templos, altares, púlpitos ou plataformas, mas na ação do Espírito Santo nos crentes em Cristo Jesus.
Esses desvios vêm ocorrendo há muito
tempo, inclusive quando se convencionou chamar o púlpito - que é um palanque -
de altar.
Portanto, meus amados, essa coisa de
se chamar púlpito de altar é apenas um dos desvios que, por conseguinte, pode
levar quem pensa que está no "altar" a se sentir o próprio
elo de ligação entre o povo e Deus. E aí inicia-se uma nova religião onde a
palavra “função” (no corpo) perde a letra “f” e é transformada em “unção”, e
onde o "sacerdote-pastor-bispo-apóstolo-patriarca" passa a ser o
líder a ser seguido, o “ungido do Senhor”, a “cobertura espiritual” que tem a
palavra final sobre qualquer coisa, infalível, um evangélico adotando o dogma
católico da infalibilidade papal. Não estou dizendo que seja errado existirem
igrejas-prédios, conquanto isso seja um facilitador para a reunião da
igreja-gente. O erro está em dizer que a igreja institucional (pessoa jurídica
por determinação da lei) e denominacional seja a igreja de Cristo. Não é. As
pessoas que congregam em tais igrejas podem ou não ser da Igreja do Cordeiro, a
noiva, da qual Jesus é o único pastor, o noivo, e que somente Ele sabe quem são
os seus. A parábola das dez virgens (Mt.25) e os operadores de sinais, curas e
exorcismos de Mateus 7:20-23 são a prova disto: Estavam nas igrejas, mas não
eram da Igreja do Senhor.
A única referência que encontrei no Velho Testamento, que podemos identificar como púlpito, está em Neemias 8:1/5 ss embora apareça a expressão “…um estrado de madeira, que fizeram para esse fim…” que pelo contexto podemos identificar com o púlpito. Estavam cerca do ano 440 AC época em que certamente não havia aparelhagem de amplificação sonora nem tinham conhecimentos de acústica, pelo que se limitaram a construir um estrado alto, para que Neemias pudesse ser visto e ouvido pelo maior número de pessoas possível. Não foi por instruções do seu Deus, pois nesse caso, certamente que ficaria registado. Foi uma iniciativa deles para resolver o problema com as possibilidades que tinham.
No Novo Testamento, também não
aparece a palavra “púlpito” (que vem do latim pulpitu e significava
cavalete, tribuna, palco etc.) o que não significa que não utilizassem esse
tipo de mobiliário com a mesma finalidade, como no caso de Neemias, sem a carga
teológica que essa palavra adquiriu nos nossos dias. Em certos aspectos,
podemos considerar que o barco de Pedro já foi um “púlpito” utilizado por
Jesus. Marcos 4:1
Este problema do púlpito é
tipicamente um problema das igrejas evangélicas, em que o púlpito pela posição
que ocupa no salão de cultos, passou a ser encarado como o lugar santo,
que à semelhança do Velho Testamento está reservado aos “sacerdotes” dos nossos
dias
Mas vamos à pergunta principal: Qual
o exemplo que Jesus nos deixou sobre este assunto?
Segundo vemos nos evangelhos, várias
vezes o Mestre ensinou no Templo e nas sinagogas, mas os sermões mais
importantes foram para os pescadores nas praias, para os lavradores nos campos,
para as grandes multidões que O seguiam nos montes.
Muitos têm tentado falar no amor de
Jesus, mas sem nada fazer para mostrar esse amor.
Quanto mais arrefecida a igreja,
quando deixa o seu primeiro amor Apocalipse 2:4, mais ritualista, autoritária e
hierárquica se torna, mais importantes as normas e regulamentos como era no
Velho Testamento.
Segundo Lucas
23:45 quando Jesus morreu “rasgou-se ao meio o véu do santuário”. Mas,
nos nossos dias, parece que há quem esteja a tentar remendar o véu rasgado.
Há quem debata e até critica Mulheres no ministério pastoral e dizem que a bíblia não menciona ter Pastora, Eu pergunto: E por acaso tem Púlpito? Então porque você tem na sua Igreja? Acaso um objeto de madeira tem mais importância que um ser humano?
Pode parecer uma comparação simples demais, mas vale a pena refletir.
Fonte: Internet mas Espirito Santo
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