OS 8 DEGRAIS DA QUEDA DE PEDRO
Antes de Pedro tornar-se um apóstolo cheio do Espírito Santo,
um pregador ungido e ousado revelou sua fraqueza e chegou ao ponto extremo de
negar a Jesus.
Sua queda foi vergonhosa, suas lágrimas foram amargas, mas sua
restauração foi completa.
A queda de Pedro passou por vários estágios. Alistaremos em
seguida os oito DEGRAIS DE SUA QUEDA.
1. A Autoconfiança (Lc 22.33) – Quando Jesus alertou a Pedro
acerca do plano de Satanás de peneirá-lo como trigo, Pedro respondeu que estava
pronto a ir com ele tanto para a prisão como para a morte. Pedro não vigiou,
subestimou a ação do inimigo e superestimou a si mesmo. Ele colocou exagerada
confiança no seu próprio “eu” e aí começou sua derrocada espiritual. Pedro
estava cheio de autoconfiança, quando a mesma precisa estar em DEUS. Este foi o
primeiro degrau de sua queda.
2. A Indolência (Lc 22.45) – O mesmo Pedro que prometeu
fidelidade irrestrita a Cristo e disposição de ir com ele para a prisão e para
a morte, agora está agarrado no sono no Jardim do Getsêmani no aceso da
batalha. Faltou-lhe percepção da gravidade do momento. Faltou-lhe vigilância
espiritual. Estava entregue ao sono em vez de estar guerreando com Cristo
contra as hostes do mal. A fraqueza espiritual de Pedro fê-lo dormir e ao
dormir fracassou no teste da vigilância espiritual. Dormiu quando devia vigiar
e desceu o segundo DEGRAU.
3. A Precipitação (Lc 22.50) – Quando os soldados romanos,
liderados por Judas Iscariotes e pelos principais sacerdotes prenderam a Jesus,
Pedro sacou sua espada e cortou a orelha de Malco. Sua valentia era carnal.
Porque dormiu e não orou, entrou na batalha errada com as armas erradas e com a
motivação errada. Pedro deu mais um passo na direção da queda. Ele deslizou
mais um degrau rumo ao chão. Nossa luta não é contra carne e sangue. Precisamos
lutar não com armas carnais, mas com as espirituais. Pedro reagiu de modo
carnal e desceu o terceiro DEGRAU.
4. Seguir a Jesus de longe (Lc 22.54) – Depois que Cristo foi
levado para a casa do Sumo Sacerdote, Pedro mergulhou nas sombras da noite e
seguia a Jesus de longe. Sua coragem desvaneceu. Sua valentia tornou-se
covardia. Seu compromisso de ir com Cristo para a prisão e para a morte foi
quebrado. Sua fidelidade incondicional ao Filho de Deus começou a enfraquecer.
Não queria perder Jesus de vista, mas também não estava disposto a
assumir os riscos de sua ligação com ele. Pedro despenca mais um degrau rumo à
fatídica queda! 5. As Más Companhias (Lc 22.55) – Pedro dá mais um passo rumo
ao fracasso quando se afasta de Cristo e se aproxima de seus inimigos na casa
do sumo sacerdote. Pedro assentou-se na roda dos escarnecedores. Tornou-se um
com eles. Imiscuiu-se com gente que escarnecia de Cristo. Colocou uma máscara e
tornou-se um discípulo disfarçado no território do inimigo. Sua mistura com o
mundo custou lhe caro, pois foi nesse terreno escorregadio que sua máscara foi
arrancada e sua queda tornou-se mais vergonhosa pois sentou-se com os ímpios.
5. A Negação (Lc 22.57) – Um abismo chama outro abismo. Uma
queda leva a outros tombos. Pedro não conseguiu manter-se disfarçado no
território do inimigo. Logo foi identificado como um seguidor de Cristo e
quando interpelado por uma criada, respondeu: “Mulher, não conheço a Cristo”.
Pedro negou sua fé e seu Senhor. Ele quebrou o juramento de seguir a Cristo até
a prisão e até à morte. Sua covardia prevaleceu sobre sua coragem. O medo
dominou a fé e ele caiu vergonhosamente. 7 e 8. A Blasfêmia (Mc 14.71) – Pedro
NEGOU a Cristo três vezes. Ele negou na primeira vez (Mt 27.70), e JUROU
falsamente na segunda vez (Mt 27.72) e PRAGUEJOU na terceira vez (Mt 27.74).
Descendo aqui o setimo e oitavo DEGRAUS.
A boca de Pedro está cheia de praguejamento e blasfêmia e não
de votos de fidelidade. Ele caiu das alturas da autoconfiança para o pântano da
derrota mais humilhante. Sua queda não aconteceu num único lance. Foi de degrau
em degrau. Ele poderia ter interrompido essa escalada de fracasso, mas só caiu
em si quando estava com a alma coberta de opróbrio e com os olhos cheios de
lágrimas amargas. Não somos melhores do que Pedro. Estamos sujeitos aos mesmos
fracassos. A única maneira de permanecermos de pé é colocarmos nossos olhos em
Cristo e dependermos dele em vez de nos escorarmos no frágil bordão da
autoconfiança.
DA Bíblia da Pregadora
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