Dicionário Bíblico
Letra S
O eunuco-chefe da segunda casa das mulheres do rei Assuero
(Et 2:14).
1) Filho de Raamá, e neto de Cã (Gn 10.7; 1 Cr 1.9). 2)
Filho de Joctã (Gn 10.28; 1 Cr 1.22). 3) Neto de Abraão (Gn 25.3; 1 Cr 1.32).
Estes devem ser considerados como troncos distintos do povo descrito no artigo.
Sétimo dia da semana, consagrado a Deus porque após os seis
dias da criação o Criador descansou (Gn 2,2s). Era um dia festivo (Ex
16,4s.14s.16-36; 35,1-3; Is 1,13; Os 2,13), no qual o israelita se abstinha de
qualquer trabalho (Ex 20,8-11; Ez 46,1-12; 20,12) e se dedicava à oração (Ex
31,13; Nm 15,32-36; 1Mc 2,32-41 e notas). Sábado é também o dia do anúncio dos
bens futuros, escatológicos (Is 56,1-6; 58,13s; 66,22s; Jr 17,19-27; Ez
44,1-12). Mas, quando Cristo veio, o jugo dos fariseus fizera do sábado um dia
de escravidão (Mt 12,1-14; At 1,12; Lc 6,6; 13,10-17; Jó 5,9-18; 7,21-24;
9,14-16). Cristo transforma o sábado no dia da sepultura (Lc 23,53s; Jó
19,31-42) e fixa para o dia seguinte -domingo -o dia da Ressurreição, da
libertação, da nova criação (Mc 16,2-9; Jo 20,1.19).
Parte do grito de angústia dado por Jesus na cruz, tirada
do (Salmo 22:1).
O ano sétimo celebravam-no os judeus, não cultivando a
terra nesse período de tempo (Êx 23.10; Lv 25.2,3, etc.). O ano sabático
principiava no outono, depois da ceifa. O povo nessa ocasião devia dar
liberdade aos escravos (Êx 21.2), e perdoar as dívidas; e aqueles, cuja herança
tinha sido alienada, voltavam à posse das suas propriedades. Para celebrar a
criação tinha sido instituído o ano sabático, na idéia de reforçar o
conhecimento de que Deus era o Senhor de todas as coisas, particularmente da
terra de Canaã, que Ele tinha dado aos hebreus. Nesse ano os frutos dos campos
e das vinhas pertenciam aos pobres e necessitados, tirando disso proveito os
próprios animais (Êx 20.10 e seg.). Efetuavam-se serviços especiais no templo,
durante a festa dos Tabernáculos (Dt 31.10 a 13). Esta instituição, como Moisés
havia predito, foi por muito tempo considerada com indiferença (Lv 26.34,35);
mas, depois do cativeiro, durante o qual a terra tinha ficado inculta, em
compensação do que havia acontecido por longa negligência (2 Cr 36.21), era
mais cuidadosamente observada.
Salomão destacava-se como o grande sábio de Israel (1Rs
5,9-14; Eclo 47,12-17; Pr 1,1; Ecl 1,1; Sb 8,19; 1Rs 3,4-15). Progressivamente
a sabedoria é considerada como uma participação da sabedoria divina,
manifestada no temor de Deus e na observância da Lei (Pr 15,16.33; 16,6; Ecl
3,12s; 9,7-9; Sb 1,1-5; Eclo 15,1-6; 24,23s; Br 3,9-4,4). Da Lei - sabedoria de
Deus no meio do povo -passa-se à personificação da sabedoria divina (Pr
8,23-31; Jó 28; Eclo 24; Sb 7,22-8,1). João, no seu evangelho, diz-nos que a
sabedoria personificada é Cristo, o Verbo de Deus (Jó 1,18). Como a sabedoria,
também Cristo põe a mesa, oferecendo pão e vinho (Jó 6,35; Pr 9,1-6cf. ; Eclo
24,19-22; Is 56,1-11; Mc 2,22; Is 55,1s). Paulo, partindo de Sb 13,1-10, fala
de um plano sábio de Deus, que levaria o homem a conhecê-lo; mas este falhou
por causa da sabedoria humana (Rm 1,19-25). Então Deus apresentou o “escândalo
da cruz” (1Cor 1,19-25; 2,6-16).
1) Levita (Ed 10.15), que expunha a
Lei, depois de ela ter sido lida (Ne 8.7). 2) Levita que foi superintendente da
casa de Deus (Ne 11.16) - talvez seja o mesmo que o primeiro.
Descendentes de Seba (Gn 10:7); africanos (Is 43:3). Eram
“homens de alta estatura” e mercadores (Is 45:14). Foi predita a sua conversão
ao Senhor (Sl 72:10). Esta palavra, em (Ez 23:42), foi traduzida por
“beberrões”. Outra tribo, aparentemente dada à guerra, é mencionada em (Jb
1:15).
Terceiro filho de Cusi (Gn 10:7; 1Cr 1:9).
Quinto filho de Cusi (Gn 10:7).
Dos cristãos: Cristo é o único Sumo
Sacerdote (Hb 3,1; 4,14-16; 5,5.10; 6,20; 7,23-28). O povo de Deus é um reino
de sacerdotes (1Pd 2,9; Ex 19,5s; Ap 1,5s; 5,9s; 20,6). Deve oferecer
sacrifícios espirituais (Rm 12,1; Hb 13,15s; Fl 2,17; 4,18) e anunciar a Morte e
Ressurreição de Cristo na “Ceia do Senhor” (At 2,42; 1Cor 10,16-22; 11,23-26;
Lc 22,7-20). Unido a Cristo, pedra angular, cada membro do Povo de Deus
constitui uma pedra viva do novo Templo espiritual (1Pd 2,4-6; Jó 2,19-22; 1Cor
3,16s; 6,19).
Ministro sagrado, encarregado de oferecer diariamente
sacrifícios e holocaustos e queimar incenso no altar. O sacerdócio era
hereditário: chegando à idade estabelecida na lei, o sacerdote era consagrado
(Ex 29; Lv 8-10; Nm 18). Além das tarefas cultuais, aos sacerdotes cabia a
instrução do povo em assuntos religiosos e administração dos bens do templo. No
NT os anciãos, ordenados pelos apóstolos (At 14,23), supervisionavam as
comunidades (20,17), pregavam, instruíam e dirigiam os fiéis (1Tm 5,17; 1Pd 5,1).
Palavra de pura origem hebraica, que
se espalhou pela Europa com o auxílio dos viajantes da Fenícia. Era um pano
forte e áspero, feito de pêlo do camelo e da cabra, o qual se usava junto ao
corpo como sinal de dor e de luto, em ocasiões de grandes calamidades,
arrependimento e perturbação (Gn 37.34 - 2 Sm 3.31). Geralmente era usado o
saco sobre os lombos, causando grande desconforto (Ez 27.31). A sua cor era
escura, pendendo para preto (Ap 6.12).
Os sacrifícios e as ofertas parece serem do tempo de Caim e
Abel. Caim ofereceu ‘do fruto da terra’, Abel ‘trouxe das primícias do seu
rebanho, e da gordura deste’ (Gn 4.3,4). Aparecem os sacrifícios na idade
patriarcal (Gn 15.9 a
11, 17 - 31.54 - 46.1) - e eram familiares aos israelitas no Egito (Êx 3.18). A
lei estabeleceu, com certas particularidades, os sacrifícios e ofertas, que os
judeus deviam efetuar. As coisas oferecidas eram tomadas tanto do reino
vegetal, como do reino animal, sendo aquelas chamadas ofertas ‘sem sangue’, de
uma palavra hebraica que significa ‘dons’ - e estas eram oferendas
sanguinolentas, de uma palavra que significa ‘sacrifícios mortos’. Além das
ofertas de vegetais e animais, usava-se também o sal mineral, que era emblema
de pureza. Do reino vegetal empregavam-se certos alimentos, como farinha, trigo
torrado, bolos e incenso, e as libações de vinhos nas ofertas de bebidas. Estes
sacrifícios andavam geralmente unidos, e eram considerados como uma adição aos
de ação de graças, que eram realizados com fogo (Lv 14.10 a 21 - Nm 15.5 a 11 - 28.7 a 15). Os animais
oferecidos eram bois, cabras e carneiros, devendo ser sem mancha, e não tendo
menos de oito dias, nem acima de três anos. (Há uma exceção: Jz 6.26, ‘o boi de
sete anos’). As pombas eram, também, oferecidas em alguns casos (Êx 22.20, e
12.5 - Lv 5.7 e 9.3,4). Nunca se ofereciam peixes, e os sacrifícios humanos
eram expressamente proibidos (Lv 18.21 e 20.2). Os sacrifícios eram somente
oferecidos no pátio, que estava à entrada do tabernáculo, e mais tarde do
templo (Lv 17.1 a
9, Dt 12.5 a
7). Havia, porém, de tempos a tempos, sacrifícios em outros lugares, sem
censura (Jz 2.5 - 11.15 - 16.5 - 1 Rs 18.30). Ao mesmo tempo os israelitas
mostravam uma disposição constante para sacrificar ‘nos lugares altos’, a que
recorriam antes de existir um santuário permanente (1 Rs 3.2), e mais tarde por
motivos de cisma (1 Rs 12.31 - 2 Cr 33.17). Para a realização do sacrifício,
devia, por lei, purificar-se primeiramente o próprio oferente (Êx 19.14 - 1 Sm
16.5), e levar depois a vítima para o altar - voltado, então, para o santuário,
punha a mão sobre a cabeça do animal, para assim se identificar a vitima e o
pecador, e ser alcançada a expiação pelo sacrifício (Lv 1.4 - 3.2 - 4.33):
depois descarregava o golpe, podendo, contudo, este ato ser praticado pelo
sacerdote (2 Cr 29.23,24 - Ed 6.20). Morta a vítima, o sacerdote recebia o
sangue, e espargia-o perto das ofertas, mas separado delas. O animal era
cortado em pedaços pelo oferente (Lv 1.6), sendo a gordura queimada pelo
sacerdote. Nalguns sacrifícios antes ou depois da morte do animal, era a vítima
levantada, sendo-lhe dado movimento de vai-vem na direção do altar - e era este
ato um símbolo da sua apresentação ao Senhor. Nos casos em que os adoradores
comiam parte do sacrifício, dava isso uma idéia da sua comunhão com Deus. Estes
sacrifícios eram em si mesmos muito imperfeitos, não podendo, de forma alguma,
purificar a alma. S. Paulo descreveu estas e outras cerimônias da Lei como
‘rudimentos fracos e pobres’ (Gl 4.9). Representavam graça e pureza, mas não as
comunicavam. Convenciam o pecador da necessidade de purificar-se e dar
satisfação a Deus, mas não lhe conferiam santidade. A este fato não era
insensível o judeu piedoso. isto o Salmista nos mostra nas suas palavras de
profundo sentimento: ‘Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado
- coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus’ (Sl 51.17). Deus
ensinou ao povo, por meio dos profetas, que não tendo o pecador santas
disposições não podiam os seus sacrifícios agradar-lhe (Sl 40.6 - 51.16 - Is 1.11 a 14 - Jr 35.15 - os
14.2 - J12.12,13 - Am 5.21,22). Todos os sacrifícios são símbolos do sacrifício
de Cristo, sendo eles a sua instituída sombra (Hb 9.9 a 15 - 10.1). Cristo,
oferecendo-Se a Si mesmo, aboliu todos os outros sacrifícios (1 Co 5.7 - Hb 10.8 a 10). A idéia do
sacrifício é, muitas vezes, usada num sentido secundário e metafórico,
aplicando-se às boas obras dos crentes, aos deveres de oração, aos louvores a
Deus, etc. (Hb 13.16). ‘Não negligencieis igualmente a prática do bem e a mútua
cooperação - pois com tais sacrifícios, Deus se compraz.’ ‘Rogo-vos, pois,
irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus’ (Rm 12.1). Não devia o adorador
oferecer o que não lhe custava coisa alguma - parte dos seus bens ia ser
transferida dele para Deus. A oferta podia ser certo tempo, facilidade,
conforto, propriedade, inteligência - e estas coisas podiam ser consagradas ao
Senhor.
Nesse tipo de sacrifícios, chamados também pacíficos, a
carne da vítima era dividida em três partes: A primeira era queimada sobre o
altar e era a parte que cabia a Deus; a outra ficava para os sacerdotes e a
última, a maior, era devolvida às pessoas que ofertavam a vítima para o
sacrifício. Essa parte da carne era consumida num banquete sagrado, em que as
pessoas consideravam Deus presente como comensal. Assim Deus e os homens
participavam misticamente, mediante a fé, da mesma mesa (Lv 3,1-17; 7,12-21; 1Sm
20,8). Sob este aspecto, os sacrifícios de comunhão eram prefiguração do
banquete eucarístico, no qual, num sentido mais verdadeiro, o cristão é
admitido à mesa do Senhor.
O nome caldeu dado a Hananias, um dos jovens hebreus que
Nabucodonozor levou cativo para Babilônia (Dn 1:6, 7; Dn 3:12-30). Ele e os
seus companheiros recusaram-se a inclinar-se perante a estátua que
Nabucodonozor mandara erigir no campo de Dura. O comportamento deles encheu o
rei de fúria e, por isso, mandou que os três fossem lançados na fornalha
ardente. Mas eles foram miraculosamente protegidos das chamas. O fogo não tinha
qualquer poder sobre eles, “nem um só cabelo da sua cabeça se tinha queimado,
nem cheiro de fogo tinha passado sobre eles”. Deste modo, Nabucodonozor tomou
conhecimento da grandeza do Deus de Israel.
Os saduceus formavam um partido judaico, que se acha
mencionado somente treze vezes no N.T., mas não no quarto evangelho ou nas
epístolas. Foi importante o papel que desempenharam na história religiosa
daquele tempo. (1) Geralmente se afirma que o seu nome é derivado de Zadoque,
que foi algum vulto do partido, ou aquele Zadoque, sacerdote no tempo de Davi
(1 Rs 1.8) e de Salomão (1 Cr 29.22). Encontram-se os descendentes de Zadoque
no sacerdócio, depois do exílio, conseguindo eles organizar um partido que, nos
seus fins, era tão político quanto eclesiástico ou religioso. Durante mais de
um século antes do nascimento de Jesus Cristo constituíam um importante partido
nacional, e pelo tempo do N.T. todos os sumos sacerdotes eram saduceus. (2) A
sua atitude para com o Divino Mestre parece ser bastante natural, visto que,
sendo eles um partido aristocrático, estavam em íntimas relações com o
sacerdócio. os ensinamentos de Jesus eram um ataque direto à sua posição. Não
é, pois, para admirar que ficassem indignados quando Jesus purificou o templo
(Mt 21.12), e quando aceitou o título de ‘Filho de Davi’ (Mt 21.15). E o seu
forte desejo de suprimir Jesus era igual ao dos fariseus (Lc 19.47) - e também
como estes, procuraram criar dificuldades a Jesus, fazendo-lhe perguntas
astutas (Mt 22.23). Logo no princípio do Seu ministério, Jesus publicamente os
censurou (Mt 3.7), e disse aos Seus discípulos que se acautelassem do fermento
deles (Mt 16.6, 11,12). (3) Depois da morte de Jesus Cristo manifesta-se
novamente a oposição dos saduceus, juntando os seus clamores aos dos sacerdotes
(At 4.1 - 5.17). Paulo, em defesa própria, fazia uso das diferenças doutrinais
entre fariseus e saduceus (At 23.6). A maneira saliente como S. Paulo se refere
à ressurreição facilmente se notará considerando o doutrinamento dos saduceus.
(4) A particularidade da doutrina dos saduceus é revelada por Jesus (Mt
16.6,12), e pelos evangelistas (Mt 22.23 - Mc 12.18 - Lc 20.27). O conflito
entre eles e os fariseus se evidencia em At 23.6 a 8. Pelas passagens já
citadas se vê que os saduceus negavam a ressurreição e a existência de anjos e
espíritos. Quanto à ressurreição, o escritor Josefo, depois de explicar a
crença dos fariseus no destino e no livre arbítrio, no ‘poder imortal’ da alma,
num futuro estado de recompensas e castigos, acrescenta: ‘mas a doutrina dos
saduceus é a de que as almas morrem com os corpos’. Quanto à negação da
existência de anjos e espíritos, ia esta sua filosofia de encontro aos ensinos
do A.T. - e por isso se pode explicar a impopularidade dos saduceus a este e
outros respeitos. Josefo fez ver que, quando os saduceus se tornaram
magistrados, tiveram de ‘aceitar as noções dos fariseus, porque de outra sorte
o povo os não toleraria’. Como partido, nunca foram os saduceus um corpo
numeroso, terminando a sua existência depois da destruição de Jerusalém.
1) Filho de Azalias e pai de Aicão (2 Rs 22.3,12). os seus
outros filhos foram Eleasá e Gemarias (Jr 29.3 - 36. 10, 11, 12) - e foram seus
netos Gedalias (Jr 39.14 - 40.5 e seg.), e Micaia (Jr 36.11). Foi secretário e
o principal oficial do rei Josias. Na qualidade de escriba ele acompanhou, como
seu igual em categoria, aqueles que foram mandados tomar conta do dinheiro coletado
pelos levitas, para a reparação do templo (2 Rs 22.4 a 20 - 2 Cr 34.8 a 20). O exemplar da
Lei, achado por Hilquias, foi levado a Josias por Safã, que o leu perante o
rei. 2) Pai de Eleasá (Jr 29.3), e é possível que seja idêntico ao número l. 3)
Pai de Jaazanias (Ez 8.11), e possivelmente idêntico a 1.
1) Um dos espias. Representava a tribo
de Simeão (Nm 13:5). 2). Pai de Eliseu (1Rs 19:16-19). 3). O chefe dos pastores
de David (1Cr 27:29).
Filho do “gigante” e a quem Sibecai matou (2Sm 21:18);
também chamado Sipai (1Cr 20:4).
Uma pedra transparente, de cor azul, extremamente bela e
preciosa, apenas inferior ao diamante em brilho, dureza e valor. Nos mais
escolhidos exemplares admira-se um profundo azul celeste - mas em outros a sua
cor varia entre esse azul e o esplendor do puro cristal, não tendo neste caso
os menores laivos de colorização, mas apresentando um brilho superior. A safira
oriental, de fina cor azul celeste, é a mais bela. Algumas vezes a safira
acha-se matizada com veios de uma brancura de espato, ou mostra distintas
malhas de cor áurea (Jó 28.6, 16 - Ez 28.13). A safira era a segunda pedra, na
segunda ordem, do peitoral do sumo sacerdote (Êx 28.18). A claridade e a
transparência dessa formosa pedra servem para descrever em Êx 24.10 a visão que Moisés e
os anciãos tiveram a respeito de Deus (Ez 1.26 - 10.1). É um dos doze
fundamentos do muro da Nova Jerusalém (Ap 21.19 - Is 54.11- Ct 5.14: e Lm 4.7).
Aquilo que é separado do profano, ou
do uso comum, para servir a Deus (Ez 19,1-23; Nm 1,53).
Os judeus tinham nas praias do mar Morto uma inesgotável
provisão de sal, e, na extremidade meridional do mesmo mar, havia uma montanha
de sal com oito quilômetros de comprimento. E estavam ao pé os poços de sal, a
que se refere Sofonias (2.9), e o vale do sal ( 2 Sm 8.13). Os fenícios
obtinham sal do mar Mediterrâneo pela evaporação. O sal usado pelos antigos era
o salgema, e o dos lagos de água salgada. Este era impuro, e a parte exterior
sem sabor. A alusão em (Mt 5.13) é a esta espécie de sal, que muitas vezes
tinha de ser lançado fora, como coisa inútil. Os orientais têm por costume
ratificar as suas promessas por meio de presentes de sal. Ele é o emblema da
preservação, e por isso o é também da constância e fidelidade - é uma sagrada
garantia de hospitalidade, que nunca aquela gente se atrevia a quebrar,
preferindo dar guarida a criminosos a ter
de entregá-los à justiça, logo que eles tenham comido do seu sal. Mesmo os
beduínos, que andam roubando no deserto, respeitam aquele que procurou o abrigo
da sua tenda, tendo-lhe sido antes oferecido na verdade o sal da amizade. Pelo
preceito de que toda a oferta de manjares devia ser salgada com sal (Lv 2.13),
foi estabelecida a ‘aliança perpétua de sal’ entre Deus e o Seu povo (Nm 18.19
- 2 Cr 13.5). Parece haver em (Mt 5.13 - Mc 9.50 e C1 4.6) uma referência às
suas qualidades de dar sabor e de preservar as coisas. O sal nos vegetais
produz o efeito de queimação (Dt 29.23) - e assim se explica a esterilidade das
praias do mar Morto. A terra salgada, de que fala Jeremias (17.6), é o mesmo
que os ‘lugares secos do deserto’, significando regiões improdutivas (Jó 39.6 -
Sl 107.34 - Ez 47.11 - Sf 2.9). Por esta razão havia na antigüidade o costume
de espalhar sal nas ruas de uma cidade inimiga, quando conquistada, como sinal
de perpétua desolação (Jz 9.45).
A quem eu indaguei sobre Deus. Filho de Jeconias (Mt 1:12;
1Cr 3:17). Também chamado filho de Neri (Lc 3:27). A explicação provável para
esta aparente discrepância é que ele era filho de Neri, descendente de Natã e,
deste modo, herdeiro do trono de David, à morte de Jeconias (comp.Jr 22:30).
Deus é aquele que salva, dando vitória a Israel (1Sm 11, 9.
13; 19,5), ou salvando de algum perigo. Ele é o salvador por excelência, que
deu a Israel a salvação, tirando-o do Egito (Ex 14,30; Sl 106,21; At 7,25).
Mesmo quando a salvação é uma conquista humana a vitória é de Deus (cf. Jz 6,36
e Introdução a Josué). A salvação é esperada no sentido universal também no fim
dos tempos; é a salvação messiânico-escatológica. Então se realizarão todas as
esperanças de felicidade para Israel, que será libertado do poder dos inimigos,
da miséria material e do pecado. No NT o termo “salvação” é usado no sentido de
cura do corpo e da alma (Mc 5,34; Lc 8,48; 18,42). A salvação temporal se
orienta no sentido da salvação espiritual, do perdão dos pecados (Lc 17,19) e
da libertação de todo o tipo de escravidão que resulta do pecado (Mt 1,21; Lc
1,77; At 5,31). A salvação que Deus preparou em Cristo se destina a todos os
homens (JÓ 4,42; 1Tm 4,10; Tt 3,4-6). O próprio nome de Jesus significa
“Salvador” (Lc 1,31; 2,21; Mt 1,21; At 4,12). A fé é condição para receber a
salvação (Mc 16,16; Jo 11,25; Rm 10,9-13; Hb 11,7).
Cidade na extremidade oriental de
Chipre, onde Paulo desembarcou por ocasião da sua primeira viagem missionária
(At 13.5). Como se faz menção de sinagogas, certamente havia muitos judeus
naquele lugar, pois, na maior parte das povoações fora da Terra Santa, era suficiente
uma sinagoga. A história desse tempo mostra que isto era assim, pois Herodes
Magno tomou de renda em Chipre minas de cobre, empregando os judeus na sua
exploração. A cidade desapareceu completamente, mas as suas ruínas acham-se
perto da atual Famagusta.
Cidade de que Melquisedeque era rei (Gn 14.18 - Hb 7.1,2).
Deve, provavelmente, ser identificada com Jerusalém, em conformidade da
tradição judaica - Salém é uma designação poética de Jerusalém (Sl 76.2).
O salgueiro é vulgar na Palestina e países circurjacentes -
cresce perto dos rios e das torrentes do inverno, especialmente nas margens do Jordão, do Arnom, e do Caliroe. Os salgueiros
também medram nos vales próximos do mar Morto (Jó 40.22 - Is 44.4). O salgueiro
aparece pela primeira vez mencionado, como sendo aquela árvore, cujos ramos se
empregavam na construção de barracas, na festa dos Tabernáculos (Lv 23.40). A
árvore a que se refere o Sl 137.2 é o Salix Babilônica, ou o chorão.
Menciona-se em isaías (15.7) ‘torrentes dos salgueiros’, como um dos limites de
Moabe, outra palavra hebraica, traduzida com o mesmo nome, ocorre apenas uma
vez na parábola de Ezequiel, a respeito da videira plantada, que foi posta
junto às grandes águas como um salgueiro (Ez 17.5).
Em (Jó 3.23) está escrito que’ João estava também batizando
em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas’. É esta a única
ocorrência dos dois nomes, não podendo os sítios ser certamente identificados.
Há um lugar chamado Salim, perto de Nablus - e outro de nome Ainum no Wady
Faria, um vale rico de nascentes, cuja água corre para o Jordão. Mas estas
povoações são separadas uma da outra 11 ou 13 quilômetros.
Foi o quarto rei da Assíria com este nome, que sucedeu a
Tiglate-Pileser, reinando pelo espaço de cinco anos, desde 727 a 722 a.C. (2 Rs 17.3 - 18.9).
Por duas vezes ele invadiu o reino de israel. Na segunda vez levou cativo a
Oséias, que se tinha revoltado contra a sua autoridade, recusando o pagamento
do tributo - cercou Samaria que resistiu mais de dois anos, sendo finalmente
tomada por Sargom depois da morte de Salmaneser.
Livro bíblico com 150 capítulos. Os textos presentes nele
são poesias religiosas consideradas como orações ou louvores, quer no Judaísmo,
quer no Cristianismo e também no Islamismo (o Corão refere-se os salmos como
“um bálsamo”) como tal continuam a ser usados atualmente. Tal facto, comum aos
três monoteísmos semitas não tem paralelo, dado que judeus, cristãos e
muçulmanos acreditam nos Salmos. A autoria da maioria dos salmos é atribuída ao
rei David, o qual teria escrito pelo menos 73 poemas. Asafe é considerado o
autor de 12 salmos. Os filhos de Corá escreveram uns nove e o rei Salomão ao
menos dois. Hemã com os filhos de Corá, bem como Etã e Moisés, escreveram no mínimo
um cada. Todavia, 51 salmos seriam tidos por autoria anônima. O período em que
os salmos foram compostos varia muito, representando um lapso temporal de
aproximadamente um milênio, desde a data aproximada de 1440 a.C., quando houve o
êxodo dos Israelitas do Egito até o cativeiro babilônico, sendo que muitas
vezes esses poemas permitem traçar um paralelo com os acontecimentos
históricos, principalmente com a vida de Davi, quando, por exemplo, havía
fugido da perseguição promovida pelo rei Saul ou quanto ao arrependimento pelo
seu pecado com Bate-Seba.
1) Filho de Naassom (Rt 4:20; Mt 1:4,
5). É, provavelmente, a mesma pessoa que Salma, em 1Cr 2:51. 2) Pai ou o
fundador de Belém (1Cr 2.51,54). Foi o pai de Boaz, que casou com Rute, sendo
por isso o fundador da casa de Davi (Rt 4.20,21 - 1 Cr 2.1 - Mt 1.4 - Lc 3.32).
Rei Salomão (segundo algumas cronologias, reinou de 1009 a.C. a 922 a.C), filho do Rei David
com Bate-Seba, tornou-se no terceiro rei de Israel (reino ainda unificado) e reinou
durante quarenta anos.. Foi adicionalmente chamado de Jedidias pelo profeta
Natã. (II Samuel 12:24, 25) Foi quem ordenou a construção do Templo de
Jerusalém, no seu 4.º ano, também conhecido como o Templo de Salomão. Depois
disso, mandou construir um novo Palácio Real para o Papa, o Palácio da Filha de
Faraó, a Casa de Cedro do Líbano e o Pórtico das Colunas. A descrição do seu
Trono era exemplar único em seus dias. Mandou construir fortes muralhas na
cidade de Jerusalém, bem como diversas cidades fortificadas e torres de vigia.
Salomão se notabilizou pela sua grande sabedoria, prosperidade e riquezas
abundantes, bem como um longo reinado sem guerras. É uma personagem bíblica
envolta em muitos mitos e lendas extra-bíblicas. Foi após a sua morte, que ocorre
o previsto cisma nas Tribos de Israel, originando o Reino de Judá (formado
pelas 2 Tribos), ao Sul, e o Reino de Israel Setentrional (formado pelas 10
Tribos), ao Norte. A tradição posterior imputaria a Salomão grande sabedoria e
ao seu reinado o status de época áurea. Ele é considerado dentro da tradição
judaico-cristã, como o homem mais sábio que já viveu até então. A Bíblia nos
relata que no seu reinado diversos reis e governantes vinham a Israel fazer
perguntas ou conselho ao Rei Salomão, incluindo a rainha de Sabá. Durante os
séculos posteriores, diversas obras de outros autores eram imputados a Salomão,
para dar-lhes valor.
No templo de Herodes havia uma
colunata sobre cada um dos quatro lados da área do templo, tendo a do oriente
aquela designação, ou porque fosse ainda alguma das construídas por Salomão, ou
porque ainda ali existiam restos do primitivo edifício. Nesse mesmo lugar
ensinou Jesus as Suas doutrinas (Jó 10. 23) - e foi também ali que Pedro e João
e os apóstolos tiveram reuniões e falaram ao povo (At 3.11 - 5.12).
1) Mulher de Zebedeu e mãe de Tiago e João (Mt 27:56) e,
provavelmente, a irmã de Maria, mãe de Jesus (Jo 19:25). Procurou que os seus
filhos ocupassem posições de honra no reino de Cristo (Mt 20:20, 21; - Mt
19:28). Ela testemunhou a crucificação (Mc 15:40) e esteve presente no sepulcro
com outras mulheres (Mt 27:56). 2) “Filha de Herodias”. O nome não é mencionado
no Novo Testamento. Por ocasião de uma festa de anos dada por Herodes Agripa,
que casara com a sua mãe Herodias, ela também lá esteve, “dançou, e agradou a
Herodes” (Mc 6:14-29). João Batista, nessa altura prisioneiro numa masmorra do
castelo, foi, a seu pedido, decapitado por ordem de Herodes e a sua cabeça foi
dada à donzela num prato “e a menina a deu a sua mãe,” cujo espírito vingativo
foi, assim, satisfeito. “Uma festa magnificente, nessa época” (diz Farrar, Vida
de Cristo) “não era vista como estando completa, a menos que houvessem grandes
representações pantomínicas; e, sem dúvida, Herodes adotou aquela moda perversa
do seu tempo. Mas ele não prevenira os seus convidados sobre o raro luxo que
era ver uma princesa, a sua própria sobrinha, a neta de Herodes, o Grande e de
Mariana, uma descendente de Simão, o sumo sacerdote e da linhagem dos príncipes
macabeus, uma princesa que, mais tarde, se tornou na mulher de Filipe, o
tetrarca de Traconite e mãe de um rei, honrando-os com a degradação do seu
corpo.”
1) Filho de Jabes, sob outros aspectos, desconhecido.
Conspirou contra Zacarias “e o feriu diante do povo e o matou e reinou em seu
lugar” (2Rs 15:10). Reinou somente “um mês inteiro em Samaria” (2Rs 15:13).
Menaem levantou-se contra Salum e o matou (2Rs 15:14, 15, 17), tornando-se rei
em seu lugar. 2) Guarda das vestes do templo no reinado de Josias (2Rs 22:14).
3) Um dos da posteridade de Judá (1Cr 2:40, 41). 4) Um descendente de Simeão
(1Cr 4:25). 5) Um dos da linhagem dos sumos sacerdotes (1Cr 6:13). 6) Um guarda
do portão durante o reinado de David (1Cr 9:17). 7) Um porteiro levita (1Cr
9:19, 31; Jr 35:4). 8) Um chefe efraimita (2Cr 28:12). 9) Tio do profeta
Jeremias (Jr 32:7). 10) Um filho do rei Josias (1Cr 3:15; Jr 22:11) que foi
eleito para suceder ao seu pai no trono, embora fosse dois anos mais novo do
que o seu irmão Jeoiaquim. Assumiu a coroa sob o nome de Jeoacaz. Não imitou o
exemplo do seu pai (2Rs 23:32) mas foi um “leãozinho e aprendeu a apanhar a
presa e devorou os homens” (Ez 19:3). A sua política era anti-egípcia. Neco,
nesse tempo a morar em Ribla, enviou um exército contra Jerusalém, que logo se
rendeu e Jeoacaz foi levado cativo para o Egito, tendo Jeoiaquim sido nomeado
rei em seu lugar. Permaneceu cativo no Egito até à sua morte e foi o primeiro
rei a morrer no exílio.
Usa-se esta palavra no A.T. a respeito de Deus (2 Sm 22. 3
- Sl 106.21 - Is 43.3 - 49.26 - etc.) - e, também, em relação aos homens
libertadores (2 Rs 13.5 - Ne 9.27 - ob 21). Esse mesmo nome é aplicado aos
juizes (Jz 3.9,15 - 2.16). No N.T. ‘Deus, meu Salvador’ (Lc 1.47), e nas epístolas
pastorais de S.Paulo ‘Deus, nosso Salvador’ (1 Tm 1.1 - 2.3 - Tt 1.3 - 2.10 -
3.4 - como também em 2 Pe 1.1, e em Jd 25) referem-se a Deus como nosso
Redentor em Jesus Cristo
(cp. com 2 Co 5.19). Quanto ao seu emprego, falando do nosso Divino Mestre, leia-se
o artigo Jesus Cristo.
Fundada em 880
aC por Amri (2Rs 16,24), estava situada 77 km ao norte de Jerusalém,
numa colina de 450 m
de altitude e de fácil fortificação, no entroncamento de estradas importantes e
no centro do reino de Israel. Ficou sendo a capital do reino de Israel até a
ruína da nação, em 722 aC
(2Rs 18,9-12), e depois tornou-se o centro administrativo da província persa da
Samaria. Herodes o Grande a reconstruiu magnificamente, dando-lhe o nome de
Sebaste (“Augusta”) em homenagem ao imperador Augusto, nome que subsiste na
designação atual Sebastie. O diácono Filipe pregou ali o Evangelho (At 8,5-9).
Com a destruição do reino do Norte,
grande parte da população foi deportada para a Assíria. Em seu lugar foram
enviados colonos assírios (2Rs 17,24-41). A população mista que então se formou
deu origem aos “samaritanos”, que permaneceram monoteístas. Quando os cativos
do reino de Judá foram repatriados pelos persas (538 aC), os samaritanos
quiseram aliar-se aos judeus e participar na reconstrução do templo e da
cidade. Mas Zorobabel (Esd 4,2) e Neemias não aceitaram (Ne 13,28). Desde então
vinha a inimizade entre judeus e samaritanos, mencionada no NT (Lc 9,52-54; Jó
8,48). Jesus, porém, mostrou simpatia para com os samaritanos (Lc 10,30-37;
17,11-19), aos quais mandou pregar o Evangelho (At 1,8; 8,4-25). Os
samaritanos, que só reconhecem como canônico o Pentateuco, ainda hoje vivem
numa comunidade de uns 300 membros no monte Garizim, onde anualmente celebram a
Páscoa segundo os antigos ritos.
Um horonita de Horonaim, em Moabe (Ne 2.10,19 - 4.1,7 - 6.1 a 14). o chefe militar de
Artaxerxes, monarca persa, o qual governava os habitantes de Samaria (Ne 4.2),
na ocasião em que Neemias
veio para Judá, encarregado de reedificar os muros de Jerusalém. Auxiliado por
Tobias, o amonita, e por Gesém, o árabe, ele fez quanto pôde para inquietar e
contrariar Neemias (Ne 2.19 - 4.7). A sua filha casou com um neto de Eliasibe.
Tendo sido expulso do sacerdócio o seu genro, trouxe o fato em resultado nova
perturbação com Neemias e com os judeus vindos do cativeiro. Ele e os seus
filhos são mencionados nos papiros de 408 a.C., encontrados em Elefantina.
Ocupava uma posição de autoridade em Samaria, quando
Neemias subiu a Jerusalém a fim de reconstruir os muros em ruinas. Ele tentou, em
vão, impedir esta obra (Ne 2:10, 19; Ne 4:1-12; 6). A sua filha tornou-se na
mulher de um dos filhos de Joiada, filho do sumo sacerdote, para grande
desgosto de Neemias (Ne 13:28).
Um dos filhos de Mica (1Cr 24:24).
Nome de Deus, ou, menos provável, ouvir de Deus. Filho de
Elcana e de Ana, sua mulher, sendo, como Isaque, um filho de promessa (1 Sm 1).
Antes do seu nascimento foi Samuel consagrado ao Senhor como nazireu, promessa
esta que foi devidamente cumprida (1 Sm 1.24 a 28). O menino serviu ‘o Senhor, perante
o sacerdote Eli’ (1 Sm 2.11). Usava a estola sacerdotal de linho branco, e
todos os anos a sua mãe o visitava, trazendo-lhe uma pequena túnica (2.19).
Finéias e Hofni, filhos de Eli, comportavam-se muito mal, sendo censurados pelo
seu idoso pai (1 Sm 2.12 e seguintes). Veio, então, a palavra do Senhor a
Samuel, anunciando que ia ser afligida a casa de Eli (1 Sm 3.11 a 14). Passados anos,
já encontramos Samuel exercendo o alto cargo de juiz e governador. A arca tinha
voltado das terras dos filisteus, e os israelitas, exortados por Samuel,
puseram fora do seu culto a Baalim e Astarote, servindo somente ao Senhor.
Continuando os filisteus nos seus ataques, intercedeu Samuel pelos israelitas,
que derrotaram o inimigo. Para comemorar esta vitória, mandou Samuel levantar o
monumento de Ebenézer. A sua casa era em Ramá, porém, na sua qualidade de juiz
julgava a Israel em ‘Betel, Gilgal, e Mispa’ (1 Sm 7). Depois de outro longo
intervalo, reaparece Samuel já ancião, nomeando os seus dois filhos Joel e
Abias, administradores da justiça em seu lugar (1 Sm 8.1). O mau procedimento
destes juizes levou o povo a pedir um rei. Suplicando Samuel ao Senhor que o
guiasse neste assunto, foi-lhe dito que resolvesse a questão segundo os desejos
do povo - mas devia explicar aos israelitas os perigos que corriam, colocando
um homem a governar as vidas e os bens da nação (1 Sm 8). Dirigido por Deus,
ungiu Samuel a Saul como rei, e intimou o povo a comparecer em Mispa para
escolher o seu dominador (1 Sm 9.10). Falando nobremente nessa reunião, ele
defendeu os seus próprios atos de governo, avisou os israelitas a respeito dos
seus deveres para com o Senhor, e prometeu a sua intercessão a favor deles (1 Sm
12). Quando Saul pecou, foi Samuel que lhe fez conhecer a censura divina (1 Sm 13.11 a 15). Sendo Saul
rejeitado, ungiu Samuel a Davi (1 Sm 16.1 a 13 - 1 Cr 11.3). Parece que Samuel ficou
sempre no exercício do seu cargo de juiz, apesar da nomeação de um rei (1 Sm
7.15) - mas é como profeta que geralmente se fala dele (1 Sm 10.11 - 1 Cr 9.22
- 26.28 - 29.29). Morreu, lamentado por todo o povo de Israel, sendo sepultado
em Ramá (1 Sm 25.1 - 28.3). A sua posição entre os israelitas nos é manifestada
mais tarde, nas referências à sua personalidade e obra (Sl 99.6 - Jr 15.1 - At
3.24 - 13.20 - Hb 11.32).
Também chamado “Primeiro Livro de Samuel” ou “1 Samuel”.
Trata-se do primeiro de dois livros (1 e 2 Samuel) dos Livros históricos do
Antigo Testamento da Bíblia e um único livro na Bíblia Hebraica (Tanak), sendo
que não estavam separados no cânon hebraico original. Junto com II Samuel
abrange um período de aproximadamente 140 anos (cerca de 1180 a 1040 a.C.). Acredita-se que
este livro formava originalmente uma só obra com II Samuel, I e II Reis. A
primeira parte teria sido escrita por Samuel, mas o restante por Natã e Gade. I
Samuel conta a história de Samuel, um importante profeta, e do reinado do rei
Saul até a sua morte, incluindo a guerra dos filisteus contra Israel e a grande
façanha do jovem pastor David (mais tarde rei de Israel), ao derrotar o gigante
Golias. “Samuel falou então ao povo sobre a prerrogativa legítima do reinado, e
escreveu-a num livro e depositou-o perante YHVH.” (1Samuel 10:25).
O sangue significa vida (Gn 9,5; Lv 17,10-14; Dt 12,23).
Beber o sangue seria destruir a vida. Derrama-se junto do altar para significar
o regresso da vida a Deus (Gn 9,4; Lv 17,3-14; 19,26; Sl 58,11; Ez 39,11-19;
1Rs 21,19; 22,38). A custo, os cristãos conseguiram libertar-se deste modo de
conceber o sangue (Rm 14,14-20; 1Cor 10,23-27). A proibição de comer sangue no
cristianismo foi uma lei transitória para facilitar a convivência entre
cristãos de origem judaica e pagã (At 15, 20. 29). Visto que o sangue é vida, e esta pertence a
Deus, ele vinga o sangue do inocente (Dt 32,43; Ez 14,19; 33,6-8; Lc 11,50s; Ap
16,3-6). Os prodígios com intervenção de sangue anunciam a vingança divina (Ex
4,9; 7,17-21; Sl 105,29; Sb 11,6s; Ap 6,12; 8,8; 11,6). O sangue desempenha um
papel importante nos sacrifícios (Lv 1-8). O sangue de Cristo, que é vida,
transmite a vida (Jó 6,54-57; Mt 26,28; Jó 19,34s). O sangue é reparador e
expiatório (Rm 3,25; 5,9; Ef 1,7; 2,13; Cl 1,15-20; Ap 1,5; 7,14; 22,14; Hb 9,14;
13,12).
Em (Pv 30.15) a sanguessuga é tomada como tipo de
insaciável apetite. São vulgares na Palestina as bichas medicinais - as que se
prendem à boca dos cavalos quando estes vão beber - e outras espécies.
Filho de Manoá. Nasceu em Zorá. A narrativa da sua
vida é feita em (Jz 13-16). Era “nazireu de Deus” desde o seu nascimento, sendo
o primeiro nazireu a ser mencionado na Bíblia (Jz 13:3-5; comp. Nm 6:1-21). O
primeiro evento da sua vida a ser registrado foi o seu casamento com uma
filisteia de Timnate (Jz 14:1-5). Tal casamento não era proibido pela lei de
Moisés, pois os filisteus não faziam parte das sete nações cananéias condenadas
à destruição (Ex 34:11-16; Dt 7:1-4). Foi, contudo, um casamento não abençoado
e pouco feliz. Não demorou a que a sua mulher lhe fosse tirada e “dada ao seu
companheiro” (Jz 14:20). Sansão vingou-se e queimou as “searas dos filisteus”
(Jz 15:1-8) que, por sua vez, como vingança, “queimaram a fogo a ela e a seu
pai”. Sansão vingou, de um modo terrível, a morte dela (Jz 15:7-19). Nos vinte
anos que se seguiram, ele julgou a Israel; mas nada se sabe sobre a sua vida.
Talvez estes vinte anos tenham coincidido com os últimos vinte anos da vida de
Eli. Depois disto, temos um registro das suas façanhas em Gaza (Jz 16:1-3), da
sua paixão por Dalila, da traição desta (Jz 16:4-20) e, depois, da sua morte
(Jz 16:21-31). Morreu juntamente com os seus inimigos, na última e terrível
destruição que trouxe sobre eles. “E foram mais os mortos que matou na sua
morte (em importância política e social = elite do povo) do que os que matara
na sua vida”. “Esforçando todos os seus nervos, ele inclinou-se: como que com a
força reprimida de ventos e de águas, quando as montanhas tremeram, aqueles
dois pilares maciços, em horrível convulsão, ele arrancou, até que caíram,
derrubando todo o teto sobre eles, como o ribombar de um trovão sobre as
cabeças de todos os que ali se encontravam, Senhores, damas, capitães,
conselheiros ou sacerdotes, os eleitos da sua nobreza”.
A Bíblia diz em (Mateus 26:26-28). “Enquanto comiam, Jesus
tomou o pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai,
comei; isto é o meu corpo. E tomando um cálice, rendeu graças e deu-lho,
dizendo: Bebei dele todos; pois isto é o meu sangue, o sangue do pacto, o qual
é derramado por muitos para remissão dos pecados.”. A Santa Ceia faz-nos
lembrar de que Cristo morreu por nós. A Bíblia diz em (1 Coríntios 11:26)
“Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando
a morte do Senhor, até que ele venha.”
É tudo aquilo que está afastado, separado do impuro ou do
profano para o serviço de Deus. Santo é sobretudo aquilo que constitui o
“numinoso” da divindade, isto é, a majestade de Deus inacessível às criaturas,
a própria glória divina. O povo de Deus deve ser “santo”para assemelhar-se a
Deus e entrar em comunhão com ele (Lv 20,7.26). Os cristãos são chamados
“santos” porque pelo batismo foram consagrados a Cristo (Rm 1,7; 1Cor 1,2) para
viver uma vida nova (Rm 6,3-14). Santo é também o compartimento da tenda da
aliança (Ex 26,33) e do templo (1Rs 6,3.5.17) que dava acesso ao Santo dos
Santos. No Santo estava o altar do incenso (Ex 30,1-30), a mesa dos pães da
proposição e o candelabro de sete braços (25,23-40). Santos são nossos
intercessores (1Cor 12,12.20s; Ap 5,8; Ex 32, 11.14; 1Sm 7,8-10; Rm 15,30; Ef
6,18s; 1Ts 5,25; Hb 13,18; Tg 5,16). Temos comunhão com eles (1Cor 12,26s).
Estão com Cristo no céu (2Cor 5,1-8; Fl 1,23s; Ap 4,4; 6,9; 7,9.14s; 14,1-4;
19,1-6; 20,4). Deus opera milagres por meio deles (Ex 8,9-11,10; 1Rs 17-18; 2Rs
2,8.14.21; Mc 6,13; At 3,6; 5,15; 14,7; 19,11s; Tg 5,17).
Ou Lugar Santíssimo (1Rs 6,3), era a parte mais sagrada da
tenda da aliança (Ex 26,33s) ou do templo de Jerusalém (1Rs 6,16). Nela estava
guardada a arca da aliança. Ali só o Sumo Sacerdote podia entrar no dia da
Expiação (Lv 16,2; Hb 9,3-10). Este recinto estava separado do Santo pelo véu
protetor (cf. Nm 4,5 e nota).
Lugar consagrado a Deus, e emprega-se o termo a respeito da
Terra Prometida (Êx 15.17 - Sl 78.54), do tabernáculo (Êx 25.8 - 36.1), do
lugar santo (Lv 4.6), do templo (1 Cr 22.19), da habitação de Deus (Sl 102.19),
e de um refúgio (Is 8.14).
Mulher e meia irmã de Abraão (Gn 11:29; Gn 20:12). Este
nome foi-lhe dado quando foi anunciado a Abraão que ela daria à luz o filho da
promessa. A sua história está associada à do patriarca, desde o seu casamento
até à sua morte. A sua morte com 127 anos (o único momento nas Escrituras em
que a idade de uma mulher é referida) fez com que Abraão comprasse a cova de
Macpela, servindo depois como cemitério da família. Na alegoria de (Gl 4:22-31), ela é o tipo da
“Jerusalém que é de cima”. Ela também é mencionada, como Sara, em (Hb 11:11),
como sendo um exemplo do Velho Testamento, tendo “todos morrido na fé.”
1) Filho de Senaqueribe, rei da Assíria. Ele e o seu irmão
Adrameleque mataram o seu pai e depois fugiram para a terra de Arará (2Rs
19:37). 2) Um dos mensageiros que os cativos enviaram a Jerusalém “para
suplicarem o favor do Senhor” (Zc 7:2).
Terreno plano. Havia duas regiões de
pastagens com este nome. A primeira é aquela planície entre as montanhas de
Efraim e o mar Mediterrâneo, e entre o Carmelo ao norte e Jope ao sul. Foi este
o Sarom que se tornou célebre pela sua beleza e fertilidade. E ainda conserva
estas suas qualidades, encontrando-se na primavera adornado de rosas brancas e
vermelhas, de narcisos, de cravos encarnados, e delírios brancos e cor de
laranja. Nas suas pastagens se apascentaram as manadas do rei Davi (1 Cr
27.29). A beleza e a utilidade desses campos eram tais que a sua perda seria
considerada como uma calamidade (is 33.9). Era Sarom simbólico da prosperidade
(Is 65.10) e do atrativo (Ct 2.1). É este a Sarona a que se refere o livro dos
Atos (9.35). A segunda Sarom achava-se ao oriente do Jordão, e constava de
terras de pasto de Gileade e Basã, onde os de Gade alimentavam os seus rebanhos
(1 Cr 5.16).
O termo hebraico “Satã”, ou Satanás, significa” acusador”,
“adversário” (Jó 1,6). Mais tarde passou a designar o inimigo de Deus e do
homem (Zc 3,1 e nota), tornando-se o nome próprio do anjo decaído e tentador do
homem (Sb 2,24 - Ap 12,9). Jesus venceu as tentações de Satanás, que o queria
desviar de sua missão (Mt 4,1-11; Lc 22,28). Inaugurando o Reino de Deus neste
mundo, Jesus veio pôr fim ao reino de Satanás (Mt 12,28; Lc 10,18; Jo 12,31). O
cristão participa desta vitória de Cristo (2Cor 6,14; 1Jó 5,18s), que no fim
dos tempos será definitiva (Ap 12-20).
Região entre a planície da costa do mar Mediterrâneo e as
montanhas de Judá, entre 300 e 400
m de altitude (Js 10,40; 1Cr 27,28).
O termo vem do hebraico saraf, “arder”. Em (Nm 21,8s)
indica as serpentes “ardentes” ou venenosas. Mais tarde designa uma espécie de
seres celestiais que purificavam pelo fogo (Is 6,2). Os serafins simbolizam a
santidade divina que purifica o pecador.
Havia muitas serpentes venenosas na
Palestina (Am 5,19; Pr 30,19; Sl 140,4). Segundo a opinião popular
alimentavam-se de pó (Gn 3,14; Mq 7,17; Is 65,25). Os israelitas associavam
serpentes e espíritos maus. Ela era símbolo do mal e da desgraça (Gn 3,1-5; Is
27,1; Sl 74,13s; Jó 3,8), da falsidade (Gn 49,17), da astúcia (Gn 3,1; Mt 3,7;
10,16; 23,33); constituindo, por isso, um perigo mortal (Eclo 21,2; Pr 23,32).
Também em Israel havia encantadores de serpentes (Sl 58,5s; Jr 8,17; Ecl 10,11;
Eclo 12,13; Tg 3,7). Entre os orientais, certas serpentes são adoradas, como
deuses da fecundidade e transmissores da vida (emblemas fálicos). Por isso, no
templo se adorava a serpente de bronze (Nm 21,4-9; 2Rs 18,4; Sb 16,7). Cristo,
pendurado na árvore da morte (a cruz) é a serpente que dá a vida (Jo 8,28;
12,32s), vencendo a serpente que se pendurara na “árvore da vida” (Gn 3,1s).
Deus libertou Israel do Egito para que o servisse no
deserto (Ex 7,16; 1Rs 8,23). Por isso o povo de Deus em geral (Sl 34,23; 35,27)
e os escolhidos de Deus (Gn 26,24; Ex 14,31; Ap 10,7) são chamados servos. Por
causa do uso do termo nos cânticos do “servo do Senhor” (Is 42,1-9; 49,1-13;
50,4-11; 52,13-53,12) o título foi aplicado em sentido messiânico a Jesus (Mt
12,18; At 3,13; Fl 2,7-9).
Nome dado à tradução dos livros do
AT, escritos em hebraico e aramaico, para o grego. Foi feita no Egito entre 250
e 100 aC.
O nome “Setenta” provém da lenda, segundo a qual a tradução foi levada a termo
por setenta e dois doutores da Lei enviados de Jerusalém. Os escritores do NT e
os cristãos dos primeiros séculos utilizaram esta tradução. No Ocidente, a
partir do século V foi substituída pela Vulgata.
Colina de Jerusalém situada ao sul do
templo e ao norte da piscina de Siloé. Em geral se identifica com Jerusalém
(2Sm 5,7; Is 2,2s). Na fenomenologia religiosa, a montanha é o lugar da
presença divina. Deus se revela no Sina ou Horeb (Ex 3,1; 33,6; 19,11-20; 1Rs
19,1s). Na Palestina, o povo sente atração pelos lugares altos (Ex 17,9; Nm
22-24; 1Sm 7,1; 9,12-25; 1Rs 3,4; 1Cr 16,39). Cristo escolhe os apóstolos,
anuncia as bem-aventuranças, transfigura-se, aparece ressuscitado sobre uma
montanha (Lc 6,12; 9,28; Mc 3,13; 6,46; 2Pd 1,18; Mt 5,1s; 17,1-9; 28,16-20). A
luta contra os lugares altos é uma das causas da centralização do culto no
templo, situado no monte Sião. Paulatinamente, vão sendo atribuídas a Sião
todas as prerrogativas do Sinai (Dt 12,1-14; 14,22-26; 2Cr 30; 2Rs 23,1s; Sl
9,12-15; 84,5-8; 20,2s; Jó 4,20). Em Sião aparecem a Lei, a “Glória”e os
fenômenos teofânicos do Sinai (2Rs 22-23; Is 2,3; Sl 99; Gl 4,25s; Hb 12,18-24).
Antigo porto fenício na costa do
Mediterrâneo, ao norte de Tiro. Junto com Tiro simboliza a civilização pagã cor
rupta (Lc 10,13-15).
Antigo santuário, ao norte de Betel,
onde foi depositada a arca da aliança (Js 18,1-10). O santuário foi destruído
pelos filisteus (1Sm 1,9; 4-5).
Piscina dentro dos muros de Jerusalém, na parte baixa da
cidade, para onde corriam as águas da fonte de Gion, através de um túnel
construído pelo rei Ezequias (2Rs 20,20).
Edifício em que os judeus celebravam as suas reuniões
religiosas (Mt 4,23; 6,2), especialmente aos sábados. Ser expulso da sinagoga
equivalia a ser excluído da comunidade judaica (Lc 6,22; Jó 9,22; 12,42; 16,2).
É o chefe dos servidores do templo e
supervisor do culto. Como mediador por excelência entre Deus e seu povo,
oferecia o sacrifício cotidiano (Ex 29,42) e fazia os ritos do dia da Expiação
(Lv 16,1-34 e notas). Era o presidente do sinédrio, desde o reinado dos
hasmoneus. O cargo era vitalício, mas por razões políticas o Sumo Sacerdote
acabava sendo deposto. Por isso, no NT fala-se em sumos sacerdotes. Jesus é o
Sumo Sacerdote por excelência, cujo sacerdócio é perfeito e eterno, superior ao
sacerdócio imperfeito de Aarão (Hb 5,1-10; 7).
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