Dicionário Bíblico
Letra G
Filho de Ebede, em quem alguns homens
de Siquém “depositaram a sua confiança”, quando se tornaram descontentes com
Abimeleque. O governador da cidade, de nome Zebul, mandou avisar Abimeleque do
que estava acontecendo, e este, saindo de madrugada, surpreeendeu os revoltosos
e enfrentou-lhes. Foi ele que liderou a revolução e conduziu os homens de
Siquém contra Abimeleque; mas foi derrotado, fugindo para sua casa (Jz
9:26-46).
GAÁS
Montanha do Monte de Efraim. Local onde Josué foi sepultado
ao norte deste monte (Js 24:30; Jz 2:9; 2Sm 23:30; 1Cr 11:32).
GABA
1) Cidade no território de Benjamim (Js 18:24; 1Cr 8:6),
que foi atribuída aos sacerdotes (Js 21:17). O local foi palco de horríveis
crimes cometidos por seus habitantes contra um levita e sua esposa (Jz 19-20),
toda a tribo sofreu grande castigo; sendo mortos á espada quase todos os homens
e animais, além do fogo que devastou quase tudo. 2) Cidade na tribo de Judá,
entre Hebron e o Lago Asfáltico. (Jos 15, 57).
GÁBATA
Palavra hebraica ou aramaica que parece significar uma
plataforma elevada, ou um estrado, da parte de fora do pretório de Jerusalém,
onde estava a cadeira do juiz, sendo daí que Pilatos entregou Jesus para morrer
(Jó 19.13). Foi o local onde Pilatos se assentou para julgar Jesus (Jó 19:13).
GABRIEL
Nome próprio, designa o anjo enviado a Daniel (Dn 8:16),
com o objetivo de lhe explicar a visão do carneiro e do bode, assim como
comunicar-lhe a profecia das setenta semanas (Dn 9:21-27). Ele anunciou também o
nascimento de João Batista (Lc 1:11) e do Messias. Gabriel descreve-se a si
mesmo com as palavras: “Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus” (Dn 1:19).
GÁDARA
Grande cidade fortificada da Peréia, ao noroeste das
montanhas de Gileade, era uma das cidades que formavam a Decápolis. No tempo de
Jesus Cristo, era Gádara na sua maior parte uma cidade grega, embora se notasse
também um forte elemento judaico na população, e possivelmente houvesse ali
muitos aramaicos judaizados. As ruínas compreendem dois teatros, uma basílica,
um templo, e uma bela estrada com uma colunata de cada lado. Ao longo das
bordas do mar da Galiléia, perto de Gádara, ainda se podem ver os restos de
antigos sepulcros, cavados nas rochas, estando voltados para o mar. Na época de
Jesus eram esses lugares o ponto de reunião de homens miseráveis, atormentados
por doenças, os párias da sociedade. Na descrição da cura que Jesus efetuou num
possesso, no país dos gadarenos, há uma especial referência a esse túmulos:
‘Veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem possesso de espírito imundo, o
qual vivia nos sepulcros’ (Me 5.2,3 - Lc 8.27).
GADARENOS
Eram os habitantes de Gádara e do território circunvizinho.
Segundo S. Mateus (8.28), foi na ‘terra dos gadarenos’ que Jesus curou o homem,
possuído de espírito imundo, permitindo que os demônios entrassem numa manada
de porcos. Está perto da praia, nas faldas de um alto monte, sendo na encosta
deste que estão aqueles túmulos, donde parece terem saído os dois
endemoninhados para encontrarem Jesus, o lago está tão perto da base do monte
que os porcos, a correr desordenadamente, não puderam parar, precipitando-se
deste modo na água, e morrendo afogados. A cidade de Kersa (ou Gerasa) pode,
segundo sugere Mateus, ter sido incluída no território de Gádara. Nas três
narrações do fato há a variante ‘gerasenos’.
GADE
1) Filho de Jacó e de Zilpa, serva de Lia (Gn 30.9, 10,
11). Teve Gade sete filhos (Gn 46.16), saindo mais tarde do Egito a tribo de
Gade em número de 45.650 pessoas. Depois de terem sido derrotados os reis Ogue
e Siom, desejaram Gade e Rúben que a sua porção territorial fosse ao oriente do
Jordão, como sendo mais conveniente do que a região ocidental para as suas
grandes manadas. Moisés cedeu ao seu pedido, com a condição de que eles haviam
de acompanhar os seus irmãos e ajudá-los a conquistar a terra ao ocidente do
rio Jordão. A herança de Gade era limitada ao norte pela tribo de Manassés, ao
ocidente pelo Jordão, ao sul pela tribo de Rúben, tendo ao oriente as montanhas
de Gileade, mas estes limites, a não ser os da parte ocidental, eram muito
incertos, o território de Gade era uma combinação de ricas terras de lavoura e
de pastagens, com belas florestas. É, também, terra de rios e nascentes, e os
desfiladeiros por onde correm as abundantes águas desde os montes até ao vale
do Jordão, são de grande beleza. Mas, sendo a gente de Gade impetuosa e
guerreira, não tardou muito que os limites da tribo se estendessem além dos
primitivos, e compreendessem toda a região de Gileade. Foram onze os heróis de
Gade, que se juntaram a Davi no tempo da sua maior angústia (1 Cr 12.8).
Freqüentes vezes os homens de Gade entraram em guerra com os amonitas, os
agarenos, e os midianitas, e outras tribos errantes dos ismaelitas a quem
tinham desapossado dos seus territórios (1 Cr 5.19 a 22). Jefté, que foi
juiz de Israel e era natural de Mispa, pertencia à tribo de Gade (Jz 11) - e
também Barzilai (2 Sm 19.32
a 39), e provavelmente o profeta Elias. Foi campo de
muitas batalhas o território de Gade durante as longas e terríveis lutas entre a Síria e Israel, e em conseqüência disso
sofreu muito aquela região (2 Rs 10.33 - Am 1.3), o povo de Gade foi levado
para o cativeiro por Tiglate-Pileser (1 Cr 5.26) - e no tempo de Jeremias foram
as cidades daquela tribo habitadas pelos amonitas (Jr 49.1). 2) Foi um profeta
que se juntou a Davi no “lugar forte”. Ao ser aconselhado por ele, Davi
mudou-se para o bosque de Herete (2Cr 29:29; 1Sm 22:5). Muitos anos depois, ele
é mencionado em ligação com o castigo infligido por Deus a Davi, quando este
numerou o povo (2Sm 24:11-19; 1Cr 21:9-19). Ele escreveu um livro chamado “Atos
de Davi” (1Cr 29:29). Esteve na base da ordenação dos serviços musicais da
“casa de Deus” (2Cr 29:25). Foi-lhe dado o título de “vidente de Davi” (2Sm
24:11,13; 1Cr 21:9).
GADE (O DEUS)
A palavra hebraica traduzida em (Isaías 65.11) por
‘Fortuna’, devia ser assim vertida - ‘o deus Gade’, deus ou talvez deusa da
Fortuna, uma divindade pagã, mencionada em várias passagens da Escritura:
Baal-Gade (Js 11.17), a torre de Gade (Js 15.37). ‘os que preparais mesa para a
deusa Fortuna... também vos destinarei à espada’ (Is 65.11,12) - pode ser isto
uma referência ao costume de reservar um esplêndido leito na casa para Gade,
não podendo este leito ser usado de qualquer outro modo. Semelhantemente punham
os babilônios á mesa para o seu deus Bel, e os etíopes para o Sol.
GADE, TRIBO DE
A tribo de Gade, durante a marcha pelo deserto, situava-se,
juntamente com Simeão e Rúben, a sul do tabernáculo (Ne 2:14). As tribos de
Rúben e Gade, no seguimento da sua história, prosseguiram a atividade dos
patriarcas (Ne 32:1,5). A porção atribuída a Gade ficava a este do Jordão e
incluía metade de Gileade, uma região de grande beleza e fertilidade (Dt 3:12),
que a este fazia fronteira com o deserto árabe, a oeste com o Jordão (Js 13:27)
e a norte com o rio Jaboque. Incluía, assim, todo o vale do Jordão até ao Mar
da Galiléia, onde, então, estreitava. Esta tribo era cruel e dada à guerra;
eram “varões valentes, homens de guerra para pelejar, armados com rodela e
lança; e seus rostos eram como rostos de leões e ligeiros como corças sobre os
montes” (1Cr 12:8 e 1Cr 5:19-22). Barzilai (2Sm 17:27) e Elias (1Rs 17:1) eram
desta tribo. Foram levados em cativeiro por Tiglath-Pileser III ao mesmo tempo
que as outras tribos do norte (1Cr 5:26) e no tempo de Jeremias (1Cr 49:1), os
amonitas habitavam nas suas cidades.
GADI
Foi o representante da tribo de Manassés entre os doze
“espias” enviados por Moisés (Ne 13:11).
GADIEL
Foi o representante da tribo de Zebulom entre os doze
“espias” (Ne 13:10).
GAFANHOTO
Inseto pertencente à mesma ordem dos grilos, locustas,
baratas, fura-orelhas, formigas brancas, e moscardos, os gafanhotos
alimentam-se exclusivamente de vegetais, e quando eles se reúnem em grande quantidade,
são muito destruidores. Nuvens destes insetos chegam a eclipsar o sol ao
meio-dia, e, caindo sobre os campos, pode-se abandonar a esperança de salvar as
plantações. As folhas são tiradas das árvores, aparecendo a terra, como se
tivesse sido queimada (Jl 1.4 - 2.4
a 9). E deste modo são eles a causa de horríveis fomes -
felizmente não são freqüentes estas visitas de gafanhotos. Era permitido aos
hebreus alimentarem-se destes insetos - e mesmo hoje, em certos lugares, como
por exemplo no vale do Jordão, Gileade, Arábia e Marrocos, são considerados uma
comida delicada. João Batista, no deserto, alimentava-se deles.
GAIO
1) Gaio, da Macedônia. Foi o companheiro de Paulo. Ele e
Aristarco foram arrebatados pela multidão, no tumulto de Éfeso (At 19.29). 2)
Gaio, de Derbe. Era, provavelmente, representante da igreja, na delegação que
acompanhou o apóstolo Paulo, quando este levou a Jerusalém as contribuições das
igrejas gentílicas (At 20.4). 3) Gaio, de Corinto. Foi hospedeiro de Paulo
naquela cidade (Rm 16.23 - 1 Co 1.14). 4) Gaio, a quem São João dirige a sua
terceira epístola em termos de muito afeto (3 Jó 1). Não se pode saber se
quaisquer destes são os mesmos.
GALÁCIA
O nome ocorre no Novo Testamento, em três formas. 1) País
da Galácia. Paulo refere-se ‘as igrejas da Galácia’ em (1 Co 16.1 e Gl 1.2) -
Crescente tinha ido para a Galácia (2 Tm 4.10). Pedro menciona a Galácia,
enumerando as províncias romanas da Ásia Menor, às quais dirigiu a sua primeira
epístola (1 Pe 1.1). 2) Os habitantes, os gálatas (em Gl 3.1, e no título da
mesma epístola). 3) Nas referências que àquela região se fazem nos Atos, não
vem o substantivo Galácia, mas o adjetivo gálata, e em (16.6) a verdadeira
versão deve ser ‘eles passaram pela Frígia e pela região gálata’, e em (18.23):
‘Ele atravessou a região gálata e a Frígia.’ Pelas palavras de (Gl 4.13) parece
que duas visitas precederam a respectiva epístola - a província da Galácia
compreendia as cidades de Antioquia da Pisídia, Icônio, Derbe e Listra, que
foram visitadas por S. Paulo na sua primeira viagem (13.14), e também na
segunda (At 16.1 a
6). Outras versões: Província romana na região central da Ásia Menor. Os
habitantes - os gálatas - eram celtas ou gauleses e tinham já habitado na Gália
(Latim, Gallia). Começaram as suas migrações para sudeste no início do século
IV AC, invadiram a Itália por volta de 360 A .C. e quase um século mais tarde invadiram
a Macedônia e a Grécia. Migraram para a Ásia Menor, especialmente depois que
Nicodemes I (278-250 A .C.),
da Bitínia, os tomou ao seu serviço. A área, situada na curva do rio Halys,
foi-lhes atribuída para que eles se instalassem. Foram gradualmente alargando o
seu território, ao tomarem partes da Frígia, Capadócia e Ponto. Nos seus
esforços de expansão, confrontaram-se com o rei seleucida Antioco I (281-261 A .C.), mais tarde com
Atalo I, de Pergamo (241-197 A .C.),
tendo sido derrotados por ambos. Depois juntaram-se a Antioco IV (175-163 A .C.) contra os romanos
mas, um século mais tarde, juntaram-se aos romanos contra Mitríades, de Ponto
(73-64 AC ).
Pompeu recompensou-os por esta ajuda, alargando o seu território e concedendo
ao seu líder - Deiotarus - o título de rei da Galácia. Quando Deiotarus morreu,
em 40 A .C.,
o seu sucessor - Amyntas - recebeu de Antônio mais alguns territórios,
nomeadamente partes da Panfília, Licaónia e Cilícia, da zona oriental da Frígia
e de Isauria. Após a morte de Amyntas (25 AC ), todo o reino foi transformado na
província da Galácia, sob a administração de um protetor, cuja residência se
situava em Ancyra (atualmente Ankara, a capital da Turquia). A população era
mista, sendo composta, na região central, por gálatas (gauleses) e, noutras
zonas, por anatolianos ou gregos. Algumas das cidades possuíam florescentes
comunidades judaicas. Os gálatas mantiveram a sua língua e costumes, assim como
os seus ritos religiosos, mas acrescentaram-lhes elementos dos cultos frígios.
Uma vez que o termo “Galácia” se aplica tanto à província romana, como a uma
qualquer região dessa província e também à secção central onde os gálatas
(gauleses) étnicos viviam, a sua utilização nas várias passagens do N.T; conduz
a diferenças de opinião. Alguns comentaristas dizem que a Galácia de (At 16:6)
se refere à província romana e, portanto, às igrejas fundadas por Paulo durante
a sua primeira viagem missionária. Outros pensam que se referirá ao país dos
gálatas, na região norte e central da província. A mesma diferença de opinião
surge relativamente à interpretação de (At 18:23) e à identificação das pessoas
que receberam a carta que foi dirigida aos gálatas. Se “Galácia” em (Gl 1:2)
significa “província romana”, a carta deve ter sido dirigida aos membros de
Derbe, Listra, Icónio e Antioquia da Pisídia (At 13:14). Se se referir à terra
dos gálatas étnicos, deverá presumir-se que Paulo dirigiu a sua carta às
igrejas organizadas durante as suas segunda e terceira viagens missionárias (At
16:6; At 18:23). As igrejas da Galácia são também mencionadas em (1Co 16:1 e
2Tm 4:10) declara que Crescente se dirigiu para a Galácia, embora nesta última
passagem exista a possibilidade de Paulo se estar a referir à Gália, na Europa
Ocidental (agora França). Em (1Pe 1:1), “Galácia” refere-se certamente à
província romana.
GÁLATAS
Conhecida como a epístola que o apóstolo São Paulo redigiu aos gálatas. A espítola foi escrita, provavelmente, por volta dos anos
55-60 depois de cristo (foi provavelmente a primeira carta que Paulo escreveu).
Era endereçada inicialmente às igrejas da Galácia, uma região da Ásia Menor,
cujos limites não têm sido determinados com segurança. Seu Propósito era
combater os judaizantes (judeus que afirmam que os gentios para serem salvos,
tinham que ser circuncisados e guardar todas as leis de Moisés) A espítola é
uma defesa da doutrina da justificação pela fé, advertências contra a reversão
ao judaísmo, e a vindicação do apostolado de Paulo. Esta carta tem sido chamada
de A carta magna da igreja por alguns escritores. Seu principal
argumento é a defesa da liberdade cristã em oposição ao ensino dos judaisantes.
Estes falsos mestres insistiam que a observância das cerimônias da lei era
parte essencial do plano de salvação. 1) Na parte pessoal é semelhante a II
Corintos - Conta sua conversão, defende o seu apostolado, os falsos mestres
etc. 2) Na parte doutrinária e prática é semelhante a Romanos - defende a
Justificação pela fé, explica a função da lei e ensino sobre a santificação.
GALGALA
Planície nas bordas do Jordão, onde os judeus, depois de
sua saída do Egito, pararam para circundar aqueles que o não eram e ali
deixaram as 12 pedras
que trouxeram do Jordão. Nessa planície, Josué acampou com os israelitas quase
todo o tempo que gastou na conquista da Terra Prometida. Tornou ainda a vir ali
Josué, depois da célebre vitória na qual parou o Sol, a fim de exterminar seus
inimigos. (Jos 5. 9).
GALIÃO
Irmão de Sêneca, mestre de Nero. Sendo pro-cônsul de Acaia,
trouxeram-lhe os judeus a São Paulo para o condenar. Disse-lhes Galião que não
se metia nas suas disputas de religião, e que concordassem lá entre si.
Condenado à morte por Nero, suicidou-se. (At 12, 18).
GALILÉIA
Inicialmente, o nome aplicava-se somente a parte do
território de Naftali (2Rs 15:29; 1Cr 6:76). A maior parte do país é montanhoso
mas possui também vales férteis. As montanhas, situadas na zona norte, atingem
os 1220 metros
acima do nível do mar e, por isso, esta região da Galiléia sempre teve pouca
densidade populacional. A região sul, menos montanhosa (com montanhas que não
excedem os 565 metros
acima do nível do mar), é uma zona produtora de cereais. Os amorreus ainda
ficaram na posse da Galiléia durante algum tempo depois da invasão dos
israelitas (Jz 1:30-33) e quando os israelitas finalmente possuíram aquela
área, os cananeus uniram-se a eles; porque a Galiléia possuía uma população
mista, Salomão achou que poderia dar vinte das suas cidades a Tiro, sem grande
perda para a sua nação (1Rs 9:11). Quando Tiglath-Pileser III conquistou a
Galiléia (2Rs 15:29) em 732
AC e fez dela uma parte da província assíria do Megido,
ela transformou-se numa região predominantemente gentia. Consequentemente,
poderá muito bem ser chamada “Galiléia das nações” (Is 9:1; cf. Mt 4.15).
Somente alguns judeus ali se instalaram depois do exílio babilônico e mesmo
estes foram levados para a Judéia por Judas Macabeu (I Mac 5:23), em 164 AC . Depois de ter sido
acrescentada ao reino da Judéia no tempo de Herodes, a Galiléia atraiu tantos
judeus, que logo se tornou completamente judaica. De acordo com Josefo, era tão
densamente habitada, que poderia formar um exército de 100.000 homens, caso tivessem
que lutar contra os romanos. O mesmo autor declara que existiam 240 cidades e
aldeias na Galiléia. Contudo, o que ele diz sobre o tamanho das aldeias da
Galiléia parece ser exagerado. Depois que Herodes, o Grande morreu, a Galiléia
tornou-se parte da tetrarquia de Herodes Antipas (4 AC-39 DC), que reinou
durante o tempo do ministério de Jesus. Quando Antipas foi deposto, a Galiléia
tornou-se parte do reino de Agripa I desde 39 DC até 44 DC mas foi acrescentada
à província da Judéia depois da sua morte. Agripa II recebeu parte da Galiléia
em 54 DC e administrou-a até à erupção das guerras judaicas em 66 DC. A
população da Galiléia possuía um sotaque característico, talvez um dialecto
diferente (Mc 14:70; Lc 22:59). Foi nesta área que Jesus exerceu principalmente
o seu ministério. Ele não somente foi criado na Galiléia, como também a maior
parte dos Seus apóstolos eram de lá. As cidades da Galiléia mencionadas no N.T.
são Corazim, Cafarnaum, Naim, Caná, Nazaré, Tiberíades e Betsaida.
GALILÉIA, MAR DA
O mar da Galiléia também se chamava
‘lago de Genesaré’ (Lc 5.1), e ‘mar de Tiberíades’ (Jó 6.1 e 21.1) - e no
Antigo Testamento ‘mar de Quinerete’ (Nm 34.11 - Dt 3.17 - Js 13.27 e 19.35).
Este mar interior tem de comprimento 20 km , de norte a sul, sendo a sua largura
entre 6 e 12 km .
A sua superfície está 208 m
abaixo do nível do mar Mediterrâneo - e a sua profundidade é de 24 a 30 m . o rio Jordão entra no
mar da Galiléia a 42 km
da sua nascente, e nessa distância há uma descida no rio de 513 m , o que representa mais
de 12 m
por quilômetro. o lago dista do mar Mediterrâneo uns 44 km , e está ao nordeste de
Jerusalém cerca de 96 km .
Acha-se circundado por terras altas, aproximando-se da praia as montanhas pelo
lado do oriente. A sua superfície é, em geral, tão suave como a do mar Morto,
mas está sujeito aquele pequeno mar a repentinos pés-de-vento, de pouca
duração, tendo por causa as ventanias que vêm dos montes, principalmente quando
a forte corrente formada pelo rio Jordão é contrária ao vento sudeste, que sopra
das serras com a força de um furacão. Podemos fazer uma idéia do mar da
Galiléia, no tempo de Cristo, imaginando-o coberto de embarcações de diversos
tamanhos, com as suas praias cintilantes de casa e palácios, de sinagogas e
templos, sendo a população composta de judeus e gentios.
GALILEU
Habitante da Galiléia (Mc 14.70).
GÁLIO
Era irmão de Sêneca, o filósofo estóico. Foi nomeado
procônsul da Acaia pelo imperador Cláudio. São Paulo foi levado à sua presença
pelo motivo de ensinar os homens a ‘adorar a Deus por modo contrario à lei’ (At
18.12, 13) - mas Gálio não prestou atenção às acusações dos judeus, querendo
apenas com isso significar que não desejava intrometer-se nas controvérsias
religiosas. Pela força do destino passou o seu nome em provérbio de censura,
como o de uma pessoa indiferente na religião. O procedimento de Gálio mostra
atitude amistosa, ou, pelo menos, imparcial, das autoridades romanas para com o
Cristianismo nos primeiros tempos. Gálio foi condenado à morte pelo imperador
Nero.
GALO, CANTAR DO
O cantar do galo acha-se mencionado em (Mc 13.35), como
sendo o período de tempo entre a meia-noite e o romper do dia. É, realmente, ao
romper da alvorada que é ouvido o segundo cantar do galo, sendo o primeiro
menos regularmente à meia-noite. Marcos (14.30) menciona os dois cantos do
galo, ao passo que Mateus (26.34) se refere ao que expressivamente se chama o
cantar do galo.
GAMADITAS
Foi um povo mencionado somente em (Ez 27:11). Eram
provavelmente os habitantes de Kumidi, uma antiga cidade no sul do Líbano
mencionada nas Cartas de Amarna.
GÂMALA
1) Significa Cidade dos Cavaleiros, porque Herodes, o
Grande, para lá mandava todos aqueles que licenciava das suas tropas. Esta
cidade ficava na tribo de Zabulon. 2) Outra cidade na tribo de Manassés. Praça
forte, situada ao pé de uma montanha. Era tão fortificada e tão animosos os
seus habitantes, que o rei Agripa, contra o qual se havia rebelado, não a pôde
reduzir com um sítio de sete meses, em que morreram todas as suas melhores
tropas. Porém, Vespasiano, tendo-a depois bloqueado, invadiu-a no fim de um
mês.
GAMALIEL
1) Príncipe da tribo de Manassés, no tempo da saída do
Egito. (Ne 1:10; Ne 2:20; Ne 7:54,59). (Num l,10) 2) Outro Gamaliel, da geração
dos Sacerdotes, impediu, quanto pôde, que os judeus maltratassem aos Apóstolos,
fazendo ver aos Juizes que, se os Apóstolos eram mandados por Deus, todos os
esforços feitos para se oporem à sua missão seriam inúteis; pelo contrário,
atrairiam sobre eles a ira de Deus. Se a sua missão não era de Deus, e só obra
dos homens, ou do demônio, cairia por si mesma, como tinham visto acontecer a
muitos falsos profetas. Ele sentiu profundamente os maus tratos que deram aos
Apóstolos, e sobretudo o martírio de S. Estêvão, a quem mandou enterrar honrosamente,
ainda que sem se dar a conhecer. Dizem que esse santo homem foi depois
descoberto e martirizado com seu filho. Abiden, de 20 anos, e que depois da sua
morte apareceu em sonhos a um santo padre, chamado Luciano, a quem revelou o
lugar onde o seu corpo descansava. (At 5, 34; 22, 3).
GAMARIAS
1) Filho de Helcias. Mandado a Babilônia, por Sedecias, rei
de Jerusalém, para levar o tributo a Nabucodonozor. Levou também as
profecias de Jeremias ao cativeiro, para mostrar aos judeus que permaneceriam
mais tempo cativos do que imaginavam; e que
fizessem tudo o que pudessem por viver em paz com os habitantes. (Jer 29,
3). 2) Filho de Safan. Pediu a Baruque que lhe lesse o livro de Jeremias.
Temendo as ameaças que Deus fazia pela boca do profeta, obrigou Baruque a ler o
mesmo livro na presença do rei Joaquim, na esperança de que este príncipe,
penetrado dessa lição, pudesse evitar, por meio da penitência, a execução das
ameaças de Deus. Mas, apenas tinha o rei ouvido á leitura das três ou quatro
primeiras páginas, tirou das mãos de Baruque o livro, rasgou-o com uma faca,
lançou-o ao fogo e mandou prender os dois profetas. (Jer 36, 11. 12.
23).
GAREBE
Foi um dos guerreiros de Davi (2Sm 23:38).
GARIZIM
Montanha muito alta, na tribo de Efraim. Abraão levantou
nela um altar. Deus lhe apareceu e lhe prometeu toda a terra que descortinasse
do alto da montanha. Aí Jacó adorou a Deus. Sanabalete governador de Samaria,
alcançou licença de mandar edificar nela um templo, o qual deu ocasião a um
conflito entre os judeus e os samaritanos. Antíoco, depois, dedicou esse templo
a Júpiter. Tendo-se nele ajuntado 12 mil samaritanos rebeldes, um tribuno
chamado Ceeralis os derrotou. João Hircano desmantelou esse templo, 200 anos
depois do seu estabelecimento.
GASPAR
Foi um dos três magos, ou sábios, os quais partiram dos confins
da Arábia para adorar o Messias em Belém, 13 dias depois do seu nascimento.
Esses sábios, muito versados na astronomia, foram avisados por uma estrela
extraordinária que algum prodígio tinha sucedido. Seguiram, pois, a estrela, a
qual os conduziu à Judéia. Ali conferiram sobre o lugar do nascimento do
Salvador com Herodes, o qual lhes rogou que ao voltar de Belém, novamente o
procurassem. Porém, eles, avisados do Céu, tornaram por outro caminho para suas
terras. Então. Herodes, enganado e ao mesmo tempo irritado, resolveu matar
cruelmente todos os meninos recém-nascidos na mesma cidade. Porém, Jesus Cristo
escapou à tirania, com que foram mortos tantos inocentes. Os outros dois sábios
chamavam-se Melquior e Baltazar, conforme a tradição.
GAVER
Lugar perto de Jerusalém onde Ocozias, rei de Judá, foi mortalmente
ferido por ordem de Jeú. (4 Rs 9, 27).
GATE
Uma das cinco fortalezas dos filisteus, e era a terra natal
do gigante Golias (1 Sm 6.17 - 17.4). No tempo dos reis hebreus era Gate um
espinho para Israel.
GATE-HEFER
Era a terra natal do profeta Jonas (2 Rs 14.25). Josué
cedeu a cidade à tribo de Zebulom (Js 19.13). Nos dias atuais o suposto túmulo
de Jonas é ainda ali venerado.
GATRIMOM
Cidade no território de Dã, atribuída aos levitas coatitas
(Js 19:45; Js 21:24; 1Cr 6:69).
GAVIÃO
O termo em hebraico serve para significar forte e rápido
vôo, e geralmente se usa para designar pequenas aves de presa, o gavião acha-se
mencionado entre as aves imundas, que a lei proibia que se comessem (Lv 11.16 e
Dt 14.15). Aquelas palavras (Jó 39.26) ‘ou é pela tua inteligência que voa o
falcão, estendendo as suas asas para o sul’ referem-se claramente aos instintos
errantes da maior parte de certas aves que se vêem na Palestina, e que procuram
as regiões quentes do sul quando se aproxima o inverno, outras procedem de modo
contrário, buscando as regiões do norte para fugirem das zonas ardentes, o
milhano encarnado é desta ordem. o esmerilhão, de pernas vermelhas, e o gavião do
Levante, são visitantes da Palestina no estio, e voam para as terras do sul no
fim desta estação. No Egito, uma espécie destas aves, pelo menos, era de tanta
consideração e tão sagrada, que matar uma delas, mesmo acidentalmente, era
julgado crime de morte. Eram aves consagradas a Horus, o deus Sol - e vem a
propósito dizer-se que as divindades solares acham-se representadas nas suas
estátuas como tendo cabeça de gavião. A ligação do sol com o gavião é
proveniente de supor-se que esta ave podia contemplar o ardente sol sem sofrer
coisa alguma.
GAZA
Uma das mais fortes cidade dos filisteus, e que Josué
incorporou na tribo de Judá. Era uma das cinco fortalezas dos filisteus,
situada na parte meridional da Palestina (1 Sm 6.17), entre Ráfia e Ascalom, 96 km , ao sudoeste de
Jerusalém. Josué não pôde subjugá-la. Judá conseguiu conquistar Gaza, mas esta
fortaleza não permaneceu por muito tempo em seu poder. As suas portas foram
levadas por Sansão (Jz 16.1 a
3), que esteve mais tarde ali como prisioneiro, e ali ‘virava um moinho no
cárcere’. Um dia fez cair o templo de Dagom, matando os príncipes e o povo que
ali estavam, ficando Sansão também morto sob os destroços (Jz 16.21 a 30). Nos reinados
de Jotão e de Acaz recuperou Gaza a sua independência, mas foi de novo
subjugada por Ezequias (2 Rs 18.8). Mais tarde ficou sujeita aos egípcios,
persas e caldeus, e foi tomada por Alexandre Magno depois de um cerco de cinco
meses. Alexandre Janeu a conquistou depois, sendo infligidas espantosas
barbaridades aos seus habitantes. Foi reedificada por Gabínio, e colocada sob a
proteção de Roma. Hoje somente existem restos da sua primitiva grandeza. A
moderna Guzzeh está numa elevação: as casas são construídas de pedra, mas a
aparência é muito fraca. A vista em redor é bela, e os produtos vegetais
apresentam-se viçosos e odoríferos.
GAZARA
1) Cidade de refúgio, dada aos Levitas da família de Gaat.
2) O rei Hosam, indo ao socorro do rei Laquis contra Josué, foi morto nessa
cidade. Salomão a aumenta com excelentes edifícios. Tendo esta cidade seguido
o partido de Antíoco, Judas Macabeu e Simão, seu irmão, subjugaram-na pela
força das armas. (Jos 10. 33; 3 Rs 9, 37. 1. Mac 3, 8).
GAZOFILÁCIO
Lugar do Templo onde se guardavam os
tesouros e ofertas. Os ricos e a pobre viúva lançavam as suas ofertas em caixas
especiais (Mc 12.41). Jesus falou, estando no lugar da arca do tesouro (Jó
8.20), os sacerdotes não quiseram lançar no gazofilácio as trinta peças de
prata, que Judas lhes restituíra, porque era o preço de sangue (Mt 27.6). Não havia
nenhum edifício especial que fosse a casa do tesouro, o tesouro eram as treze
caixas de bronze, nas quais lançavam os seus donativos os adoradores que iam ao
templo. Quando João diz que Jesus falou, estando no lugar do gazofilácio,
refere-se ao pátio exterior das mulheres, onde foram postas as mencionadas
caixas de bronze.
GEADA
Falando Jacó a Labão a respeito dos seus sofrimentos,
dizia-lhe que a geada o consumia de noite (Gn 31.40). Ele estava, então, na
Mesopotâmia. As noites ali eram tão penetrantemente frias, como era abrasador o
dia, outras referências à geada se podem ler em (Jó 37.10 - Sl 78.47 - Jr
36.30).
GEARAZIM
Vale em Judá (1Cr 4.14), onde os
benjamitas passaram a morar depois do exílio (Ne 11:35).
GEAZI
Foi o servo de confiança de Eliseu
(2Rs 4:31; 2Rs 5:25 e 2Rs 8:4,5). Aparece ligado à história da sunamita (2Rs
4:14,31) e de Naamã, o sírio. Nesta última ocasião, ele foi culpado de
duplicidade e desonestidade de caráter, fazendo com que Elias denunciasse o seu
crime com justa severidade e pronunciasse contra ele uma terrível condenação:
“A lepra de Naamã se pegará a ti e à tua semente para sempre” (2Rs 5:20-27).
Mais tarde, vai contar ao rei Jorão os grandes feitos do seu mestre (2Rs
8:1-6).
GEBA
1) Refere-se a um monte.
Atualmente Jeba a 9,5 km
ao norte de Jerusalém sobre uma crista rochosa, na borda meridional do Wady es
Surveinit, que a separa de Micmás (1 Sm 14.5), dominando o desfiladeiro. 2)
Cidade de Benjamim na fronteira setentrional da tribo e do reino de Judá (Js
18.24; 1 Sm 13.16; 2 Sm 5.25; 2 Rs 23.8; 1 Cr 8.6); cedida aos sacerdotes (Js
21.17; 1 Cr 6.60); teatro da luta entre os filisteus e Jônatas (1 Sm 13.3), e
da vitória que Davi alcançou sobre os filisteus (2 Sm 5.25). Foi fortificada
por Asa (1 Rs 15.22; 2 Cr 16.6); ocupada pelo exército assírio na sua marcha
para Jerusalém (Is 10.29), e por alguns que voltaram do cativeiro (Ed 2.26; Ne
7.30; 11.31; 12.29).
GEBAL
1) Cidade na costa da Fenícia e que não foi conquistada
pelos israelitas (Js 13.5), os seus habitantes, os gibleus, eram afamados como
pedreiros e construtores de navios (1 Rs 5.18 - Ez 27.9). 2) Local mencionado
no (Sl 83:7).
GEBETON
Cidade da tribo de Dã, onde Baasa,
filho de Aías, da tribo de Issacar, matou Nadab, filho de Jeroboão, rei de
Israel. (Jos 19, 44; 3 Rs 15, 17).
GEDALÍAS
Foi um dos judeus nobres que conspirou contra Jeremias (Jr
38:1). Foi nomeado por Nabucodonozor para governar o povo de Judá, depois de
ter aquele imperador conquistado o reino e destruído Jerusalém e o templo (2 Rs
25.22). Gedalías a quem se juntou Jeremias, tomou medidas para a reinstalação
dos judeus dispersos - mas depois de um benéfico governo de dois meses foi
assassinado por um bando da família real de Judá, do qual era chefe Ismael (Jr
40 e 41). Ele era homem piedoso, amável, que governou bem o povo, e cuja morte
é ainda hoje comemorada no calendário judaico como uma calamidade nacional.
GEDEÃO
Também era conhecido por Jerubaal (Jz
6:29,32). Foi o primeiro dos juizes a ter a sua história narrada nas Escrituras
(Jz 5:1-8:35). O seu chamado marca o início do segundo período da história dos
juizes. Após a vitória que Débora e Baraque conseguiram sobre Jabim, Israel
novamente se afundou na idolatria e os midianitas, os amalequitas, assim como
os outros “filhos do Este”, atravessaram o Jordão todos os anos, durante sete
anos consecutivos, com o objetivo de pilharem e assolarem a terra. Gedeão
recebeu um chamado direto de Deus para que levasse a cabo a tarefa de libertar
a terra daqueles invasores dados à guerra. Era da família de Abiezer (Js 17:2;
1Cr 7:18) e da pequena cidade de Ofra (Jz 6:11). Primeiro, acompanhado de dez dos seus servos,
ele derrubou os altares de Baal e o bosque que estava perto deles, fazendo,
depois, soar a trombeta de alarme. O povo, então, reuniu-se no cimo do Monte
Gilboa, sendo em número de 22.000 homens. Estes, contudo, ficaram reduzidos a
300. Este exército armado com tochas, cântaros e buzinas desceram rapidamente
de três pontos diferentes do campo de Midiã, à meia noite, no vale a norte de
Moré, gritando: “Pelo Senhor e por Gedeão” (Jz 7:18). Aterrorizados, os
midianitas ficaram confundidos e na escuridão, mataram-se uns aos outros, de
modo que, de um exército de 120.000 homens, somente 15.000 escaparam com vida. A
recordação desta grande libertação impressionou grandemente a nação (1Sm 12:11;
Sl 83:11; Is 9:4 e Is 10:26; Hb 11:32). E a terra descansou durante 40 anos.
Gedeão morreu bem velho e foi sepultado junto de seus pais. Pouco depois da sua
morte, houve outra mudança. O povo novamente se esqueceu de Jeová e começou a
adorar a Baalim, “nem usaram de beneficência com a casa de Jerubaal” (Jz 8:35).
Gedeão teve setenta filhos, uma descendência tristemente degenerada e fraca,
com exceção de Abimeleque, que parece ter tido muita da coragem e energia do
seu pai, embora tivesse uma ambição inquieta e sem escrúpulos. Juntou um grupo
de homens à sua volta e matou todos os filhos de Gedeão em cima duma pedra, com
exceção de Jotão.
GEDIEL
Foi um dos 12 que Moisés mandou examinar a terra de Canaã.
(Num 13, 11).
GEDER
Cidade em Judá (Js 12:13); Trata-se provavelmente da
Bete-Gader de (1Cr 2:51).
GEDERA
Local no território de Judá citado em (Js 15:36).
GEDOR
1) Local no território de Benjamim citado em (1Cr
12:7). 2) Aldeia na região montanhosa de Judá (Js 15:58), (1Cr 4:4, 1Cr 4:18).
3) Cidade a sul de Simeão (1Cr 4:39); 3) Um dos antepassados de Saul (1 Cr 8.31
- 9.37). 4. Membro da tribo de Judá (1 Cr 4.4, 18).
GEENON
Vale de Enon. Também chamado mie dejosafa, o qual
foi considerado impuro pelos judeus, pelo fato de terem consagrado nele um
templo a Moloc, chamado Tofet, nome que ficou sendo também do vale. O santo rei
Josias, tendo destruído aquele templo, mandou cobrir o lugar de sujeiras da
cidade, e depois os seus sucessores formaram ali um lugar delicioso, ornado
com fontes e jardins magníficos, que o Imperador Tito fez demolir. E Deus
mandou dizer ao povo, que, por causa de tantas idolatrias, chegaria este lugar
a ser cemitério com grande número de mortos, de que estaria cheio, o que
sucedeu durante o cerco a Jerusalém. Falando Jesus Cristo do Inferno, serve-se
da palavra Geena, por causa dos tormentos que padeciam os meninos ali
sacrificados ao abominável ídolo. (Jos 15, 8; 4 Rs 23, 10; Mt 5. 10. 18; 23;
Mac 9, 22; Luc 22. 5).
GEHON
Um dos quatro grandes rios que tinham a sua origem no
paraíso terrestre. (Gên 2, 13).
GELBOÉ
Montanha na tribo de Issacar, sobre a qual morreram, combatendo,
Saul e seus filhos, (l Rs 31, 2; Rs 1. 21).
GEMARIAS
Filho de Safã e um dos levitas do templo no tempo de Joaquim
(Jr 36:10; 2Rs 22:12). Baruque leu em voz alta para o povo as profecias de
Jeremias, a partir da câmara de Gemarias e, mais uma vez, perante Gemarias e
outros escribas, ele leu as profecias de Jeremias (Jr 36:11-20) que encheram o
de terror. Gemarias juntou-se, depois, a outros e todos pediram ao rei que não
destruísse as profecias que Baruque lera.
GEMATRIA
Foi um dos métodos usados pelos escribas na interpretação
da Bíblia, baseado no valor numérico das letras do alfabeto.
GENEALOGIA
Nenhuma nação foi, em tempo algum,
mais cuidadosa em conservar as suas genealogias do que os judeus. Depois do
cativeiro, tiveram as genealogias uma importância ao mesmo tempo civil e
religiosa, pois por elas se provavam os direitos que tinham as diferentes
famílias às respectivas heranças, e se fornecia a prova da descendência do
Messias. Eram os sacerdotes obrigados a apresentar uma genealogia exata de suas
famílias, antes de serem admitidos ao exercício das suas funções. Em qualquer
parte que estivessem os judeus, eles conservavam as tábuas genealógicas das
suas várias famílias, estando os originais guardados em Jerusalém, para serem
consultados quando fosse necessário. Estes autênticos monumentos eram, durante
as guerras e perseguições, cuidadosamente postos em segurança e de tempos a
tempos renovados. Todavia, desde a última destruição de Jerusalém, na dispersão
do povo, perderam-se as antigas genealogias judaicas (1 Cr 5.1,17 - 9.1 - 2 Cr
12.15 - Ed 2.62 - Hb 7.3, 14). A genealogia de
Jesus Cristo está disposta por S. Mateus desde Abraão, e por S. Lucas desde
Adão a José, abrangendo um espaço de mais de 4.000 anos. Esta genealogia mostra
a linhagem de José, e não de Maria, pois que nos registros públicos, dos quais,
podemos supor, teriam sido transcritas as genealogias, somente como filho de
José podia aparecer Jesus, filho de Maria, que era casada com José, o
evangelista Mateus exibe aquela genealogia que contém os sucessivos herdeiros
ao trono de Davi e Salomão - o evangelista Lucas expõe o tronco paternal
daquele que era o herdeiro. Maria era, com toda a probabilidade, prima de José,
de modo que, de fato, embora não formalmente, ambas as genealogias são tanto de
Maria como de José, o termo ‘genealogia’ em (1 Tm 1.4) e em (Tt 3.9) refere-se
a essas fantasiosas enumerações, como as que se lêem no Livro dos Jubileus.
GENEZARÉ
1) O Lago de Genezaré (Lc 5:1), outro nome do Mar da
Galiléia. Lago que o Jordão atravessa onde há uma quantidade prodigiosa de
peixes, e alguns tão extraordinários que não se encontram em outra parte do
mundo. O nome do lago estende-se também á região adjacente. Mt 14; Mc 6,
35. 2) A terra de Genezaré (Mt 14:34; Mc 6:53), uma planície fértil na margem
noroeste do Lago de Genezaré, ou da Galiléia.
GÊNESIS, LIVRO DOS
As diversas matérias do Gênesis podem
ser resumidas da seguinte maneira: 1) Desde a criação até ao dilúvio.
Compreende esta parte a criação do mundo, a formação do homem à imagem de Deus,
a instituição do sábado (dia de descanso), e a do casamento (caps. 1, 2) - a
entrada do mal no mundo, a sentença contra o tentador e o homem, e a promessa
de Deus a respeito de um Salvador (3) - o caso de Caim e Abel, e os
descendentes de Caim - o princípio das obras humanas, as manufaturas, e as
artes (4) - a linha dos patriarcas desde Adão até Noé (5) - a universal
preponderância do pecado, a destruição do mundo corrompido pelo dilúvio, sendo
Noé salvo com sua família (6, 7). 2) Desde o dilúvio até à vocação de Abraão.
Compreende esta parte o pacto da misericórdia que Deus fez com o novo mundo, e
a profecia de Noé com respeito aos seus três filhos (9) - a repovoação da terra
pelos descendentes de Nóe, a origem das distinções nacionais, e o começo dos
principais impérios da antigüidade (10) - a confusão das línguas, e a dispersão
da família humana pela terra (11). 3) Desde a vocação de Abraão até à morte de
José. Nesta divisão do livro os negócios gerais da Humanidade somente são
relatados ocasional e acidentalmente: trata-se, principalmente, do patriarca e
seus descendentes, a quem Deus escolheu e separou do resto do mundo, a fim de
que da sua geração pudesse descender o Salvador prometido. Compreende, pois,
esta parte a vida de Abraão e sua família, com informações da origem e história
de alguns dos mais antigos reis e nações (12 a 25) - de Isaque e sua família (26, 27) - e
de Jacó e sua família (28 a
35) - e mais particularmente a vida de José, indo a narração até ao
estabelecimento da família de Israel no Egito, onde os israelitas puderam
livrar-se da fome e, pela providência de Deus, começar a sua preparação para
constituírem mais tarde um grande povo (37 a 47) - vem em seguida a profecia de Jacó
com respeito a seus filhos e seus descendentes, brilhando nela um raio de luz a
respeito da futura redenção (48, 49). Conclui o livro com a determinação de
José em relação aos seus restos mortais, e com a sua morte (50). São abundantes
as referências no Novo Testamento ao livro de Gênesis. As passagens seguintes
são indicadas segundo a fórmula geral das citações - ‘está escrito’, ‘o Senhor
disse’, etc.: (Gn 1.27 ... Mt 19.4, Gn 2.2 ... Hb 4.4, Gn
2.7 ... 1 Co 15.45, Gn 12.3 ... At 3.25 - Gl 3.8, Gn 17.7 ... Gl 3.16, 19, Gn
21.10,12 ... Gl 4.30 - Hb
11.18, Gn 22.16,17 ... Hb 6.13, 14 - Tg 2.23, Gn 25.23 ... Rm 9.12). Há
freqüentes referências a episódios e personagens do Gênesis, como: (Gn 3.4,5)
(Eva enganada pela serpente) – (2 Co 11.3 - 1 Tm 2.14. Gn 4.4) (Sacrifício de
Abel) – (Hb 11.4 Gn 5.24) (Caráter e trasladação de Enoque) – (Hb 11.5,6. Gn 14.18 a 20) (Melquisedeque)
– (Hb 7. Gn 19.24 a
26) (Destruição de Sodoma e Gomorra) – (Lc 17.29,32 - 2 Pe 2.6. Gn 22.9)
(Sacrifício de Isaque) – (Tg 2.21. Gn 25.33) (A venda que fez Esaú do seu
direito de primogenitura) – (Hb 12.16. Gn 47.31) (Jacó adorando apoiado ao seu
bordão ou sobre a cama) – (Hb 11.21). Juntai a isto todas as referências que
fez Estêvão, quando estava sendo julgado no Sinédrio (At 7). A frase ‘no
princípio’ (1.1) é repetida com uma profunda significação em (Jó 1.1). O Homem
criado à imagem e semelhança de Deus (5.1 e 9.6) é uma verdade reconhecida em
(1 Co 11.7 - Ef 4.24 - Cl 3.10 - Tg 3.9). A santidade da união conjugal é
reforçada com as palavras de (Gn 2.24) por Jesus Cristo em (Mt 19.5), e por
Paulo em (1 Co 6.16 e Ef 5.31). A fé de Abraão (15.5,6) é repetidas vezes
mencionada como figura de caráter cristão, (Rm 4.3 - Gl 3.6 - Tg 2.23). A
palavra ‘paraíso’ leva o pensamento ao Jardim do Éden, (Gn 2.8,9 - Ap 2.7 -
22.1,2). E a escada de Jacó é tomada como símbolo de grande expressão, (Gn
28.12 - Jó 1.51). Muitas conformidades verbais mostram que o Gênesis era
familiar aos inspirados escritores do Novo Testamento, sendo reputado como
livro de autoridade divina.
GENTIO
Termo que designa o não israelita. Judeus e gentios foram
reconciliados com Deus e entre si por meio de Cristo (Ef 2.11-22).
GENTIOS
Emprega-se esta palavra para
significar aqueles povos que não eram da família hebraica (Lv 25.44 - 1 Cr
16.24, etc.). E usa-se o mesmo termo para descrever os incrédulos, como em (Jr
10.25). Dum modo geral os gentios eram todos aqueles que não aceitavam que Deus
se tivesse revelado aos judeus, permanecendo eles então na idolatria. Tinha
sido divinamente anunciado que na descendência de Abraão seriam abençoadas
todas as nações - que as gentes se uniriam ao Salvador, e ficariam sendo o povo
de Deus (Gn 22.18 - 49.10 - Sl 2.8 - 72 - is 42.6 - 60). Quando veio Jesus
Cristo, a sua resposta aos gregos implicava que grandes multidões de gentios
haviam de entrar na igreja (Jó 12.20,24). Tanto na antiga, como na nova
dispensação, não podia o povo de Deus aliar-se pelo casamento com os gentios. E
nos seus primitivos tempos os judeus constituíam essencialmente uma nação
separada das outras (Lv 20.23), e eram obrigados a conservar, para não se
confundirem com os outros povos, o seu caráter moral, político e religioso, sob
pena de duras sentenças (Lv 26.14
a 38 - Dt 28). Era mesmo proibido unirem-se pelo
casamento com a parte remanescente das gentes conquistadas, e que tinham ficado
na Palestina (Js 23.7), para que não fossem castigados como o tinham sido os
seus antecessores (Lv 18.24, 25). Um amonita ou moabita era excluído da
congregação do Senhor, sendo essa medida tomada até à décima geração (Dt 23.3),
embora um idumeu ou egípcio tenha sido admitido na terceira. A tendência que se
notava nos israelitas para caírem na idolatria mostra a necessidade que havia
da severidade empregada.
GERA
Pai de Simei que, tão grosseiramente, injuriou David (2Sm
16:5 e 2Sm 19:16,18).
GERAR
Cidade dos filisteus. Abrigava a corte do rei Abimeleque.
(Gên 10, 19).
GERASA
Cidade da tribo de Manassés. Local onde Jesus Cristo
expulsou dois demônios do corpo de dois miseráveis possessos, que habitavam em
sepulturas, e eram tão furiosos que ninguém se atrevia a passar pelo caminho,
onde eles estavam.
GERAÇÃO
Emprega-se esta palavra no (Sl 24)
para designar uma certa classe de povo. De um modo prático e equivalente a
‘genealogia’ em (Mt 1.1) e a ‘história’ em (Gn 2.4). Na longa vida patriarcal
parece ter sido calculado em 100 anos o tempo de uma geração (Gn 15.16) - mas
em cálculos posteriores era esta de 30 a 40 anos (Jó 42.16).
GERAR
Cidade e distrito no país dos filisteus, ao sul de Gaza (Gn
10.19) e de Berseba. Foi residência de Abimeleque - de Abraão depois da
destruição de Sodoma (Gn 20.1,2) - e de Isaque quando houve fome em Canaã (Gn 26.1 a 26). Foi destruída
por Asa, quando derrotou e perseguiu os etíopes, que estavam sob o domínio de
Zerá (2 Cr 14.13, 14).
GERASENOS
Habitantes de Gerasa. Alguns
manuscritos do NT fazem esta leitura em (Mt 8;28; Mc 5:1; Lc 8:26, 37) (algumas
versões adaptaram esta leitura em Marcos e Lucas), sendo que outros manuscritos
lêem gadarenos ou ainda gergesenos.
GERIZIM
Um monte de 869 metros acima do nível do mar, ao sul da
entrada do vale de Siquém, defronte de Ebal: foi em Gerizim que foram
pronunciadas as bênçãos e maldições, quando os israelitas entravam em Canaã (Dt
11.29 - 27.12 - Js 8.33) - e ali foi dita a parábola de Jotão aos homens de
Siquém (Jz 9.7). Neste mesmo monte havia o templo samaritano (Jó 4.20), e ainda
hoje lugar de culto, o nome atual é Jebel et-Tor. Moisés mandou que após os israelitas
atravessarem o rio Jordão, deveriam ir aos montes Ebal e Gerizim e que as
tribos de Simeão, Levi, Judá, Issacar, José e Benjamim permanecessem nas
encostas do Monte Gerizim, pronunciando as bênçãos para aqueles que guardassem
a lei de Deus (Deuteronômio 11:29; Deuteronômio 27:12-13. Depois que os
israelitas invadiram Canaã, cumpriram esta ordem de Moisés (Josué 8:33-35).
GERUBATE
Filho de Hadade, da família real edomita. Foi educado na
casa de Faraó. A sua mãe era irmã de Tafres, a mulher do rei do Egito
mencionada em 1Rs 11:20.
GÉRSON
1) Primeiro filho que teve Moisés de Séfora, filha de Jetro
(Êx 2.22 - 18.3). Sacerdote de Maclriam. 2) Nome do primeiro filho de Levi,
cuja família saiu do Egito em número de 7.500; seu ofício era trazer os véus do
Tabernáculo, enquanto se viajava pelo Deserto. (Num 3, 4). O filho mais velho
de Levi (1Cr 6:16,17,20,43,62,71 e 1Cr 15:7). No deserto, os filhos de Gérson
tinham a cargo os tecidos para o tabernáculo, quando tinham que o transportar
de um sítio para o outro: as cortinas, os véus e a cobertura da tenda (Ne
3:21-26). Treze cidades levíticas caíram nas mãos dos gersonitas (Js 21:27-33).
Eis ali um estrangeiro. Jônatas, o filho de Gérson, foi o primeiro sacerdote no
culto irregular da tribo de Dã (Jz 18.30). 3) Um membro da família de Finéias,
que acompanhou Esdras desde a Babilônia (Ed 8.2). 3) Filho mais velho de Levi
(Gn 46.11 - 1 Cr 6.1 - 6.16,17,62,71). A linha de Coate, segundo filho,
tornou-se preeminente, porque a ela pertenciam Arão e os sacerdotes, o mais
distinto dos gersonitas foi Asafe (1 Cr 6.39 a 43). Tinham ao seu cuidado a coberta, as
cortinas, o pavilhão e as cordas do tabernáculo (Nm 3.25,26 - 4.25,26).
Foram-lhes cedidas treze cidades, nas tribos do norte (Js 21.27 a 33 - 1 Cr 6.62,71 a
76).
GESSEN
Região do Baixo Egito a leste dos braços do Nilo.
fertilíssima em pastos.
Por essa razão, a deu Faraó a Jacó e à sua família, para
sustentar nela os seus rebanhos. Apenas essa parte ficou isenta dos flagelos
com que Deus castigou o reino do Egito. (Gên 47, 1; Êx 8, 22; 9, 26).
GESSER
Cidade de importante posição geográfica numa das duas
principais estradas entre Jope e Jerusalém. A importância de Gesser é também
indicada pelo seu pouco usual tamanho de 11 hectares , duas vezes
o tamanho de Megido. Embora os habitantes de Gesser tenham sido derrotados no
tempo de Josué (Js 12:12) e tenham realizado trabalhos forçados no tempo dos
efraimitas (Js 16:10), a cidade permaneceu nas mãos dos cananeus (Jz 1:29) durante
séculos. Conseqüentemente, não pôde ser usada pelos levitas, a quem fora
atribuída (Js 21.21; 1Cr 6:67), antes do reinado de Salomão. Nessa altura, um
dos últimos faraós da 21ª dinastia, provavelmente Siamon, capturou a cidade e
deu as suas ruínas a Salomão como dote, quando a sua filha se casou com o rei
hebreu. A cidade foi imediatamente reconstruída (1Rs 9:15, 16). Quando o reino
de Salomão foi dividido em dois estados após a sua morte, Gesser tornou-se
parte do reino do norte. Tiglath-Pileser III conquistou a cidade e tê-la-á
incorporado na província assíria de Megido. Terá tido um papel importante, como
cidade fortificada, nas guerras macabeias.
GESSUR
1) Pequeno reino ao oriente do
Jordão, limitado ao norte pelo monte Hermom e ao sul pelo Basã (Js 12.5) - foi
conquistado por Jair filho de Manassés (Dt 3.14, 1 Cr 2.23), mas os habitantes
não foram expulsos (Js 13.2, 11.13) - esteve sob o governo de Talmai, cuja
filha, casada com Davi, foi mãe de Absalão (2 Sm 3.3) - em Gesur se refugiou
Absalão depois de haver matado o seu irmão Amnom (2 Sm 13.37,38 - 14.23,32 -
15.8). 2) Vizinhança na Iduméia. Davi saqueou essa região no tempo da sua
permanência em Sicelegue. (1 Rs 27, 8.
GET
Cidade dos filisteus, na tribo de Judá. Local onde nasceu o
gigante Golias. (1 Rs 17).
GETSÊMANI
1) Local na vertente oeste do Monte das Oliveiras,
onde Jesus orou em agonia pouco antes de ser preso (Mt 26:36; Mc 14:26,32; Lc
22:39). Recebeu o seu nome provavelmente devido à prensa de azeitonas que
existia naquela área. (Jó 18:1) diz que se trata de um jardim. Poderá ter
pertencido a um discípulo de Jesus, uma vez que Ele o usava freqüentemente como
seu retiro favorito (Lc 22:39; Jó 18:1,2). As oliveiras que aí se encontram são
extremamente antigas mas não pertencem ao tempo do ministério de Jesus, pois
Tito cortou todas as árvores à volta de Jerusalém durante o cerco à cidade em
70 d.C. e os peregrinos cristãos dos primeiros séculos lamentaram o fato de não
existirem oliveiras no Getsemani. 2) Vale junto ao monte Olivete. Depois que
Jesus Cristo ceou com seus discípulos, foi para o Horto com três deles, a
saber: Pedro, Tiago e João, onde suou sangue, que corria pela terra, e onde foi
preso pela traição de Judas. (Mt 26. 36; Mc 14, 32).
GETEUS
Habitantes de Gate (2 Sm 6.10,11 - 15.
18, 19).
GEZER
1) Cidade real dos cananeus, conquistada por Josué
(Js 10.33 - 12.12) - no limite meridional de Efraim (Js 16.3 - 1 Cr 7.28) -
dada aos coatitas, e dela foi feita uma cidade de refúgio - os seus habitantes
não foram expulsos (Js 16.10 - 21.21 - Jz 1.29 - 1 Cr 6.67) - foi o limite da
perseguição movida por Davi contra os filisteus (2 Sm 5.25 - 1 Cr 14.16) -
tomou-a e incendiou-a o rei Faraó, que a deu a sua filha, mulher de Salomão,
sendo por este reedificada (1 Rs 9.15
a 17). Hoje é conhecida pelo nome de Tell-Jezer,
distante alguns quilômetros ao sul de Ramlé. Pelas investigações feitas nas
suas ruínas se vê que desde o ano 2500 (a.C.) até tempos recentes foi sempre
habitada. Entre as coisas achadas se mencionam esqueletos de crianças que
tinham sido sacrificadas, uma fileira de grandes pedras levantadas em relação
com o culto do Sol, e uma língua de ouro, que lembra o caso de Acã (Js 7.21).
2) Cidade dos filisteus, a primeira que lhes tomou Davi, depois que chegou a
cingir a coroa. (2 Rs 1. 21).
GIBEÁ
1) Monte ou aldeia no território de Efraim e que
pertencia a Finéias. Foi lá que enterraram o sumo-sacerdote Eleazar, filho de
Aarão (Js 24:33) 2) Cidade na região montanhosa de Judá, a sudeste de Hebrom
(Js 15:57); Cidade das montanhas de Judá (Js 15.57). 3) Gibeá de Benjamim. Aqui
ocorreu aquele fato narrado nos caps. 19 e 20 do livro dos Juizes, que foi
causa de ser quase extirpada a tribo de Benjamim - casa de Saul (1 Sm 10.26 -
etc.) - dali mandou Jônatas desalojar de Gibeá os filisteus (1 Sm 13.2,3) -
lugar onde foram enforcados sete filhos de Saul (2 Sm 21.1 a 9) - terra de três
dos homens valentes de Davi (2 Sm 23.29 - 1 Cr 11.31 - 12.3) - e de Uriel (2 Cr
13.2) - foi ocupada pelo exército assírio, quando marchava para Jerusalém (is 10.29,
uma passagem que mostra não serem o mesmo lugar Gibeá e Geba) - um centro de
idolatria (Os 5.8 - 9.9 - 10.9). Em (1 Sm 7.1) se diz que a arca foi levada ‘à
casa de Abinadabe, no outeiro’, isto é, em Gibeá (2 Sm 6.3).
GIBEATELOIM
Uma variante do nome da cidade natal de Saúl, ou então um
outeiro perto da cidade (1Sm 19:5). Algumas versões traduzem como “outeiro de
Deus”.
GIBEOM
O nome aparece em 33 antigas inscrições hebraicas
encontradas em Gibeom. Uma
antiga cidade cananéia, a principal cidade de uma confederação à qual
pertenciam Cefira, Beerote e Quiriate-Jearim (Js 9:17). Os primeiros habitantes
de Gibeom eram heveus (Js 11:19), “do resto dos amorreus” (2Sm 21:2). Usando
falsos pretextos, conseguiram estabelecer um tratado de amizade com Josué e os
filhos de Israel. Quando os israelitas descobriram o engano, fizeram dos
gibeonitas seus escravos; contudo, honraram o tratado e prestaram-lhes auxílio
militar quando os gibeonitas foram atacados por outras cidades cananéias (Js
9:1 a 10:11). A cidade de Gibeom situava-se no território de Benjamim (Js
18:25), mas foi atribuída à família de Aarão (Js 21:17). Esta foi provavelmente a razão porque o tabernáculo lá
se encontrava durante o reinado de David e Salomão, antes de o templo ter sido
construído (1Cr 16:39, 40; 1Cr 21:29; 2Cr 1:3, 6, 13). Embora os seus
antepassados tenham vivido em Gibeom durante algum tempo (1Cr 8:29; 1Cr 9:35),
Saúl massacrou alguns dos seus habitantes sem qualquer justificação;
consequentemente, sete dos seus filhos foram executados no tempo de David, para
satisfazer os gibeonitas (2Sm 21:1-9). Foi em Gibeom que David lutou contra
Isbosete (2Sm 2:8-17, 24; 2Sm 3:30) e derrotou os filisteus (1Cr 14:16); perto
de Gibeom, Joabe matou Amasa (2Sm 20:8-10). No santuário em Gibeom, Salomão
recebeu uma visão divina (1Rs 3:4-15). A cidade parece ter entrado em declínio
mais tarde. Não volta a ser mencionada senão depois do exílio (Ne 7:25). Os
seus habitantes ajudaram Neemias a erigir as muralhas de Jerusalém (Ne 3:7).
GIDEÃO
Era filho de Joás, da tribo de Manassés - também foi
chamado Jerubaal (Jz 6.32) e Jerubesete (2 Sm 11.21). Habitava na cidade de
Ofra, e foi escolhido por Deus de um modo muito extraordinário para libertar os
israelitas do jugo dos midianitas, sob o domínio dos quais Israel tinha sofrido
pelo espaço de sete anos. As hordas rapaces e cruéis destruíam todos os anos os
produtos da terra de Canaã, à exceção dos que podiam ser escondidos nos retiros
fortificados das montanhas, o estratagema de Gideão foi bem pensado, para lançar
a consternação nos arraiais de um grande exército indisciplinado. O brilho dos
fachos, o ressonante alarido dos israelitas, e o toque das trezentas trombetas
por entre os montes, tudo isso originou tal pânico, que deu motivo à terrível
derrota dos midianitas. Foi Gideão o sétimo juiz de Israel, que julgou os
israelitas pelo espaço de cinqüenta anos.
Recusou ser rei de Israel, infelizmente deixou-se cair na idolatria, mandando
fazer uma estola, ‘a qual veio a ser um laço a Gideão e à sua casa’. Todavia, é
ele honrosamente mencionado na epistola aos Hebreus (11.32). (Jz 6.14 a 27 - 8.1 a 24 etc.)
GIDEROT
Cidade da tribo de Dã. (Jos 11, 26).
GIDOM
Lugar designado como limite de perseguição, movida contra
Benjamim depois da batalha de Gibeá. Ficava, pois, entre Gibeá e a penha de
Rimom (Jz 20.45).
GIEZI
Foi o criado de Eliseu. Enganando a Naaman para lhe dar
dinheiro, passou a lepra que tinha este príncipe para ele e para toda sua posteridade.
(4 Rs 1. 26).
GIGANTE
Homem de estatura excepcional; Citado em (2 Sam 21:16, 18,
20, 22 e 1 Crôn 20:4, 6, 8).
GILBOA
Cordilheira montanhosa com cerca de 13 km de extensão e que se
desloca desde o sudeste de Jezreel até ao sul. O seu ponto mais alto atinge os 518 metros acima do
nível do mar. As suas encostas Norte e Este são íngremes e escarpadas, mas a
vertente oeste é fértil e suave. Aqui crescem cevada, trigo, figueiras e
oliveiras. A cordilheira forma uma bacia hidrográfica entre a Planície de
Esdraelom e a planície mais pequena de Bete-Seã. O antigo nome de Gilboa foi
preservado na aldeia de Jelbon, que se situa numa das encostas de uma das
cordilheiras. Gilboa ficou famosa como campo de batalha. Aqui os israelitas
acamparam durante a batalha contra os filisteus e local onde o rei Saul perdeu
a vida (1Sm 28:4; 1Sm 31:1, 8; 2Sm 1:6, 21; 2Sm 21:12; 1Cr 10:1, 8).
GILEADE
Era a principal cidade de Gileade de Manassés, cujos
habitantes foram mortos por não terem estado na guerra de israel contra
Benjamim (Jz 21.8 a
14). Saul a defendeu contra os filhos de Amom, e foi ali que foi sepultado
aquele rei e os seus três filhos (1 Sm 11.1 a 13; 31.11 a 13; 2 Sm 2.4,5;
21.12;1 Cr 10.11). Em outros lugares bíblicos se chama somente Jabes, o seu
nome se conservou na moderna povoação do Wady Yabes, que se une com o Jordão
abaixo de Bete-Seã.
GILEADITAS
Um ramo da tribo de Manassés, descendendo de Gileade, ou
habitando em Gileade (Nm 26.29 - Jz 12.4 - 2 Sm 17.27 - 1 Rs 2.7 - Ed 2.61 - Ne
l.63).
GILGAL
Nome de vários locais a oeste da Palestina, mas os eruditos
ainda não chegaram a acordo quanto ao número de locais com este nome. São
mencionados em vários textos. Devem distinguir-se, pelo menos, três desses
locais, todos eles chamados Gilgal: O local do primeiro acampamento dos
israelitas, após a travessia do Jordão e de onde eles partiram para as suas
várias campanhas militares sob as ordens de Josué (Js 4:19-24; Js 5:10; Js
10:6, 7, 15, 43). Parece ter sido construída uma cidade neste local, que se
situava na fronteira norte de Judá (Js 15:7) e que, no (Js 18:17), é chamada
Gelilote. Samuel incluiu-a nos seus circuitos anuais e lá ofereceu sacrifícios
(1Sm 7:16). Saúl juntou aí os israelitas para uma batalha contra os filisteus.
Foi aí que, à pressa, Saúl ofereceu sacrifícios e que Samuel lhe disse que ele não seria o fundador de uma dinastia
(1Sm 13:4-14). Foi também aqui que, após uma batalha contra os amalequitas,
Saúl se encontrou com Samuel e este lhe disse que ele perdera o direito ao
trono, por não ter levado a cabo a ordem de Deus até ao fim (1Sm 15:20-23; 1Sm
16:14). Quando David voltou da Transjordânia, depois que a rebelião de Absalão
foi reprimida, os representantes da tribo de Judá vieram a Gilgal para
conduzirem o rei através do Jordão, dando-lhe as boas vindas (2Sm 19:15, 40).
Mais tarde, Gilgal tornou-se num local de idolatria, pelo qual foi denunciado
pelos profetas (Os 4.15; Os 9:15; Os 12:11; Am 4.4; Am 5:5). A última menção
que é feita a este local encontra-se em (Ne 12.29), texto a partir do qual
ficamos a saber que a cidade foi recolonizada após o exílio babilônico.
GILO
Cidade na região montanhosa de Judá
(Js 15:51), Era a cidade natal de Aquitófel (2Sm 15:12).
GIMON
Conforme a Escritura, profeta que
Deus mandou a Basã, rei de Israel, para o ameaçar com os mesmos castigos, com
que arruinou a casa de Jeroboão, se não se emendasse dos seus vícios. Essa
embaixada custou a vida do profeta, porque Basã o mandou assassinar. (3 Rs 16,
1. 8)
GINZO
Cidade em Judá, conquistada pelos filisteus durante o
reinado do rei Acaz (2Cr 28:18)
GIOM
1) Um dos rios do Éden (Gn 2.13). 2) Foi o lugar onde
Salomão foi ungido e proclamado rei (1 Rs 1.33, 38, 45), no vale do Cedrom, ao
oriente de Jerusalém (2 Cr 33.14) - havia ali uma nascente, cujas águas foram
desviadas para a cidade de Davi, à aproximação do exército assírio (2 Cr 32.30).
GIRGASEUS
Uma das tribos que estavam de posse de Canaã quando este
país foi invadido pelos filhos de Israel (Gn 10.16 - 15.21 - Dt 7.1 - Js 3.10 -
24.11 - 1 Cr 1.14 - Ne 9.8), o território dos girgaseus ficava ao ocidente do
rio Jordão.
GIRGASITA
Descendentes do quinto filho de Canaã
(Gn 10:16) e uma das primeiras tribos a habitar a terra de Canaã, antes dos
Israelitas (Gn 15:21; Dt 7:1). Era um dos ramos da grande família dos heveus.
GITAIM
Uma cidade de Benjamim, para onde os habitantes de Beerote
fugiram (2Sm 4:3) provavelmente no tempo de Saúl e possivelmente depois de ele
ter massacrado os gibeonitas (2Sm 21:1), entre os quais se encontravam os
beerotitas (Js 9:17). A cidade foi habitada depois do exílio (Ne 11:33). Não
foi ainda identificada com toda a certeza, embora seja mencionada na lista de
cidades palestinianas conquistadas pelo Faraó Sisaque. É também mencionada em
registros cuneiformes.
GIZONITA
Nome dado a Hasem, um habitante de Gizó, local situado
algures nas montanhas de Judá (1Cr 11:34; 2Sm 23:32,34).
GLAFIRA
Filha de Arquelau, rei da Capadócia, a mais bela princesa
do seu tempo. Depois da morte de Alexandre, filho de Herodes, seu primeiro
marido, casou segunda vez com Arquelau, irmão de Alexandre. O falecido lhe
apareceu de noite e repreendeu-a por sua infidelidade, ameaçando-a, dizendo-lhe
que morreria dentro de cinco dias, o que aconteceu. (Fl. Jos).
GLÓRIA
Qualidade essencial do caráter de Deus (Sl. 63.2); sua
glória é o sue valor, a sua dignidade. Tudo o que há nele comprova ser ele
digno de receber louvor, honra e respeito. No NT, Jesus é revelado como o
Senhor da glória (1Co 2.8). Na Bíblia, glória está muitas vezes associada a
brilho ou esplendor (Lc 2.9).
GOÁ
Local perto de Jerusalém (Jr 31:39)
GOBE
1) Cidade filistéia, onde Davi se encontrou por duas vezes
com os filisteus (2Sm 21:18, 19); É mencionada nas Cartas de Amarna como Gubbu.
Para Gobe, no texto paralelo de (1Cr 20:4), lê-se Gazer. Gobe poderá ter-se
situado perto de Gezer, nome pelo qual as batalhas se tornaram conhecidas. 2)
Grande planície dos filisteus, local onde ocorreu dois combates entre eles e os
israelitas. Sobocai matou um gigante chamado Saf; Adeodato matou outro chamado
Golias. (2 Rs 21, 19).
GODOLIAS
Filho de Aicam. O rei Nabucodonozor o estabeleceu governador
daqueles que tinham ficado na Judéia. Ismael, filho de Natanias, assassinou-o
em Masfat. (4 Rs 21).
GOG
Nome do líder de um grupo hostil descrito em (Ez 38 e Ez
39). Viria “das bandas do norte” com o fim de destruir o povo de Israel. Esta profecia
é vista como tendo sido cumprida com os conflitos entre os Macabeus e Antioco,
com a invasão e destruição dos caldeus e com os êxitos temporários e destruição
que estava reservada aos turcos. Mas “todas estas interpretações são
inadequadas e pouco satisfatórias. A visão
relacionada com Gog e Magog (Ap 20:8) é, no fundo, uma reafirmação da profecia
de Ezequiel. Mas enquanto que Ezequiel contempla o grande conflito sob uma luz
mais geral, aquilo que certamente estaria relacionado com o Messias e que, então,
teria conseqüências decisivas, João, por outro lado, escrevendo no início dos
tempos do Messias, descreve as últimas lutas e vitórias da causa de Cristo. Em
ambos os casos, a visão descreve as últimas obras do mal no mundo e os
resultados relacionados com o reino de Deus. Acontece que o ponto de partida de
uma delas se situa mais no futuro do que o da outra.
GOGUE
Um rubenita (1Cr 5:4), pai de Simei.
GOGUE E MAGOGUE
(Ezequiel 38:1) profetizou sobre a vinda de um terrível
rei, Gogue, da terra de Magogue, para opor o povo restaurado de Deus. Os
capítulos 38 e 39 descrevem a preparação dos exércitos que apoiaram Gogue, o
seu ataque contra o povo de Deus e a sua repentina derrota por Deus. As nações
que iam participar com Gogue na batalha representam diversos povos gentios. É
interessante notar que a maioria desses nomes vem de Gênesis 10, das listas de
descendentes de Jafé e Cam. Nenhum deles se encontra na lista dos descendentes
de Sem. A linhagem da promessa é traçada através de Sem. Abraão, Davi e Jesus
são descendentes de Sem. Jafé e Cam, por sua vez, eram antepassados de muitas
nações ímpias, conhecidas geralmente como gentios. Essas informações esclarecem
para nós a simbologia de Ezequiel 38 e 39. Os exércitos de Gogue de Magogue
representam os inimigos do povo de Deus tentando derrubar Israel restaurado.
Nada no contexto (um livro que usa um estilo apocalíptico) sugere que Gogue
seria uma determinada pessoa histórica. Capítulo 37 é simbólico (ele fala da
ressurreição de pessoas num vale cheio de ossos secos). Capítulos 40-48,
também, são simbólicos (falam de uma cidade especial e um templo figurado que
representam á presença de Deus no meio de seu povo redimido). No mesmo estilo,
o profeta usa Gogue para representar a ameaça dos ímpios que tentariam derrotar
o reino de Deus. Numa profecia menos detalhada, Gogue e Magogue reaparecem em
Apocalipse 20:8-10. Esta vez, Satanás é visto como o líder verdadeiro deles. O
resultado é o mesmo: a súbita e decisiva vitória das forças de Deus. Como foi o
caso em Ezequiel, o contexto no Apocalipse usa linguagem figurada, e não sugere
uma pessoa específica e histórica.
GOLGOTA
Significa caveira. É o nome hebraico do sítio onde Cristo
foi crucificado (Mt 27.33 - Mc 15.22 - Jó 19.17). O local onde Cristo foi
crucificado e que é interpretado por Lucas como significando “caveira” (Mt
27:33; Mc 15:22; Jó 19:17). Em (Lc 23:33), “Calvário” (Gr. Kranion) significa
literalmente “crânio”, derivando do latim Calvaria. Acredita-se atualmente que
o nome dado a este local se deve à sua semelhança com uma caveira mas os pais
da igreja primitiva declaram que será devido ao fato de o crânio de Adão estar
ali enterrado (Origines), ou então por causa dos muitos crânios dos criminosos
que ali foram executados e que lá terão sido deixados (Jerônimo). De acordo com
os Evangelhos, era um local proeminente (Mc 15:40; Lc 23:49), situado fora das
portas da cidade (Jó 19:20; Hb 13:11-13) e perto de um jardim (Jó 19:41). A
localização atual ainda não foi identificada com toda a certeza, embora se
tivessem feito várias tentativas nesse sentido. Alguns locais à volta da cidade
e mesmo dentro dela foram, por vezes,
identificados com o Gólgota. Eusébio (2264-339 DC), o primeiro historiador
cristão a fornecer alguma informação sobre o assunto, declara que homens
perversos cobriram o local com terra e construíram sobre ele o templo de Vênus,
que se situava no Forum, erigido pelo Imperador Adriano no século II DC.
Constantino retirou do local esta estrutura pagã e aí edificou uma igreja,
lugar esse que é agora ocupado pela Igreja do Santo Sepulcro.
GOLIAS
1) Em (2Sm 21:19), lemos sobre um outro gigante que
foi morto por El-Hanã. A sua lança era a “haste como o órgão do tecelão”.
Algumas versões intercalam as palavras “o irmão de” em (1Cr 20:5), onde o gigante
é chamado Lami. 2) Um famoso gigante de Gate, que durante quarenta dias
desafiou abertamente os exércitos de Israel, mas que acabou por ser morto por
David, com uma pedra da sua funda (1Sm 17:4). É provável que fosse um
descendente dos de Refaim, que encontraram refúgio entre os filisteus, quando
foram dispersos pelos amonitas (Dt 2:20,21). Media “seis côvados e um palmos,”
o que, igualando a 21
polegadas , dá um total de 10 pés e meio. David
cortou-lhe a cabeça (1Sm 17:51) e trouxe-a para Jerusalém, pendurando na sua
tenda a armadura que lhe tirara. A espada de Golias foi preservada em Nobe como
troféu religioso. A vitória que David obteve sobre Golias foi o ponto de
viragem da sua vida. Passaram-no a ver como o libertador de Israel, o chefe das
gentes de guerra de Saúl e um amigo devotado de Jónatas.
GOMER
1) Primeiro dos sete filhos de Jafet, neto de Noé. (Gên 10,
2). 2) Filha de Debelaim. O profeta Oséias recebeu ordem de Deus para se casar
com ela que era mulher de costumes dissolutos, como dura advertência ao povo,
que se estava portando como esposa infiel para com Deus (Os l, 2s). Alguns
comentadores admitem este casamento como fato real, mas outros o explicam como
uma espécie de parábola ou alegoria cuja descrição por si só já bastava para o
fim almejado: ensinar eficazmente o povo.
GOMORRA
Uma das cinco cidades da planície (Gn
10.19 - 13.10), que se opuseram à invasão de Quedorlaomer (Gn 14.2 a 11) - foi destruída
com fogo e enxofre (Gn 19.24, 28) - era proverbial a sua maldade (Gn 18.20 - Dt
29.23 - 32.32 - Is 1.9, 10 - Jr 23.14 - 49.18 - Rm 9.29) - o que lhe aconteceu
foi um aviso contra o pecado (Dt 29.23 - Mt 10.15 - Mc 6.11 - 2 Pe 2.6 - Jd 7)
- e nela foi visto um precedente para a destruição de Babilônia, de Edom, de
Moabe e de israel (Is 13.19 - Jr 50.40 - Jr 49.18 - Sf 2.9 - Am 4.11). As
cidades da planície estavam situadas no vale do Jordão, perto da extremidade
norte do mar Morto. Todas essas cidades foram envolvidas na terrível
catástrofe, à exceção de Zoar, que tem sido identificada com a moderna Tell
esh-Shaghur, nas faldas dos montes de Moabe.
GORDURA
Era proibido comer certas porções da gordura dos animais
que tinham sido oferecidos em sacrifício, visto como, sendo a gordura a parte
mais rica do animal, pertencia ao Senhor (Lv 3.3, 9, 16, 17 - 7.3, 23), outras
partes da gordura de animais sacrificados e a gordura de outros animais, a não
ser que eles tivessem morrido de doença ou houvessem sido despedaçados pelas
feras, podiam ser comidas (Lv 7.24), os hebreus apreciavam muito as carnes
gordas (1 Rs 4.23 - Jr 46.21 - Lc 15.23).
GÓRGIAS
Chefe dos sírios no governo de Antíoco IV Epifânio (175-164 a .C.) e Antíoco V Eupator
(164-162 a .C.).
Foi mandado com Nicanor contra os judeus e travou combate com Judas Macabeu
perto de Emaús (Nicópolis). Nicanor, chefe da maior parte das forças sírias,
foi derrotado, mas Górgias conseguiu retirar-se para o país dos filisteus
depois de ter fracassado em seu plano de ataque noturno a Judas, (l Mac 3,
38-4; 25; 2 Mac 8, 9-36).
GOSSEM
Adversário dos judeus, que procurou ridicularizá-los na
tentativa de reedificação dos muros de Jerusalém. (2 Esdr 2. 19).
GOZA
1) Território para onde os israelitas foram levados cativos
pelos assírios (2 Rs 17.6 - 18.11 - 19.12 - 1 Cr 5.26 - e is 37.12) - trata-se,
provavelmente, daquela região notavelmente fértil, banhada pelo Habor, que
corre pela Mesopotâmia para o Eufrates. 2) Rio da Média, para onde
Nabucodonozor transportou os Judeus. (4 Rs 17, 8).
GÓZEN
1) Uma região no sul da
Palestina (Js 10:41; Js 11:16). 2) Fértil território na parte oriental do
Baixo-Egito, onde se estabeleceu Jacó e sua família, e onde permaneceram os
seus descendentes até ao Êxodo (Gn 45.10 - 46.28 a 34 - 47.1 a 6, 27 - 50.8 - Êx
8.22, 9.26). Quando os hebreus ali se estabeleceram, não era aquela região uma
província organizada, que estivesse ocupada por uma população agrícola, mas um
amplo espaço de terra pantanosa que podia ser dada pelo rei aos estrangeiros,
sem ofensa para os nacionais. Com o aumento da população deu-se o nome de Gózen
a um grande espaço de território, cujos limites podemos julgar que se estendiam
desde o ramo tanítico do Nilo, na parte oriental do delta, até ao deserto do
mar Vermelho. 3) Certa região ao sul da Palestina, tomada por Josué (Js 10.41 -
11.16). 4) Cidade das terras montanhosas de Judá (Js 15.51).
GRAÇA
No A.T. significa favor, especialmente na frase ‘achar
graça’ (Gn 6.8, etc.). No N.T. é aquele favor que o homem não merece, mas que
Deus livremente lhe concede - algumas vezes é posta em contraste com a lei (Rm
6.14) - e também exprime a corrente de misericórdia divina, pela qual o homem é
chamado, é salvo, é justificado, e habilitado para viver bem e achar isso
suficiente para ele (Gl 1.15 - Ef 2.8 - Rm 3.24 - 1 Co 15.10 - 2 Co 12.9).
GRADE
1) A grade judaica para desterroar a
terra constava, como atualmente, de uma pesada prancha em bruto, tendo de um e
outro lado pedras agudas, ou pregos de ferro com o fim de desfazer os duros
torrões. Este instrumento era puxado por bois, estando o lavrador em cima, para
com o seu peso ficar a terra bem quebrada e preparada para receber a semente
(Is 28.24). Algumas vezes se usava um objeto ainda mais primitivo, isto é, um
cepo, ou um ramo de árvore, que era arrastado pelo chão áspero. Também se
empregava a grade como instrumento de castigo ou de tortura (2 Sm 12.31), se de
torturas se trata nesta passagem, e não propriamente de formas de trabalhos. 2)
A grade pela qual olhava a mãe de Sísera (Jz 5.28), era simplesmente uma janela
estreita. Em (Ct 2.9) trata-se de um trabalho de rede, diante da janela.
GRAL
Objeto de madeira que se emprega para se pisar o grão. Nas
casas de pessoas abastadas eram de metal o
gral e o pilão. Quando o maná caía no deserto, os israelitas trituravam-no no
moinho, ou pisavam-no no gral, até que ficava em boas condições para servir na
alimentação (Nm 11.8).
GRÃO
As espécies mais vulgares de grão, que a escritura
menciona, são o trigo, a cevada, a espelta e o milho. A aveia não é mencionada,
o trigo era fragmentado em casa para fins domésticos (2 Sm 4.6). Desde o tempo
de Salomão foi a Palestina um pais exportador de trigo, e para Tiro era levado
este produto em grande abundância (2 Cr 2.10, 15 - Ez 27.17). (*veja
Agricultura.)
GRÉCIA
País situado ao sudeste da Europa, mas pouco conhecido dos
hebreus - nas primitivas Escrituras acham-se referência à Grécia sob os títulos
de ‘Javã’ (isto é, Jônia), Quitim, etc. os seus habitantes compraram os
israelitas como escravos (Ez 27.13 - J13.6) - foi predito por Daniel a sua
extensão e poder (Dn 8.21 - 10.20 - 11.2) - e em Zacarias se anuncia que os
judeus fariam oposição aos gregos (Zc 9.13). Foi o centro de trabalhos
evangelistas (At 20.2), os pontos de direto contato entre a Grécia e a
Palestina são poucos e obscuros. Alexandre Magno visitou a cidade de Jerusalém
depois do cerco de Tiro, tratando o sumo sacerdote e a religião judaica com
grande respeito. Um fato da maior importância, para o desenvolvimento da obra
evangélica, foi a existência do grego como meio de geral comunicação na Ásia
ocidental, durante o período do ministério de Jesus e dos trabalhos
apostólicos.
GREGOS
Originariamente, os povos que habitavam o que agora se
conhece por península grega, no sudoeste da Europa, as ilhas adjacentes e a costa da Ásia Menor, unidos principalmente pelo
fato de falarem praticamente o idioma que chamamos grego. Mas os gregos se
denominam a si mesmos helenos. A cultura grega se estendeu muito, de
modo especial, pelas conquistas de Alexandre Magno (323 a .C.) e isto de tal modo,
que no tempo de Cristo, o grego era linguagem comum em toda costa oriental do
Mediterrâneo. É por isso que todo o Novo Testamento (com exceção do Evangelho
de S. Mateus) foi originariamente escrito em grego, como o foram certas partes
do Antigo. O termo grego na Bíblia designa, às vezes, aqueles que realmente o
são (Rom l, 14), mas na maioria dos casos designa todos os que falavam
habitualmente o grego. (At 6, l ;
9, 29).
GREGOS, HELENISTAS
Este termo no N.T. (Helênicos) denota ou os naturais da
Grécia, ou, mais geralmente, os gentios, os que não eram judeus (Rm 1.14 - 1 Co
1.24 - etc.). Deve-se distinguir cuidadosamente do termo ‘helenistas’, que se
acha traduzido por ‘gregos’ em (At 6.1, 9.29, e 11.20). Estes eram judeus que
falavam a língua grega, e que se achavam dispersos por vários povos. Em (At
11.20) a versão é incerta, como que entre ‘gregos’ e ‘judeus gregos’ que
constitui um problema de grande interesse para a interpretação da narrativa do
escritor, quanto à extensão que o Evangelho foi gradualmente alcançando até
chegar aos gentios.
GROL
O grou é uma ave de arribação, bem conhecida na Palestina e
que tem uma voz alta, melancólica e rouquenha. Bandos de grous, em quantidades
de milhares, dirigem-se no inverno a certos sítios do deserto, ao sul, bem
conhecidos como lugares de poleiro, para ali se conservarem. (Is 38.14 e Jr
8.7).
GUEL
Um dos doze espiões da terra de Canaã. (Num 13. 6).
GUERRA
Na Bíblia, é a luta entre dois ou mais homens ou nações (l
Sam 4, 1; 14, 52); entre Deus e o homem (Êx 17, 16; Jz 5. 20; Jer 51,
20); entre os anjos bons e maus (Apc 12, 7-12); entre Satanás e os homens (Ef
6, 10-17); e entre a virtude e o vício, a natureza inferior e superior (l Pdr
2, 11; Tg 4,1). Jó diz que a vida do homem é uma guerra (Jó 7, 1). Fm
geral a guerra e suas conseqüências são uma punição de Deus por causa de
infidelidade à sua lei. (Dt 28, 25, 48-53). As circunstâncias em que
vivia o povo hebreu, levavam-no a freqüentes guerras, e pelas narrativas do
A.T. se podem conhecer as condições sob as quais se pelejava nesses tempos. Antes
de entrarem na luta, as nações pagãs consultavam os seus oráculos, adivinhos,
necromantes, e também a sorte (1 Sm 28.3 a 10 - Ez 21.21), os hebreus, a quem eram
proibidos atos deste gênero, costumavam, na primitiva parte da sua história,
interrogar a Deus por meio de Urim e Tumim (Jz 1.1 - 20.27, 28 - 1 Sm 23.2 -
28.6 - 30.8). Também costumavam levar a arca para o campo (1 Sm 4.4 a 18 - 14.18). Depois do
tempo de Davi, os reis que governavam na Palestina consultavam segundo a sua
crença religiosa, ou segundo os seus sentimentos, os verdadeiros profetas, ou
os falsos, com respeito ao resultado da guerra (1 Rs 22.6 a 13 - 2 Rs 19.2,
etc.). Eram, também, oferecidos sacrifícios, e em virtude desses atos se dizia
que os soldados se consagravam eles próprios à guerra (is 13.3 - Jr 6.4 - 51.27
- Jl 3.9 - ob 9). Há exemplos de formais declarações de guerra, e algumas vezes
de prévias negociações (Jz 11.12
a 28 - 2 Rs 14.8 - 2 Cr 25.27) - mas isto nem sempre era
observado (2 Sm 10.1 a
12). Quando o inimigo fazia uma incursão repentina, ou quando a guerra
principiava inesperadamente, era dado ao povo o alarma por mensageiros mandados
com rapidez a toda parte - e então soavam as trombetas de guerra, tremulavam os
estandartes nos lugares mais altos, clamavam vozes reunidas sobre as montanhas,
formando eco de cume para cume (Jz 3.27 - 6.34 - 7.22 - 19.29, 30 - 1 Sm 11.7,8
- Is 5.26 - 13.2 - 18.3 - 30.17 - 62.10). As expedições militares começavam
geralmente na primavera (2 Sm 11.1), e continuavam no verão, indo no inverno os
soldados para os quartéis. Quanto aos exércitos romanos, permaneciam fumes e
vigilantes em ordem de batalha, prontos a receber o golpe dos adversários: a
esta prática pode haver alusões nas seguintes passagens: (1 Co 16.13 - Ef 6.14)
os gregos, enquanto estavam ainda distantes do inimigo algumas centenas de
metros, começavam o cântico de guerra: alguma coisa que a isto se assemelha, se
vê em (2 Cr 20.21). Levantavam então vivas, o que também se fazia entre os
hebreus (Js 6.5 - 1 Sm 17.52 - Is 5.29, 30 - 17.12 - Jr 4.19 - 25.30). o grito
de guerra, em (Jz 7.20), era ‘Espada pelo Senhor e por Gideão’. Alguns exemplos
soltavam clamores terríveis. A simples marcha dos exércitos com a suas armas,
carros e atropeladoras corridas de cavalos, ocasionava uma confusão terrível,
cujo barulho é comparado pelos profetas ao bramido do oceano e à queda de
caudalosas correntes (Is 9.5 - 17.12,13 - 28.2). os vitoriosos no combate
ficavam extremamente excitados na sua alegria - as aclamações ressoavam de
montanha para montanha (Is 42.11 - 52.7, 8 - Jr 50.2 - Ez 7.1 - Na 1.15). o
povo, guiado pelas mulheres, saía ao encontro dos conquistadores, com cânticos
e danças (Jz 11.34 a
37 - 1 Sm 18.6, 7). Cânticos de vitória eram entoados em louvor aos vivos - e
recitavam-se elegias pelos mortos (Êx 15.1 a 21 - Jz 5.1 a 31 - 2 Sm 1.17 a
27 - e 2 Cr 35.25). Levantavam-se monumentos em memória do triunfo obtido (1 Sm
7.12, e segundo alguns intérpretes, 2 Sm 8.13), e eram penduradas as armas do
inimigo como troféus, no tabernáculo (1 Sm 31.10 - 2 Rs 11.10), os soldados
merecedores de recompensas pelos seus feitos eram honrados com presentes, e
proporcionava-se a ocasião de realizarem honrosos enlaces matrimoniais (Js 14 -
1 Sm 17.25 - 28.17 - 2 Sm 18.11).
GUERRA, CARRO DE
O poder militar de uma nação era avaliado, principalmente,
pelo número de carros de guerra que ela possuía. Até ao tempo de Davi, os
israelitas poucos ou nenhum carro dessa espécie possuíam, mas o rei Salomão
mantinha uma força de 1.400 carros, proveniente de um imposto sobre certas
cidades (1 Rs 9.19 - 10.25). Há uma primitiva referência aos carros do Egito em
(Gn 41.43 e Êx 14.7): os carros armados de ferro, pertencentes aos cananeus,
eram um sério obstáculo à ocupação da terra pelos israelitas (Js 17.16,18 - Jz
4.3,13). Como esses aparelhos bélicos podiam ser queimados (Js 11.9), eram,
provavelmente, construídos de madeira, e tornavam-se mais resistentes com o
ferro. Quando os judeus quiseram, também, ter carros seus, sem dúvida imitaram
os modelos egípcios. o carro egípcio constava de uma armação de madeira
semicircular com os seus lados direitos, pousando a parte de trás sobre o eixo
de duas rodas - tinha um parapeito de madeira ou de marfim, preso à armação por
tiras de couro, achando-se na frente uma peça perpendicular de madeira. o
pavimento do carro era feito de cordas em forma de rede, certamente para
oferecer um ponto de apoio mais elástico aos ocupastes. Subia-se para o carro
pela parte de trás, que era aberta, sendo os lados fortalecidos com guarnições
de couro e metal. Ajustada ao lado direito, e atravessada em diagonal, estava a
caixa dos arcos, e, tomando uma direção inclinada para cima, a aljava e o
estojo das lanças. Se duas pessoas estavam no carro havia outra caixa de arcos.
Cada uma das duas rodas tinha seis raios. Não havia tirantes - uma correia
achava-se segura a um gancho, e as rédeas passavam por argolas, que estavam de
cada lado dos dois cavalos. o condutor permanecia do lado direito, e quando
despedia a seta tinha o chicote pendurado no pulso. Nalgumas esculturas está o
rei só, no seu carro, com as rédeas postas em volta do corpo, podendo, desta
forma, arremessar os dardos com as mãos sem estorvo algum. Geralmente eram duas
as pessoas, e, também, às vezes três, as que eram levadas sobre o carro, segurando
a terceira a umbela de honra. Um segundo carro era costume seguir o rei na
batalha, para ser usado em caso de necessidade. os carros de guerra assírios e
persas eram muito semelhantes aos do Egito. os monarcas judeus que caíram na
idolatria fizeram oferecimentos de carros e cavalos ao deus do Sol (2 Rs
23.11).
GUERRAS
DO SENHOR (LIVRO DAS)
Fazem-se na Bíblia uma citação desta desconhecida coleção
de hinos acerca das guerras, sustentadas por Israel no nome do Senhor (Nm
21.14,15). É, talvez, uma parte do livro dos Justos.
GUR BAAL
Foi o filho mais velho de Jafé e pai de Asquenaz, Rifá e
Togarma (Gn 10:2, 3), cujos descendentes formaram o principal ramo da população
do sudoeste da Europa. É geralmente visto como o antepassado dos Celtas e dos
Cimérios que, nos tempos antigos, se estabeleceram a norte do Mar Negro, tendo
dado o seu nome à Criméia, a antiga Quersoneso Taurica. Encontram-se traços da
sua presença nos nomes Bósforo Cimeriano, Istmo Cimeriano, etc. No século VII
a. C., foram expulsos pelos Cítas do local onde primeiro se tinham instalado,
tendo, então, invadido a Ásia Menor, de onde foram, depois, expulsos.
Reaparecem mais tarde, no tempo dos romanos. Eram os cimbrios do norte e oeste
da Europa, a partir de onde atravessaram para as Ilhas Britânicas, constituindo
os antepassados dos celtas e dos galeses. Assim, toda a raça celta pode ser
vista como sendo descendente de Gomer.
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