Dicionário Bíblico
Letra R
RAABE
l) Um nome poético do Egito (Sl 87.4 -
89.10 - Is 51.9), baseado, segundo parece, em um antigo conto mitológico, em que Raabe aparece como
monstro marinho. 2) Uma prostituta de Jericó, que ocultou os espias que tinham
sido mandados por Josué. Como recompensa do seu ato, foi poupada a sua vida,
quando a cidade foi conquistada (Js 2,e 6.25). Casou com Salmom, um príncipe de
Judá, e dela descendeu Davi e Jesus (Mt 1.5). O autor da epístola aos Hebreus
engrandece a sua fé (11.31) - e S. Tiago a mencionou como exemplo daquela fé,
que produz boas obras (2.25).
RAAMIAS
Foi um dos príncipes que voltou do exílio (Ne 7:7). Também
chamado Reelaías (Ed 2:2).
RAAMÁ
Um dos filhos de Cusi (Gn 10:7).
RABE-MAGUE
Foi o “Médico-chefe” assírio “que estava ligado ao rei” (Jr
39:3, 13). Título de um dos oficiais de Senaqueribe que levou uma mensagem a
Ezequias e ao povo de Jerusalém (2Rs 18:17-19:3; Is 36:12-37:13), exigindo a
rendição da cidade. Foi acompanhado por um “grande exército” mas não foi bem
sucedido.
RABE-SARIS
l) Foi o oficial do rei da Assíria, Senaqueribe, que foi
mandado contra Jerusalém no reinado de Ezequias (2Rs 18:17). 2) Foi o Título de
dois príncipes de Nabucodonozor, rei da Babilônia, os quais se chamavam
Sarsequim e Nebusazbã. O primeiro assistiu à tomada de Jerusalém, sendo
Zedequias preso nessa ocasião, apesar dos esforços empregados para escapar - e,
vazados os olhos, foi mandado para Babilônia, carregado de cadeias. O segundo
acha-se mencionado entre os outros príncipes, que foram incumbidos de livrar
Jeremias da prisão (Jr 39.3,13).
RABESAQUÉ
Nome dado ao copeiro-mor ou vizir da corte assíria; um dos
mensageiros que Senaqueribe enviou a Ezequias. É de sublinhar o discurso que
proferiu em língua hebraica, perante todo o povo, perto do muro do lado norte
da cidade (2Rs 18:17-37). Ele e os outros enviados voltaram para junto do seu
rei e relataram que Ezequias e o seu povo eram obstinados e não se submeteram.
RABI
Título de honra, que significa ‘Mestre’, e que era empregado
pelos judeus, sendo muitas vezes esse o tratamento dado a Jesus (Mt 23.7,8 -
26.25,49 - Mc 9.5 - 11.21 - 14.45 - Jó 1.38,49 - 3.2,26 - 4.31 - 6.25 - 9.2 -
11.8). “Rab”, na sua significação de grande, entra na composição de muitos
nomes de altos cargos.
RABINOS
Dentro do Judaísmo significa
“professor, mestre” ou literalmente “grande”. A palavra “Rabbi” (“Meu Mestre”)
deriva da raiz hebraica Rav, que no hebraico bíblico significa “grande” ou
“distinto” (em conhecimento).No Judaísmo, Rabino é um título usado para
distinguir aquele que ensina, aquele que tem a autoridade dos doutores da Torá
ou aquele apontado pelos líderes religiosos da comunidade.
RAÇA
Termo popular de insulto, significando
‘vil’, ‘desprezível’ (Mt 5.22). Está em estreita conexão com a palavra ‘rekim’,
que em Juízes (11.3) se acha traduzida por ‘homens levianos’. Os rabinos
ensinavam que o uso de tal expressão era quase tão grande crime como o
assassinato.
RACABE
Nome encontrado na genealogia de Jesus
(Mt 1:5).
RAFA
1) Um benjamita filho de Bineá (1Cr 8:2, 37). Era
descendente de Saul. 2) “Sibecai, o husatita, feriu a Sipai, um dos filhos de
Rafa” (1Cr 20:4). 3) Um gigante, “da raça de Rafa”, que tinha seis dedos em
cada mão e seis em cada pé (1Cr 20:6).
RAFAEL, ARCANJO
A Bíblia cita o Arcanjo Rafael, no
Antigo Testamento, no Livro de Tobias (presente somente no cânon Católico). No
capítulo 5, versículo 4 (Tb 5,4) vemos o início das aparições de Rafael ao
jovem Tobias: Tendo saído, deparou-se o anjo Rafael, sem demonstrar, todavia,
ser um anjo de Deus” Já no capítulo 6, versículo 3 (Tb 6,3), vê-se porque
imagem esculpida pelos católicos mostra o arcanjo segurando um peixe. Eis que o
grande peixe que tentou devorar Tobias e que o anjo lhe ordenou que o dominasse
para tirar-lhe o fel, o qual, vemos (Tb 6,11) que é usado pelo arcanjo para
curar o pai de Tobias devolvendo-lhe a visão. Somente no capítulo 12 Rafael se
dá a conhecer, se apresentando como anjo de Deus (Tb 12,15) “Eu sou Rafael, um
dos sete santos anjos que assistem e têm acesso à majestade do Senhor”. Não é
mencionado no Novo Testamento, mas a tradição o identifica como o anjo da
ovelha em (João 5,2). Rafael também é figura proeminente nos costumes do
Judaísmo (ele é um dos três anjos que visitaram Abraão antes da destruição de
Sodoma e Gomorra).
RAFU
Um benjamita, cujo filho Palti foi um dos doze espias (Nm
13:9).
RAINHA
Diversas palavras na língua hebraica foram vertidas para
‘rainha’, significando a primeira delas uma soberana reinante como a rainha de
Sabá (1 Rs 10.1), e também Vasti e Ester (Et 1.9 e 2.22). A segunda (Ne 2.6 -
Sl 45.9) faz-nos supor que se trata da mulher que é esposa do rei. A terceira
(1 Rs 11.19 - 2 Rs 10.13 - Dn 5.10) empregava-se com referência à rainha-mãe,
que segundo o costume oriental exercia grande autoridade.
RAINHA DE SABÁ
Foi, no Torá, no Antigo e no Novo
Testamento, no Alcorão, na história da Etiópia e do Iêmen, uma célebre soberana
do antigo reino de Sabá. A localização deste reino pode ter incluido os atuais
territórios da Etiópia e do Iêmen. Conhecida entre os povos etíopes como
Makeda, esta rainha recebeu diferentes nomes ao longo dos tempos. Para o rei
Salomão de Israel ela era a “rainha de Sabá”. Na tradição islâmica ela era
Balkis ou Bilkis. Flávio Josefo, historiador romano de origem judaica, a chamou
de Nicaula. Acredita-se que tenha vivido no século X a.C.. No Torá, uma
tradição que narra a história das nações foi preservada em Beresh’t 10 (Gên
10). Em Beresh’t 10:7 existe uma referênca a Sabá (Shva), filho de Raamá, filho
de Cuxe, filho de Cam, filho de Noé. Em Beresh’t 10:26-29 há uma referência a
Sabá - listada ao lado de Almodá, Selefe, Hazarmavé, Jerá, Hadorão, Usal,
Dicla, Obal, Abimael, Ofir, Havilá e Jobabe, como os descendentes de Joctã,
filho de Héber, filho de Salá, filho de Arfaxade, descendente de Sem, um dos
filhos de Noé.
RAMATITA
Designação dada a Simei, o administrador das vinhas de
David (1Cr 27:27).
RAMOTE-GILEADE
Cidade de Gade, e refúgio, que foi dada aos meraritas (Dt
4.43 - Js 20.8 - 21.38). Foi um dos comissariados de Salomão (1 Rs 4.13) - foi
tomada pelo rei da Síria - e, querendo Acabe recuperá-la, perdeu a sua vida (1
Rs 22 - 2 Cr 18). Foi Jorão que a retomou (2 Rs 8.28,29 - 9.14 - 2 Cr 22.5,6) -
e ali foi Jeú, um dos seus capitães, ungido e proclamado rei em seu lugar (2 Rs
9.1 a
14).
RAMÁ
1) Cidade de Benjamim, que é hoje Er-Ram (Js 18.25 - Jz 4.5
- 19.13), edificada sobre o cume de um monte, dominando a grande estrada do
norte, à distância de 8 km
de Jerusalém. Era uma fortaleza de fronteira, que repetidas vezes foi tomada e
reconquistada (1 Sm 22.6 - 1 Rs 15.17
a 22 - 2 Cr 16.1,5,6 - Is 10.29 - os 5.8) - teatro de
uma carnificina (Jr 31.15 - Mt 2.18), e da prisão de Jeremias (Jr 40.1) - foi
reocupada depois da volta do cativeiro (Ed 26 - Ne 7.30 - 11.33). As suas
ruínas ainda revelam a sua primitiva importância. 2) Cidade do monte Efraim,
terra natal, e lugar da sepultura de Samuel (1 Sm 7.17 - 8.4 - 15.34 - 16.13 -
19.18 - 25.1 - 28.3). 3) Cidade murada ao sul de Naftali (Js 19.36). 4) Cidade
da fronteira de Aser (Js 19.29 - 2 Rs 8.29 e 2 Cr 22.6)
RAPOSA
As raposas, ou antes, chacais, são abundantes em algumas
partes da Judéia. Vivem de aves e de pequenos quadrúpedes. ‘Serão entregues ao
poder da espada, e virão a ser pasto dos chacais’ (Sl 63.10). Esta passagem
encerra uma referência ao fato de serem os exércitos seguidos por chacais, que
devoravam os corpos que iam sendo deixados pelo caminho. Para evitar que os
chacais cheguem a devassar as sepulturas, é a terra bem batida e misturada com
espinhos. Sansão destruiu as searas dos filisteus, apanhando trezentas raposas,
e atando aos pares pelas suas caudas. Pôs, em seguida, um tição em fogo entre
elas, e mandou-as para os campos (Jz 15.4,5). Sendo o número de raposas 300, é
porque havia abundância delas. O fato de andarem em grandes catervas
facilitaria a caça de tantas por meio de laços. Se a corda que prendia as duas
caudas era de conveniente comprimento, correriam naturalmente aos pares, visto
que estes animais são muito gregários. Numa antiga festividade romana era
costume juntar as raposas de um modo semelhante, com um facho entre elas. As
raposas, faziam grande devastação nas vinhas (Ct 2.15).
RAQUEL
Filha mais nova de Labão era um pouco petulante,
impertinente e obstinada, apesar de ser bela. Foi uma das esposas de Jacó (Gn
29:6, 28). Ele serviu a Labão, por ela, durante quatorze anos, tão profundo era
o seu afeto por ela. Era mãe de José (Gn 30:22-24). Depois, quando Jacó saiu da
Mesopotâmia, Raquel levou consigo o terafim do seu pai (Gn 31:34, 35). Quando
partiram de Betel, Raquel morreu ao dar à luz Benjamim (Gn 35:18,19) e foi
sepultada “no caminho de Efrata; esta é Belém. E Jacó pôs uma coluna sobre a
sua sepultura.” O seu túmulo ainda é muito venerado pelos judeus. O local
tradicional fica a cerca de meia milha de Jerusalém. Este nome é usado
poeticamente por Jeremias (Jr 31:15-17), representando o povo de Deus que se
lamenta sob o peso das calamidades. Esta passagem é citada por Mateus como que
se cumprindo no lamento de Belém, relativamente à morte das crianças ordenada
por Herodes (Mt 2:17, 18).
RATO
O rato não podia servir de alimentação (Lv 11.29). Ratos de
campo e hemorróidas atacaram os filisteus como uma praga, servindo-lhes de
aviso de que deviam mandar a arca para os israelitas (1 Sm 6). Em Isaías 66.17
refere-se com horror à comida de rato. Esta espécie de animais é abundante na
Palestina.
RAÃO
Um dos descendentes de Calebe, filho de Hezrom (1Cr 2:44).
REABIAS
Filho de Eliezer e neto de Moisés (1Cr 23:17; 1Cr 24:21).
REAÍAS
Filho de Sobal, foi pai de Jaate, e Jaate de Aumai e Laade;
estas são as famílias dos zoratitas. (I Crô 4:2).
REBA
Um dos chefes midianitas que foi morto pelos israelitas no
deserto (Nm 31:8; Js 13:21).
REBECA
Filha de Betuel e mulher de Isaque (Gn 22:23; Gn 24:67). As
circunstâncias em que o “mordomo” de Abraão a descobriu na “cidade de Naor”, em
Padã-Harã, estão narradas em (Gn 24-27). “Dificilmente pode ser considerada
como uma mulher amável. Quando primeiro a vimos, ela está pronta a deixar a
casa do seu pai para sempre, com apenas uma hora de aviso; e a sua vida futura
mostrou não somente uma grande fatia da duplicidade do seu irmão Labão mas
também a grave falta de se mostrar parcial para com os seus próprios filhos,
assim como uma vontade forte que cedo controlou a natureza gentil do seu
marido.” As circunstâncias e o momento da sua morte não se encontram
registradas mas diz-se que ela foi sepultada na cova de Macpela (Gn 49:31).
RECABE
1) Pai de Jonadabe (2 Rs 10.15,23 - Jr 35.6 a 19) – está em conexão
com os queneus (1 Cr 2.55). 2) Um guerreiro que, com o seu irmão Baaná,
assassinou is-Bosete, filho de Saul. Foram mortos por ordem de Davi, por terem
praticado aquele homicídio (2 Sm 4.2). 3) Foi o pai ou antepassado de Malquias,
governador do distrito de Bete-Haquerém (Ne 3.14), que foi nomeado para reparar
a Porta do Monturo, nas fortificações de Jerusalém, sob a direção de Neemias.
RECABITAS
Os descendentes de Recabe, através de Jonadabe. Pertenciam
aos queneus, que acompanharam os filhos de Israel até à Palestina, habitando
entre eles. Moisés casou com uma quenita (Jz 1:16) e Jael era mulher de “Heber,
o queneu” (Jz 4:17). Saul também se mostrou bondoso para com os queneus (1Sm
15:6). A maior parte dos queneus habitava em cidades e adotaram hábitos de vida
estáveis (1Sm 30:29); mas Jonadabe proibiu os seus descendentes de beberem
vinho e de viverem em
cidades. Foi-lhes ordenado que levassem sempre uma vida
nômada. Eles aceitaram a lei estabelecida por Jonadabe e notabilizaram-se, no
tempo de Jeremias, pela sua fidelidade aos hábitos já há muito estabelecidos
pela família (35); e este traço de caráter é mencioando pelo profeta com o
propósito de reforçar a sua própria exortação. São mencionados em Ne 3:14 e 1Cr
2:55. O Dr. Wolf (1839) descobriu na Arábia, perto de Meca, uma tribo que se
dizia descendente de Jonadabe; e recentemente, uma tribo beduína foi descoberta
perto do Mar Morto, dizendo-se também descendente do mesmo chefe queneu.
REDE
Os egípcios faziam as suas redes de fio de linho, usando uma
farpa própria, de madeira — e, como as redes do Egito eram bem conhecidas dos
primitivos judeus (Is 19.8), é possível que a forma e material fossem os mesmos
nos dois países. As redes que se usava para as aves no Egito eram de duas
espécies: armadilhas e laços. A rede emprega-se como uma imagem dos sutis
artifícios dos inimigos de Deus (Sl 9.15 - 25.15 - 31.4), significando, também,
o inevitável castigo da Providência (Lm 1.13 - Ez 12.13 - Os 7.12). Usa-se
igualmente o termo a respeito da obra, que de um modo semelhante à corda,
enfeita o capitel da coluna (1 Rs l.17).
REDENTOR
O que livra da escravidão ou das aflições. O termo hebraico
é também traduzido por resgatador, aplicado em referência ao responsável pela
proteção dos interesses dos membros necessitados de toda uma parentela (Rt
3.9). Aplicado a Deus como protetor e libertador de Israel (Is 41.14). Embora
Jesus não seja especificamente chamado “Redentor” no NT, é nele que os crentes
têm a redenção (Ef 1.7).
REDENÇÃO, REMIR
Tomar novamente posse de uma pessoa ou coisa, reaver pela
compra, tornar a alcançar um direito, são atos que a lei mosaica regula com
muita particularidade. A redenção de terras e de casas (Lv 25.23, 24,29), de um
israelita (Lv 25.48), e de uma propriedade votada ou consagrada a Deus (Lv 27.9 a 27) acha-se
claramente legalizada. Todavia, como a pessoa que havia vendido a casa, ou a
terra, ou a si próprio, poucas probabilidades tinha de alcançar os meios de
resgatar o que tinha sido alienado, era assegurado aos seus parentes o direito
da redenção (Lv 25.48,49). Deste modo o hebraico ‘góel’ (‘resgatador’) veio a
significar parente (Rt 2.20, etc.). Este ‘goel’ exercia o direito de ‘vingador
de sangue’ (Nm 35.19,21,27 - Dt 19.12). outra palavra hebraica é empregada para
significar a redenção do primogênito (Êx 13.13,15). No N.T. as duas idéias que
as palavras redenção e remir do A.T. sugerem, são compra (Gl 3.13 - 4.5, e Ap
5.9), e libertação (Lc 1.68 - 24.21 - Rm 3.24 - Ef 1.7 - Tt 2.14 - 1 Pe 1.18).
Libertação e livramento - apresentada no NT como libertação da pena do pecado
mediante o pagamento de um resgate. Jesus, por sua morte na cruz, pagou o
resgate a nosso favor e nos libertou (Rm 3.24).
REFAEL
Um dos filhos de Semaías. Ele e os seus irmãos, por serem
“homens valentes de força para o ministério”, formaram uma das divisões de
porteiros do templo (1Cr 26:7, 8).
REFAIM
Os aborígenes da Palestina, depois de conquistados e
dessapossados pelas tribos cananitas, são assim classificados. Os moabitas
apelidam-nos de emins, temerosos (Dt 2:11) e os amonitas chamam-lhes zanzumins.
Alguns deles encontraram refúgio entre os filisteus e ainda existiam no tempo
de David. Nada sabemos sobre a sua origem. Não estavam necessariamente
relacionados com os “gigantes” de (Gn 6:4).
REFAINS
l) Uma raça de gigantes (Gn 145 - 15.20). 2) O vale de
Refaim, que hoje se chama El-Bukeia. Fértil planície, fechada de todos os lados
por cordilheiras, e que progressivamente se estende de Jerusalém para o
sudoeste no espaço de quase dois quilômetros, estreitando-se depois de modo a
formar o Wady-el-Werd. Esse vale servia de limite às tribos de Judá e Benjamim
(Js 15.8 - 18.16), e foi teatro de conflitos entre Davi e os filisteus (2 Sm
5.18,22 - 23.13 - 1 Cr 11.15 - 14.9,13).
REGEM
Filho de Jadai. (1 Crô 2:47).
REGEM-MELEQUE
Um dos dois mensageiros enviados pelos judeus exilados, no
tempo de Dario, a Jerusalém (Zc 7:2), a fim de apresentarem as suas súplicas no
templo.
REGENERAÇÃO
A palavra traduzida para ‘regeneração’
acha-se somente duas vezes no N.T. (Mt 19.28 - Tt 3.5). O primeiro texto
refere-se ao novo estado de coisas, que terá a sua realidade na segunda vinda
de Cristo. O outro refere-se à presente vida espiritual do crente, e é
considerado como o primeiro dos meios pelos quais a misericórdia de Deus nos
salva: (a) a lavagem da regeneração e (b) a renovação do Santo Espírito.
Querendo achar a distinção entre (b) e (a), devemos dizer que ‘a’ parece
sugerir uma condição de vida em que o Espírito Santo opera a Sua obra de
renovação - e, sendo assim, a palavra deverá significar em relação ao presente
o que em (Mt 19.28) é significado em relação ao futuro. Palavras cognatas se
encontram em várias passagens. Em (Jó 1.12) se diz que os crentes são nascidos
de Deus - em (Jó 3.3) há referência a um novo nascimento, e em 3.5 a ser o cristão ‘nascido
da água e do Espírito’. Na 1ª epístola de João há vários sinais que
caracterizam aquele que é nascido de Deus (2.29 - 3.9,10,14 - 5.1,4,18). outras
frases paralelas são: ‘uma nova criação’ (2 Cr 5.17), ‘passou da morte para a
vida’ (Jó 5.24), e ‘filhos de Deus’ (1 Jó 3.10). O conceder Deus vida é um fato
que se passa secreta e ocultamente entre Deus e a alma - mas o nascimento é
visível a todos. Devemos, pois, cuidadosamente distinguir entre a implantação
de uma vida espiritual por mercê de Deus, e o fato de vir à luz (nascimento)
essa vida para observação humana. O termo ‘regeneração’ em Tt 3.5, e as
palavras de Jesus ‘quem vem das alturas’ (Jó 3.31) descrevem a natividade oatim
nativitas), e não a geração (latim, generatus). A alma novamente gerada é
novamente nascida, mas renascimento oatim, renatus) pressupõe sempre nova
geração (latim, regeneratio). O Espírito Santo, que concede vida pela Palavra
(Tg 1.18) é, também, agente divino do novo nascimento (Jó 3.3,5,6,8, nascido de
novo, nascido do Espírito), porque é Ele que nos une à comunidade espiritual em
que a nossa vida deve crescer (At 2.47: ‘acrescentava-lhes o Senhor’).
Considerando as coisas do lado terrestre, a alma novamente nascida entra na
corporação visível dos cristãos pelo batismo (At 2.41), naquela esfera em que a
sua vida que já existia, deve crescer e operar. Desta maneira, do lado
espiritual, o Espírito Santo, e do lado temporal a ordenação do batismo, são
considerados como introdutórios de uma nova vida com relação à obra espiritual
e temporal da igreja. Estes dois modos podem ser coincidentes ou separados,
porque o nascimento do Espírito não está ligado ao tempo do batismo. A
regeneração, quer como nova geração, quer como novo nascimento, deve cuidadosamente
distinguir-se da conversão. A regeneração é obra divina - a conversão é a
correspondente resposta do homem a essa operação. É a volta da alma para Deus,
como resultado do dom da vida. Converter-se alguém é, na verdade, voltar-se
para Deus.
REINO DOS CÉUS
Expressão que Mateus emprega geralmente e lugar de reino de
Deus. Seu evangelho está dirigido aos judeus, e estes evitavam, por respeito,
pronunciar o nome de Deus.
REIS, LIVRO DOS
Livro Bíblico que conta as histórias dos reis de Israel no
Antigo Testamento. Começa com a morte do rei Davi no livro de I Reis e vai até
a libertação do Rei Joaquim do cativeiro Babilônico no livro de II Reis.
RELIGIÃO
Geralmente se faz o termo derivar de religare, religar,
unir. É a atitude do homem diante das realidades transcedentes, diante da razão
última da própria existência, a consciência de estar relacionado com a origem e
sustento de tudo: com Deus. Ao falar de religião, nos referimos mais
concretamente às expressões ou manifestações do sentido religioso do que à
simples convicção das verdades.
RELÓGIO DO SOL
Segundo a opinião geral o relógio de
Acaz era uma escada, de tal modo preparada, que o sol mostrava nela as horas
por meio da sombra. Pode ser que no fundo da escada estivesse uma coluna ou
obelisco, cuja sombra cobria um maior ou menor número de degraus, segundo o sol
estava baixo ou alto. A relação entre o comprimento da sombra e a hora do dia
era certamente um conhecimento familiar nos povos da antigüidade. ‘Como o
escravo que suspira pela sombra’ (Jó 7.2), isto é, o escravo que deseja ter
acabado o seu trabalho. (2 Rs 20.11 - Is 38.8.) Remalias Pai de Peca, que foi
bem sucedido na sua conspiração contra Pecaías (2Rs 15:25, 27, 30, 32, 37; Is
7: 1, 4, 5 ,9; Is 8:6).
REOBE
l) Lugar mais afastado ao norte, visitado pelos espias (Nm
13.21) - o mesmo que Bete-Reobe. 2) Cidade de Aser, perto de Sidom (Js 19.28).
3) cidade de Aser (Js 19.30). Reobe, 2 ou 3, foi cedida aos gersonitas, e, ou
de um, ou de outro lugar, não foram expulsos os cananeus (Js 21.31 - Jz 1.31 -
1 Cr 6.15). 4) Pai de Hadadezer (2 Sm 8.3,12). 5) Um levita ou família de
levitas que selou o pacto com Neemias (Ne 10.11).
REOBOTE
l) Uma cidade, edificada por Ninrode
(Gn 10.11) - foi talvez um subúrbio de Nínive, principalmente porque o seu nome
completo era Reobote-ir, que quer dizer ‘espaços largos da cidade’. 2) Cidade
sobre o Eufrates, residência de Saul, um dos primitivos reis dos idumeus (Gn
36.37 - 1 Cr 1.48). A palavra ficou ainda ligada a dois sítios, perto do rio
Eufrates. 3) Nome dado a um poço, cavado por Isaque, conseguindo este segurá-lo
como propriedade sua contra os pastores de Gerar (Gn 26.22) - existe agora
perto das ruínas de Rueibé.
REOBOÃO
Sucessor de Salomão e, aparentemente o seu único filho. Era
filho de Naamá, “a amonita”, uma princesa amonita bem conhecida (1Rs 14:21; 2Cr
12:13). Tinha 41 anos quando ascendeu ao trono e reinou durante dezassete anos
(975-958 AC ).
Embora se soubesse imediatamente que ele era o justo herdeiro do trono, mesmo
assim existiu um forte desejo em se modificar o caráter do governo. O fardo dos
impostos a que tinham estado sujeitos durante o reinado de Salomão fora muito
opressivo e, assim, o povo se reuniu em Siquém e pediu ao rei que aliviasse o
seu fardo. O rei encontrou-se com eles em Siquém e ouviu os seus pedidos de
alívio da sua carga (1Rs 12:4). Três dias depois, após consultar a nova geração
de cortesãos que crescera com ele, em vez de seguir o conselho dos anciãos, ele
respondeu altivamente ao povo (6-15). “O rei não deu ouvidos ao povo porque
esta revolta vinha do Senhor” (1Rs 11:31). Isto fez com que a crise se
instalasse rapidamente. O terrível grito foi ouvido (2Sm 20:1). “Que parte
temos nós com David? E não há para nós herança no filho de Jessé. Às tuas
tendas, ó Israel! Provê agora à tua casa, ó David” (1Rs 12:16). E o reino foi
imediatamente dividido em
dois. Reoboão ficou aterrado e tentou fazer concessões, mas
era tarde demais (18). Só a tribo de Judá, a tribo a que Reoboão pertencia, se
lhe manteve fiel. Benjamim juntou-se a Judá e estas duas tribos formaram o
reino do sul, tendo Jerusalém como capital; as dez tribos do norte formaram um
reino à parte, escolhendo Jeroboão como seu rei. Reoboão tentou conquistar
novamente as dez tribos revoltosas, declarando-lhes guerra mas foi impedido
pelo profeta Semaías (21-24); 2Cr 11:1-4). No quinto ano do reinado de Reoboão,
Sisaque, um dos reis do Egito, da dinastia assíra, sem dúvida instigado por
Jeroboão, o seu genro, declarou guerra contra ele. Jerusalém submeteu-se ao
invasor, que pilhou o templo e reduziu virtualmente o reino à posição de
vassalo do Egito (1Rs 14:25, 26; 2Cr 12:5-9). Foi descoberto em Karnac, no
Egito Superior, um memorial notável desta invasão, em forma de esculturas nas
paredes de um pequeno templo que aí se encontra. Estas esculturas representam o
rei - Sisaque - segurando em sua mão uma fileira de prisioneiros e outras
figuras, com os nomes das cidades capturadas de Judá, as cidades que Reoboão
tinha fortificado (2Cr 11:5-12). O reino de Judá, sob Reoboão, afundou-se cada
vez mais na decadência moral e espiritual. “Houve guerra entre Reoboão e
Jeroboão por todos os seus dias”. Finalmente, com 58 anos, “Reoboão dormiu com
os seus pais e foi sepultado com os seus pais na cidade de Davi” (1Rs 14:31).
Sucedeu-lhe o seu filho Abias.
RESA
Filho de Zorobabel, mencionado na genealogia de Jesus (Lc
3:27).
RÉSEM
Local entre Nínive e Calá (Gênesis 10:12).
RESSURREIÇÃO
A ressurreição dos mortos, como é compreendida nas Sagradas
Escrituras, deve-se distinguir da ressuscitação, ou restabelecimento da
ordinária vida humana. A ressuscitação é a restauração da vida que se deixou.
Ressurreição é a entrada num novo estado de existência. Há três narrativas de
ressuscitação no A.T., e cinco no N.T.: a restauração do filho da viúva de Sarepta
por meio de Elias (1 Rs 17.17
a 23) - a restauração do filho da Sunamita pela obra de
Eliseu (2 Rs 4.18 a
36) - o recobramento da vida, que teve o homem lançado no sepulcro de Eliseu (2
Rs 13.20,21) - Jesus ressuscitou a filha de Jairo (Mc 5.35 a 42 - Lc 8.49 a 56) - e o filho da
viúva de Naim (Lc 7.11 a
15) - e a Lázaro (Jó 11.1 a
44) - e narram-se dois casos nos Atos - o de Tabita (9.36,42) - e o de Êutico (20.9 a 12). São poucos, no
A.T., os indícios de uma crença na ressurreição (Jó 14.13 a 15 - Sl 49.15 -
73.24 - is 26.14,19 - Dn 12.2) - diz-se que não era para os inimigos de Deus
(Sl 49.14 - Is 26.14) - mas essa esperança era aplicada simbolicamente à nação
(Ez 37.1 a
14 - Os 6.2). A crença foi aumentando na igreja Judaica, e cada vez se torna
mais distinta à medida que nos aproximamos do tempo de Jesus Cristo. No tempo
do nosso Salvador era uma doutrina consideravelmente admitida a ressurreição
geral, embora os saduceus, aceitando o ponto de vista do Eclesiástico, a
negassem. Deste modo Marta, quando Jesus lhe assegurou que seu irmão havia de
ressurgir, respondeu: ‘Eu sei que ele há de ressurgir na ressurreição, no
último dia’ (Jo 11.23,24 - At 24.15). Quando Jesus tratou da ressurreição dos
mortos, Ele não declarou na verdade que essa doutrina estava reconhecida pela
Lei, ou pelos profetas, mas fez ver que se subentendia nas palavras que Deus
dirigiu a Moisés na sarça ardente, acrescentando: ‘ora, ele não é Deus de
mortos, e, sim, de vivos’ (Mc 12.27). Em verdade, Jesus claramente ensinou uma
ressurreição geral dos justos e dos injustos (Mt 22.23 a 33 – Mc 12.18 a 27 – Lc 20.27 a 38 - Jó 5.28).
Jesus Cristo associou de um modo definitivo a volta à vida com a Sua própria
obra de expiação pelo Seu povo (Jó 6.39,44,54 - 11.25,26 - 14.19). Era esta,
também, a doutrina apostólica (At 4.2 - Rm 6.5,8 - 1 Co 15.20 a 22 - 1 Pe 1.3,4).
Mas em (Rm 8.11) achamos:’ Deus... vivificará os vossos corpos mortais, por
meio do seu Espírito que em vós habita.’ A ressurreição é, de um modo geral, no
N.T. atribuída a Deus, ao Pai, ou ao Filho (Jó 5.21 - 6.39 - 11.25 - 2 Co
4.14), mas não ao Espírito Santo somente. (Em 1 Pe 3.18 deve entender-se que
Cristo morreu no corpo, mas foi trazido a uma nova vida pelo Seu espírito.) Com
respeito à ressurreição do corpo, o argumento de S. Paulo em 1 Co 15.35 a 53 mostra (a) que é
real - (b) que esse corpo é, em qualidade e poder, muito mais sublimado do que
o terrestre - (c) e que de algum modo é o resultado deste.
RESSUREIÇÃO DE JESUS CRISTO
Na história da vida terrestre do nosso Salvador, nenhum
fato é tratado com mais particularidade, quer pelos evangelistas, quer pelos
autores dos Atos e Epístolas, do que a Sua ressurreição. Este interesse
corresponde à importância que lhe dá S. Paulo nos seus argumentos (1 Co 15.14),
e justifica a conclusão do bispo Westcott: ‘Considerando todos os elementos de
prova, ... não há um incidente histórico melhor ou mais diversamente sustentado
do que a ressurreição de Cristo.’ Prenúncios da ressurreição podem ver-se no
(Sl 16.9,10 - At 2.31- Is 26.19) - mas não há indicação alguma de que estas
passagens tivessem sido compreendidas antes do acontecimento - na verdade, é
preciso tomar para prova outra direção (Mc 9.10). o próprio Divino Mestre
predisse a Sua ressurreição não menos abertamente do que a Sua morte (Mt 12.40
- 16.21 - 17.23 - 20.19 - 26.32 - 27.63 - Mc 9.9 - 14.28 - Lc 24.7 - Jó
2.19,21). A ação de Pedro (Mt 16.22) mostra o espírito com que estes avisos
eram recebidos. os fatos sobre a ressurreição acham-se descritos pelos
evangelistas, em (Mt 28 - Mc 16 - Lc 24 - e Jó 20 e 21). Estas narrativas
registram aparecimentos de Jesus a Maria Madalena, no jardim (Mc 16.9,10 - Jó
20.14,17) - às mulheres que voltavam do sepulcro (Mt 28.9) - aos discípulos no
caminho de Emaús (Mc 16.12,13 - Lc 24.13 a 35) - a Pedro em Jerusalém (Lc 24.34 -
1 Co 15.5) - aos dez apóstolos numa sala superior (Lc 24.36 - Jó 20.19) - aos
onze apóstolos, quando estavam à mesa (Mc 16.14 - Jó 20.26) - aos discípulos no
mar de Tiberíades (Jó 21.1 a24) - aos onze apóstolos, num monte da Galiléia (Mt
28.16) - aos apóstolos, na Sua ascensão (Mc 16.19 - Lc 24.50, 51 - At 1.4 a 10). Em adição a estes
fatos, refere S. Paulo as aparições a 500 irmãos de uma vez - a Tiago - e a ele
próprio (1 Co 15.6 a
8). A linguagem de (At 1.3) sugere que estas listas estão incompletas. As
manifestações apontadas são claramente distintas de qualquer coisa que se possa
classificar de visão ou alucinação. Jesus ressuscitado falou com os Seus
discípulos, comeu com eles, e foi por eles tocado. As circunstâncias foram
várias - e os aparecimentos se realizaram, ou entre discípulos já preparados
para isso, ou entre pessoas não preparadas. A ressurreição foi logo desde o
princípio um ponto essencial do ensino apostólico. O sucessor de Judas para o
colégio apostólico foi escolhido para ser uma testemunha da ‘sua ressurreição’
(At 1.22). o testemunho apostólico foi sempre argumento básico (At 2.32 - 3.15
- 10.41 - 13.30). Era o tema dos discursos dos apóstolos (At 4.2,33 - 17.18 -
23.6). Semelhantemente, nos Atos e nas epístolas, os apóstolos, como homens que
reconheciam a importância da ressurreição, nessa idéia evangelizaram aqueles
que, mortos em delitos e pecados, foram regenerados ‘para uma viva esperança
mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos’ (1 Pe 1.3). E
declara-se que essa ressurreição foi ‘por causa da nossa justificação’ (Rm
4.25) - que ‘seremos salvos pela Sua vida’ (Rm 5.10) - que confessar ao Senhor
Jesus e crer em Cristo ressuscitado são princípios de salvação (Rm 10.9) - que
a Sua ressurreição é a garantia da nossa própria (1 Co 15.20 a 23). A mudança que
se operou nos apóstolos quando eles se certificaram da ressurreição, e a sua
firme declaração do fato, não são mais notáveis do que a confiança da igreja de
Cristo, pelos séculos adiante, no Senhor que ressuscitou e subiu aos céus. A
história da igreja de Cristo tem a sua explicação no fato da sua crença e da
sua dependência Daquele que disse: ‘Estive morto, mas eis que estou vivo pelos
séculos dos séculos (Ap 1.18).
RESTO, REMANESCENTE
1) Parte ou grupo remanescente após destruição ou dispersão
(2Rs 19.30,31). 2) Os que escapam do juízo divino em virtude da graça de Deus
(Rm 11.5). 3) Símbolo de esperança referente à grande multidão que um dia
ficará em pé, salva, diante de Deus (Ap 7).
RESTOLHO
Em ocasião da ceifa, os egípcios colhiam primeiramente as
espigas de trigo, depois a palha, deixando ficar o restolho nos campos. Eram
estes pedaços com as suas raízes que os israelitas eram obrigados a ajuntar,
para a fabricação de tijolo (Êx 5.12). Algumas vezes o chão era libertado do
restolho por meio do fogo. E assim se explicam as referências de (Êx 15.7 e Is
5.24).
REUEL
1) “O sacerdote de Midiã” era sogro de Moisés, sendo
provavelmente a mesma pessoa que Jetro (Nm 10:29; Ex 2:18). Se assim for
identificado, então este pode ser visto como o seu nome próprio e Jetro (i.e.,
“excelência”) será o seu título oficial. 2) Filho de Esaú e Basemate (Gn 36:4,
10; 1Cr 1:35). 3) Pai de Eliasafe (Nm 2:14). Também chamado Deuel (Nm 1:14; Nm
7:42).
REUM
1) Um dos “filhos da província” que voltou do cativeiro (Ed
2:2). O mesmo que “Neum” (Ne 7:7). 2) O “chanceler” de Artaxerxes, que tentou
espicaçá-lo contra os judeus (Ed 4:8-24) e evitar, assim, a reconstrução dos
muros e do templo de Jerusalém. 3) Um levita (Ne 3:17). 4) Um sacerdote (Ne
12.3).
REZIM
1) Rei de Damasco, que fez aliança com Peca, rei de israel,
para atacar Jotão e Acaz, sucessivos reis de Judá. Os exércitos aliados
cercaram Jerusalém, sendo mal sucedidos (2 Rs 15.37 - 16.5 - Is 7.1). Todavia,
Rezim manteve a posse de Elate, cidade notável à entrada do golfo de Acaba, que
era senhora de importantes ramos de negócio (2 Rs 16.6). Rezim foi mais tarde
derrotado e morto por Tiglate-Pileser III (IV), rei da Assíria (2 Rs 16.9). 2)
Uma das famílias dos netineus, que voltaram com Zorobabel (Ed 2.48 - Ne 7.50).
REZOM
Filho de Eliada. Abandonando o serviço de Hadade-Ezer, o
rei de Zobá, quando este foi derrotado por David, tornou-se “capitão de um
esquadrão” de saqueadores, tomou Damasco e tornou-se rei da Síria (1Rs
11:23-25; 2Sm 8:3-8). Séculos depois disto, os sírios ainda eram inimigos de
Israel. Ele “foi adversário de Israel até aos dias de Salomão”.
RIBEIRO DE GADE
De acordo com algumas versões, trata-se aparentemente do
rio onde Aroer se situava, nomeadamente o Arnom (2Sm 24:5). Algumas versões
traduzem a frase hebraica por “o vale na direção de Gade”. Esta tradução é
apoiada pelo fato de as duas palavras hebraicas envolvidas terem um artigo
definido agregado a ambas, mostrando que “ribeiro de Gade” é uma tradução
incorreta.
RIBLA
Cidade na terra de Hamate, na margem oriental do orontes
(el-Asy), sobre a grande estrada entre a Palestina e os impérios orientais.
Sítio de acampamentos militares, onde Faraó-Neco aprisionou Joacás sendo também
nesse lugar que Nabucodonozor sentenciou a respeito de Zedequias (2 Rs 23.33 -
25.6,20,21 - Jr 39.5,6 - 52.9
a 27). 2) Cidade da fronteira setentrional de Israel (Nm
34.11).
RIFÁ
Segundo filho de Gomer (Gn 10:3) e que é suposto ser o
antepassado dos paflagonitas.
RIMOM
Cidade de Judá, cedida a Simeão, e que foi reocupada na
volta do cativeiro (Js 15.32 - 19.7 - 1 Cr 4.32 - Ne 11.29 - Zc 14.10). 2) É
hoje “Rummôn” - branco monte de greda, dominando o deserto do Jordão (Midbar) -
inacessível retiro, onde a parte remanescente dos benjamitas, depois da matança
da tribo, se refugiou durante quatro meses (Jz 20.45,47 - 21.13). 3) Pai de
Recabe e Baaná, os assassinos de is-Bosete (2 Sm 4.2,5,9). 4) o deus do vento,
da tempestade, e da chuva, adorado em Damasco, onde havia uma casa ou templo de
Rimom (2 Rs 5.18). 5) Atualmente Rummaneh, ao norte de Nazaré - cidade de
Zebulom, que coube aos filhos de Merari (1 Cr 6.77) - é o mesmo que
Remom-Metoar (Js 19.13).
RINA
Filho de Simão (1 Crôn 4:20).
RIO
Os rios da Palestina, à exceção do Jordão, estão ou
inteiramente secos no verão, e convertidos em quentes passadiços de pedras
claras, ou então reduzidos a pequeníssimos regatos, correndo em estreito leito
bastante profundo, e oculto à vista por um denso crescimento de arbustos. A
palavra arábica Wady, que ocorre tantas vezes na moderna geografia da
Palestina, significa um vale seco ou o regato que ocasionalmente corre por ele.
A palavra que geralmente é trasladada para ribeiro tem a significação de Wady.
Foi mandado a Elias que se escondesse no Querite (1 Rs 17.3).
RIO DO EGITO
Em (Gn 15.18) é assim designado o Nilo, significando o ramo
pelusíaco, ou o ramo mais oriental. Noutras passagens a referência é a um rio
do deserto, na fronteira do Egito, correndo ainda, de tempos a tempos, no Wady
El-Arish, do centro da península do Sinai para o mar Mediterrâneo.
ROBOÃO
Foi o filho e sucessor de Salomão (1 Rs 11.43). Tinha
quarenta e um anos ao subir ao trono. Quando lhe foram pedir que diminuísse os
impostos, lançados por seu pai, ele recusou, respondendo altivamente aos
representantes do povo. As suas arrogantes palavras produziram a revolta das
dez tribos e o estabelecimento do reino de Israel, sob o domínio de Jeroboão.
Roboão reuniu um exército de 180.000 homens com o fim de submeter os revoltosos
- mas a expedição não se realizou em virtude das palavras proferidas pelo
profeta Semaías, que declarou ser a separação dos reinos em conformidade com a
vontade de Deus (1 Rs 12.24). O culto ao Senhor foi mantido em Judá, e por esta
razão muitos levitas e piedosos israelitas emigraram do reino do Norte para o
reino do Sul, desgostosos com o culto do bezerro, introduzido por Jeroboão em
Dã e Betel. Todavia, Roboão não removeu os elementos daquela lasciva idolatria,
importada por seu pai (1 Rs 14.22
a 24). Esta imoralidade idolátrica foi castigada por uma
invasão dos egípcios, sendo Roboão compelido a comprar a paz, com os tesouros
de seu pai (1 Rs 14.25 a
28). Reinou Roboão dezessete anos, sucedendo-lhe Abião, seu filho e de Maaca.
RODE
A donzela que se encontrava em casa de Maria, mãe de João
Marcos. Veio escutar à porta, quando Pedro bateu (At 12:12-15).
RUFO
Filho de Simão, cireneu (Mc 15:21),
que os romanos compeliram a levar a cruz de Cristo. É talvez a mesma pessoa que
é mencionada em (Rm 16:13) como discípulo em Roma, cuja mãe também era uma
cristã estimada pelo apóstolo. Marcos menciona-o juntamente com o seu irmão
Alexandre, como sendo pessoas bem conhecidas dos seus leitores (Mc 15:21).
RUTE
A esposa moabita de Malom, cujo pai - Elimeleque - se
estabelecera na terra de Moabe. Com a morte de Elimeleque e de Malom, Noemi e
Rute, a sua nora que se recusara a aban-doná-la, dirigiram-se para Be-lém, a
cidade de onde Elimeleque migrara. Aí, ela tinha um parente rico - Boaz - com
quem Ruth acabou por casar. Foi a mãe de Obede, avô de David. Desta forma,
Rute, uma gentia, encontra-se entre os antepassados de Cristo (Mt 1:5). A
história da “respigadora Rute ilustra as relações amigáveis entre Boaz e os
seus ceifeiros, o sistema judaico das terras, o método da transferência da
propriedade de uma pessoa para outra, o funcionamento da lei mosaica
relativamente à ajuda a dar-se às famílias arruinadas e em aflição; mas, acima
de tudo, a generosidade, o amor e a confiança inabalável de Ruth que, apesar de
não pertencer à raça eleita foi, tal como a cananeia Tamar (Gn 38:29; Mt 1:3) e
a cananeia Raabe (Mt 1:5), abençoada, ao tornar-se um dos antepassados de David
e, deste modo, do Filho de David (Rt 4:18-22).
RUTE, LIVRO DE
O livro de Rute é um dos livros históricos do antigo
testamento da Bíblia. Possui 4 capítulos onde é narrada uma história situada no
período dos Juízes de Israel. O momento histórico exato não se conhece;
todavia, Josefo, historiador judeu, opina que Rute é do tempo do sacerdote Eli
(Antig. 5,9,1). Este livro da Bíblia deriva seu nome de um dos seus personagens
principais, Rute, a moabita. A narrativa mostra como Rute se tornou uma
ancestral de Davi por meio do casamento de cunhado com Boaz, em favor de sua
sogra, Noemi. O apreço, a lealdade e a confiança em YHVH que Boaz, Noemi e Rute
demonstraram permeiam o relato. — (Rute 1:8, 9, 16, 17; 2:4, 10-13, 19, 20;
3:9-13; 4:10). Excetuando-se a lista genealógica (Rute 4:18-22), os eventos
relatados no livro de Rute abrangem um período de cerca de 11 anos no tempo dos
juízes, embora não se declare exatamente quando é que ocorreram durante esse
período. — Rute 1:1, 4, 22; 2:23; 4:13. A tradição judaica atribui a Samuel a
escrita deste livro, e isto não discordaria da evidência interna. O fato de que
o relato conclui com a genealogia de Davi sugere que o escritor estava a par do
propósito de Deus com respeito Davi. Isto se ajustaria a Samuel, pois foi ele
quem ungiu a Davi para ser rei. Por isso, teria sido também apropriado que
Samuel fizesse um registro dos ancestrais de Davi (I Samuel 16:1, 13). A
historicidade do livro de Rute fica confirmada pela genealogia de Jesus Cristo,
apresentada por Mateus, a qual alista Boaz, Rute e Obed na linhagem de
ascendentes. (Evangelho segundo Mateus 1:5; compare com Ru 4:18-22; II Crônicas
2:5, 9-15.) Ademais, é inconcebível que um escritor hebreu tivesse inventado
deliberadamente um ancestral materno estrangeiro para Davi, o primeiro rei da
linhagem real de Judá. O registro histórico fornece matéria de fundo que
ilustra e esclarece outras partes da Bíblia. Apresenta-se de forma vívida a
aplicação das leis referentes à respiga (Levítico 19:9, 10; Deuteronômio
24:19-22; Rute 2:1, 3, 7, 15-17, 23) e ao casamento de cunhado. (De 25:5-10; Ru
3:7-13; 4:1-13) Há evidência da orientação de Jeová na preservação da linhagem
que levava ao Messias, bem como na escolha dos indivíduos para essa linhagem.
Às mulheres israelitas casadas com um homem da tribo de Judá apresentava-se a
possível perspectiva de contribuir para a linhagem terrestre do Messias
(Gênesis 49:10).
RUBÉN
Foi o filho mais velho de Jacó e Lia (Gn 29.32). Em
resultado do seu mau procedimento perdeu o direito de primogênito e todos os
privilégios aderentes à primogenitura (Gn 35.22). Ele livrou José da morte,
opondo-se a seus irmãos (Gn 37.22). No Êxodo continha a tribo de Rúben 46.500
homens de mais de 21 anos, e aptos para o
serviço (Nm 1.20,21 - 2.11) - e em poder estava em sexto lugar. Alguns morreram
na conspiração de Coré (Nm 16.1 - Dt 11.6). A sua herança foi um território do
lado oriental do rio Jordão, limitado ao norte pelo ribeiro de Jazer, ao sul
pelo ribeiro de Arnom, ao ocidente pelo Jordão, e ao oriente pelas montanhas de
Gileade. Este território, com o nome moderno de Belca, é ‘ainda estimado acima
de todos os outros pelos possuidores de gado lanígero. É rico de água, coberto
de boa relva, e manifesto aos olhos de todos nestes ilimitáveis terrenos
incultos, que sempre foram e sempre hão de ser o favorito recurso das errantes
tribos pastoris’. Os descendentes de Rúben foram a pouco e pouco perdendo toda
a associação de sentimentos e de interesse com as tribos ocidentais,
afastando-se, além disso, do culto ao Senhor. E desaparecem da história, quando
foram levados para a Mesopotâmia por Tiglate-Pileaer (1 Cr 5.26). Não há
indicação alguma de que qualquer juiz, profeta ou herói tivesse pertencido à
tribo de Rúben.
RÃO
1) Filho de Hezrom e um dos
antepassados da linhagem real (Rt 4:19; 1Cr 2:9). Em Mt 1:3 e 4 lê-se Arão e em
Lc 3:33 lê-se Arni. 2) Um dos filhos de Jerameel (1Cr 2:25, 27). 3) Uma pessoa
mencionada em Jb 32:2 como sendo o fundador do clã ao qual Eliú pertencia. É a
mesma pessoa que Arã, mencionado em Gn 22:21.
Aqui você também tem espaço. Abrimos as páginas para aqueles que desejarem ser colaborador e evangelizar conosco através de suas postagens. Envie seu material para: pastoraelianefcr@gmail.com e se sua matéria for aprovada estaremos publicando. Seja um colaborador do Blogue LEVANDO JESUS e EVANGELIZE AQUI
Nenhum comentário:
Postar um comentário