Dicionário Bíblico
Letra M
MAACA
1) Filha de Talmai, rei de Gesur. Foi
uma das mulheres de David e mãe de Absalão (2Sm 3:3). 2) Pai de Aquis, o rei de
Gate (1Rs 2:39). Também conhecido como Maoque (1Sm 27:2). 3) Filha de Absalão
(2Cr 11:20-22), terceira mulher de Reoboão e mãe de Abias (1Rs 15:2). Também
conhecida como “Micaías, a filha de Uriel”, que era o marido de Tamar, a filha
de Absalão (2Cr 13:2). O seu filho Abias era o herdeiro ao trono. 4) Pai de
Hanã, que era um dos guarda-costas de David (1Cr 11:43).
MAACA E MAACATE
Local na Síria (2Sm 10:6, 8; também conhecida por
Arã-Maaca, em algumas versões “Síria de Maaca”, (1Cr 19:6, 7). Situava-se perto
do Monte Hermom e perto de Gesur (Js 13:11, 13). Os seus habitantes poderão ser
descendentes de Maaca, o filho de Naor.
MAALABE
Um local perto de Tiro (Js 19:29). Algumas versões traduzem
Mechebel por “as suas saídas estão para o
mar”. A palavra Mahalab é apoiada primeiro pela leitura que o Codex Vaticanus
faz da LXX e depois pela menção de um local chamado Mahaliba (Js 19:29), feita
em registros assírios.
MAALATE
1) Filha de Jerimote, que era um dos filhos de David. Foi
uma das mulheres de Reoboão (2Cr 11:18). 2) Filha de Ismael e terceira mulher
de Esaú (Gn 28:9); também chamada Basemate (Gn 36:3).
MAALELEL
Filho de Quenã, da linhagem de Sete (Gn 5:12-17); em (Lc
3:37) é chamado Malaleel.
MAAMÉ-DÃ
Local ao oeste de Quiriate-Jearim (Jz 18:12), entre Zorá e
Estaol (Jz 13:25), mencionada pelos espias danitas que se acamparam ali.
MAARATE
Cidade na região montanhosa de Judá (Js 15:59).
MAASAI
Um dos sacerdotes residentes em Jerusalém (1Cr 9:12).
MAASEIAS
1) Um dos levitas que David nomeou
como portador da arca (1Cr 15:18, 20). 2) Um dos que foi enviado por Josias a
reparar o templo (2Cr 34:8). Era governador (Heb. Sar, traduzido num outro
lugar da Versão Autorizada por “príncipe”, “capitão-mor”, “administrador
chefe”) de Jerusalém. 3) Pai do falso profeta Zedequias (Jr 29:21). 4) Um dos
“capitães de cem” que se associou a Joiada, a fim de colocar Joás no trono (2Cr
23:1). 5) O “filho do rei”. Provavelmente um dos filhos do rei Acaz, morto por
Zicri, quando Peca, o rei de Israel, invadiu Judá (2Cr 28:7). 6) Pai do
sacerdote Sofonias (Jr 21:1; Jr 37:3).
MAATE
1) Uma pessoa que é mencionada na genealogia do Senhor (Lc
3:26). 2) Um coatita, pai de Elcana (1Cr 6:35).
MAAZIAS
Chefe da 24ª turma sacerdotal (1Cr 24:18), durante o
reinado de David.
MAAZIOTE
Um levita coatita, chefe da 23ª turma de músicos (1Cr 25:4,
30).
MACABEUS
Nome dado a uma família de judeus, também conhecida como
Hasmoneus, que liderou a revolta contra a Síria, governada por Antíoco IV
Epífanes. O chefe da revolta foi Matatias, cujo bisavô se chamava “Hasmoneu”,
provavelmente da cidade de Hasmoná. “Macabeu”, que quer dizer “martelo”, era o
apelido de Judas, o maior de seus líderes e
um dos filhos de Matatias. A revolta começou em 167 a .C., e a família
continuou a governar o povo judeu até 63 a .C.
MACABEUS,
PRIMEIRO E SEGUNDO
Livros APÓCRIFOS que descrevem a luta
dos judeus, liderados pelos Macabeus, contra os dominadores sírios. Os dois
livros não formam uma história contínua, mas paralela. No primeiro relata-se o
período de Matatias e, sucessivamente, os períodos de todos os seus filhos até 134 a .C. No segundo
enfatizam-se principalmente as atividades de Judas até 160 a .C.
MACEDÔNIA
Região na costa setentrional do mar Egeu, habitada pelos
macedônios, que corresponde à metade da atual Grécia e Albânia. É a terra de
Alexandre Magno (1Mc 1,1). Mais tarde, como província romana, foi visitada por
Paulo, na segunda e terceira viagens missionárias (At 16,9-12; 18,5; 20,1-3).
MACMAS
Local situado no território de Benjamim. Foi onde Saul
travou uma batalha com os filisteus. (l Sam 13-14).
MACPELÁ
Campo onde se encontra cova de Hebrom, que Abraão comprou,
e onde foram colocados os restos mortais de Abraão, Sara, Isaque, Rebeca, Lia e
Jacó. Neste mesmo sítio está hoje uma mesquita, que é um dos quatro santuários
do mundo maometano (Gn 23.17
a 20 - 25.9 - 49.30 - 50.13).
MADAN
Foi o Terceiro filho de Abraão e de Cetura. É provável que
este Madan, como Madian, seu irmão, tenham povoado o país de Madian, que ficava
a leste do Mar Vermelho. (Gên 25, 2).
MADIAN
1) Foi o quarto filho de Abraão e de
Cetura. Dele descendem os madianitas, cujas filhas perverteram os hebreus, como
está no livro dos Números, de que receberam o castigo por mão de Finéias, que
na frente de 12 mil homens os destruiu, e lhes matou cinco dos seus reis que
dominavam naquele país, situado a leste do Mar Morto. (Gên 25, 2). 2) Filho de
Cus. Séfora, mulher de Moisés, que era madianita. também é chamada Cusita. O
profeta Habacuc toma os madianitas por cusitas. E para este país, situado ao
oriente do Mar Vermelho, fugiu Moisés. (Êx 3).
MADIANITAS
Coligação de tribos árabes (Gn 25,2) cujas pastagens
estavam ao leste do Golfo de Ácaba. Às vezes penetravam até a planície de
Jezrael (Jz 6-7) ou se empregavam como guias de caravanas (Gn 37, 28. 36).
Moisés casou-se com a filha de um sacerdote madianita (Êx 2,15-21) e instituiu
juízes a conselho do sogro (18,13-27). Mas houve também choques armados com os
madianitas, pouco antes de Israel entrar em Canaã (Nm 25,6-18; 31,1-12).
MAGIA
Arte ou ciência oculta relacionada
com a crença em poderes sobre-humanos (At 8.9,11). Por meio de certos atos e
palavras e com a ajuda de espíritos e demônios, a magia pretende conhecer o
futuro, encontrar ajuda para os problemas da vida e realizar coisas fora do
comum. Nos tempos bíblicos a magia incluía Adivinhação, Agouro, Astrologia,
Encantamento, Exorcismo, Feitiçaria, Necromancia, Sonho e Visão.
MAGNIFICAT
Cântico entoado por Maria, Mãe de Jesus, ao visitar Isabel,
Mãe de João Batista, enquanto ambas estavam com seus filhos ainda no ventre.
Descrito em (Lucas 1, 46-55).
MAGOG
Filho de Jafé (Gn 10,2), antepassado dos povos do Norte que
viviam junto ao mar Negro. Nos textos apocalípticos simboliza os inimigos de
Israel (Ez 38,2; 39,6; Ap 20,7-9).
MAGOS
Originariamente eram uma tribo meda, que desempenhava
funções sacerdotais na religião persa. Como tais sacerdotes se dedicavam à
astronomia, astrologia e forças ocultas, mago passou a ser sinônimo de
feiticeiro (At 8,9-11; 13,6-8). Os sábios do Oriente que vieram adorar o menino
Jesus são chamados “magos” (Mt 2,1-12).
MAL
Problema do mal: Solução anterior à religião hebraica:
dualismo, princípio do bem e princípio do mal (Sl 103,5-9; Jó 26,12; Ap
20,1-13). Certos textos atribuem a Deus o mal (1Sm 16,14-23; Am 3,6). Outra
solução vê a causa do mal no pecado pessoal (Gn 3,16-19; 1Rs 8,33-46; Jr
4,1-22; Jó 4,6-5,7; Ecl 8,10-14). Esta solução é insuficiente pois muitos
justos, sem pecado, sofrem (Ez 18,2-28; Jó 9,1-3). Solução-compensação: os que
sofrem nesta vida serão felizes na outra (2Mc 7,9-36; Sb 3,1-9; Lc 16,19-26;
6,19-26; 1Cor 15,1-34). Outra solução faz do sofrimento um castigo educativo
(Os 2,4-19; Jr 31,18-20; Dt 4,25-32). Ainda uma outra solução complementar das
anteriores: o sofrimento expiação (Dt 8,2-6; Pr 3,11s; Jó 5,17-19; 33,19-28;
2Cor 5,1-5.18-21; Gl 3,10-13; Hb 2,9-18; 12,5-12; Rm 3,25s). Cristo aceita
livremente fazer-se instrumento de salvação dos seus irmãos pelo sofrimento (Mt
20,17-28; 1Pd 2,21-25; Ef 5,1-9; Rm 8,18-21; 2Cor 5,1-5). Desde então o
sofrimento de cada homem participa no de Cristo (2Cor 6,1-10; Cl 1,24).
MALAQUIAS
Foi o último dos profetas do A.T; e autor do livro que leva
seu nome (Ml 1.1). Significa anjo do Senhor. Nasceu em Safa, na tribo de
Zabulon, e profetizou no tempo de Neemias, pouco depois de Ageu e Zacarias, no
tempo que entre os sacerdotes e o povo havia grandes desordens, que ele
severamente repreen¬deu. Faleceu muito moço e foi sepultado no túmulo de seus
pais. (Mt 1,1).
MALAQUIAS, LIVRO DE
Livro profético que faz descrições
que mostram a necessidade de reformas antes da vinda do Messias. Por ser um
livro curto e de acordo com a catalogação, Malaquias é o último dos profetas
menores, tendo sido escrito por volta do ano 430 a .C., sendo que o seu
nome não é citado em mais nenhum livro da Bíblia. O profeta Malaquias foi
contemporâneo de Esdras e Neemias, no período após o exílio do povo judeu na
Babilônia em que os muros de Jerusalém tinham sido já reconstruídos em 445 a .C., sendo necessário
conduzir os israelitas da apatia religiosa aos princípios da lei mosaica. Um
outro tema tratado no livro de Malaquias refere-se às ofertas e aos dízimos,
nos versos de 7 a
12 do capítulo 3, passagem esta que é muito utilizada com o objetivo de se
justificar com amparo bíblico a contribuição da décima parte das rendas dos
fiéis de uma organização religiosa. Embora o dízimo tenha sido reconhecido
desde a época de Moisés, nos dias de Malaquias o povo havía ignorado o
mandamento, enfraquecendo a instituição religiosa, isto é, a manutenção dos
sacerdotes e do próprio templo.
MALALE
Patriarca bíblico de acordo com a Torá. Este seria filho de
Cainan , que era filho de Enos, que era filho de Sete, que era filho de
Adão.Malalel teria sido pai de Jarede ,pai de Enoque. Malalel aparece no livro de Gênesis 5:12-17, e de acordo com este
livro teria vivido 895 anos.
MALCO
Personagem secundário no Novo Testamento da Bíblia,
mencionado no verso 10 do capítulo 11 do Evangelho segundo João como o servo do
sumo sacerdote que havia sido golpeado na orelha por Simão Pedro durante a
prisão de Jesus no Getsêmani. De acordo com os evangelhos, quando Jesus estava
para ser preso, um dos discípulos puxou a espada e feriu o servo de Caifás que
estava entre os soldados. No entanto, Jesus repreendeu ao seu discípulo, curou
a orelha de Malco e, voluntariamente, entregou-se aos soldados sendo então
conduzido à casa do sumo sacerdote para ser interrogado.
MALTA
Ilha da África no Mediterrâneo. Indo São Paulo para Roma,
quando passou por ela, onde o arrojou uma grande tem¬pestade, uma víbora o
mordeu na mão, quando ajuntava alguns gravetos para o fogo. Ele, com toda a
calma, sacudia a víbora sem esta lhe causar algum dano. Nesta mesma ilha curou
vários enfermos, quiseram adorá-lo como sendo uma divindade. (At 28, 16).
MAMBRES
Foi um dos encantadores de Faraó, que imitou, pela sua arte
diabólica, alguns milagres de Moisés. Porém, não podendo imitar o dos
mosquitos, reconheceu e confessou que por Moisés operava a mão de Deus. (Êx 9,
20-24).
MAMOM
Palavra aramaica para “saúde” ou “riqueza”. Jesus a
empregou em seu ensino sobre o dinheiro. (Lucas 16:13).
MAMRE
Os seus dois irmãos, Abner e Escol,
eram amigos de Abraão. Eles o assistiram e o ajudaram a recobrar seu sobrinho,
Ló, que com toda a sua família e fazenda, levavam os assírios, depois de
saquearem a Sodoma e Gomorra, e venceram aos reis de Pentápole, rebelados contra
Codorlaomor. O vale em que habitava Mamre, e no qual pôs o seu nome, é um
formoso campo da tribo de Judá, na vizinhança da cidade de Hebron. Neste vale
Abraão foi honrado com a visita de três anjos, que lhe anunciaram o nascimento
de Isaque. (Gên 14, 13).
MANÁ
Nome de alimento miraculoso que sustentou a caminhada de
Israel pelo deserto. Sobre a origem e natureza do “maná” (Ex 16,15 e Nm
11,7-9). O maná tornou-se símbolo da providência divina, do alimento dos tempos
messiânicos e da Eucaristia (Jó 6,31; 1Cor 10,1-22; Hb 9,4; Ap 2,17).
MANAAT
Foi um dos filhos de Sobal. (Gên 36, 23).
MANAÉM
1) Foi o sexto rei de Israel. Vingou a morte de Zacarias
com a de Selum, filho de Jahs, que tinha subido ao trono por meio de um
parricídio. Ocupou o seu lugar, e só a cidade de Tersa atreveu-se a
resistir-lhe. Porém, conquistando-a logo, praticou crueldades ter¬ríveis e
obrigou os seus moradores a contribuir com a quantia de mil talentos, para se
escapar da guerra, que Fui, rei da Assíria, que¬ria declarar. (4 Rs 15, 17-22).
2) Doutor da Lei da cidade de Antioquia, profeta e colaço do rei Herodes
Antipas. Uniu-se a S. Barnabé e a S. Paulo, para pregar o Evangelho. (At 13,
1). 3) Pertencente à seita dos Essênios. Era estimado do povo. Profeti¬zou a
Herodes, o Grande, ainda moço, que seria um dia rei dos Judeus; porém que
sofreria muito no seu reinado. Este prognóstico fez com que Herodes sempre
respeitasse muito aos Essênios. 4) Filho de Judas Galileu, e chefe dos
sediciosos contra os romanos. Invadiu a Fortaleza de Mássada, roubou o arsenal
de Herodes, armou o seu exército e se fez reconhecer rei de Jerusalém. Porém,
Eleazar, homem poderoso e rico, sublevou o povo contra o usurpador e fez com
que fosse castigado.
MANASSÉS
1) Primeiro filho de José e Asenate
(Gn 41.51). 2) Uma das 12 Tribos do povo de Israel, formada pelos descendentes
de MANASSES (1) (Nm 32.33-42). 3) Décimo quarto rei de Judá, que reinou de 687 a 642 a .C., depois de Ezequias,
seu pai. Por ter apoiado a idolatria, Manassés e o povo de Judá foram castigados,
mas ele se arrependeu (2Rs 21.1-18; 2Cr 33.1-20).
MANDRÁGORA
Planta da família das Solanaceae. São lhe atribuídas
propriedades medicinais: afrodisíaca, alucinógena, analgésica e narcótica. O
uso da raiz da planta é muito antigo, encontrando-se citado nos textos bíblicos
em (Gên 30:14 e Cantares 7:13).
MANJEDOURA
Tabuleiro ou caixa em que se dá comida aos animais. Jesus
Cristo ao nascer, foi colocado em uma manjedoura de um presépio porque a
estalagem local e as casas de Belém, estando super-lotadas, não dispunham de
local conveniente para Maria. (Lc 2, 7.12).
MANOÁ
Pai de Sansão, o nascimento de Sansão foi anunciado a Manoá
e a sua mulher pelo ‘anjo do Senhor’ (Jz 13.3 a 23). Manoá e sua
mulher procuraram dissuadir Sansão de casar com uma mulher filistéia (Jz 14.2 a 4). Sansão foi
sepultado no ‘sepulcro de Manoá, seu pai’ (Jz 16.31).
MÃO (DE DEUS)
Simboliza o poder soberano e terrível de Deus (Dt 3,24; Jó
19,21; 1Pd 5,6), que intervém neste mundo (Sl 31,6-16) e domina a história dos
homens (Ex 13,3.14; 1Sm 5,9; At 4,28-30). O Pai entregou todo o poder nas mãos
de Jesus (Jó 3,35; 13,3).
MAQUEROS
Castelo forte além do Jordão, na tribo
de Rúben. Gabínio, capitão romano, o demoliu. Porém, Aristóbulo restaurou-o. Já
o grande Herodes fortificou-o de maneira que nele depositou a melhor porção dos
seus tesouros. São João Batista esteve preso ali, sendo afinal degolado por
ordem de Herodes Antipas. (FL Jos. Antig. 18, 5, 2).
MARA
Lugar onde se fez o quinto
acampamento dos judeus. Ele foi assim chamado por causa do amargo de suas
águas. Porém, Moisés, por ordem de Deus, lançou nela um pedaço de madeira e
dessa forma adoçou as águas. (Êx 15, 23-26).
MARANATÁ
Uma expressão aramaica que SPaulo empregou (1 Co 16. 22).
Em algumas versões se encontram juntas as palavras anátema e maranata: mas
‘anátema e maranata’, não têm significação. Maranatha quer dizer o ‘Senhor
vem’. A frase assim formada é uma expressão aramaica da primitiva senha cristã,
que ocorre de novo na sua forma grega em Fp 4.5: ‘Perto está o Senhor.’
Todavia, alguns críticos dividem a palavra em marana e tha, significando: ‘Vem,
Senhor nosso’.
MARCOS, SÃO
Foi o autor do segundo Evangelho, foi discípulo de São
Pedro e de São Paulo, que acompanhou nas suas viagens apostólicas. É o criador
do género literário Evangelho. Efectivamente, pensa-se que, quando São Marcos
escreveu o seu Evangelho, do de São Mateus só haveria uma coleção de palavras
de Jesus, sem enquadramento narrativo e sem milagres. Cronologicamente, foi o
primeiro a escrever sobre a vida de Jesus, por volta do ano 56; Sendo assim, os
outros dois sinópticos acabaram por adaptar o esquema de exposição de São
Marcos. De fato, em Qumrã se encontrou um fragmento de seu Evangelho datado do
ano 56 d.C. dentro de um vaso no qual estava escrito Roma. Irineu de Lyon,
baseado em Pápias, afirma que Marcos escreveu seu Evangelho com base nas
pregações de São Pedro em
Roma. Marcos era judeu e tinha tomado um nome romano,
achando-se identificado com ‘João, cognominado Marcos’ (At 12.12,25) - era
sobrinho (primo) de Barnabé (Cl 4.10), e filho de Maria, que residia em
Jerusalém (At 12.12). Marcos foi, provavelmente, convertido à fé cristã pelo
ministério de Pedro (1 Pe 5.13), que costumava freqüentar a casa de sua mãe (At
12.12). Ele acompanhou, desde Jerusalém até Antioquia, a Paulo e Barnabé (At
12.25), e dai partiu com eles para uma viagem missionária - mas deixou-os antes
de a completarem (At 13.5,13). Seis anos depois deste acontecimento não quis
Paulo levá-lo consigo em outra viagem - e então Marcos acompanhou Barnabé a
Chipre (At 15.38,39). Todavia, quando Paulo estava preso em Roma, era já Marcos
considerado um seu auxiliador, e é mencionado de uma maneira que bem mostra que
ele tinha reconquistado a estima do Apóstolo (Cl 4.10 - 2 Tm 4.11 - Fm 24). Primitivos
escritores cristãos afirmam que ele trabalhou com Pedro durante um tempo
considerável do seu ministério, gozando da
sua íntima amizade, e auxiliando-o como seu intérprete ou secretário - e diz-se
que mais tarde missionou no Egito, sofrendo neste país o martírio. Algumas
importantes suposições acham-se associadas com este evangelista. Já alguns
críticos têm sugerido que a casa, de que se fala em (At 12.12), era aquela
mesma casa onde (na vida do pai de Marcos) se celebrou a última Ceia (Mc 14.14)
- que o Jardim de Getsêmani lhe pertencia - e que o próprio Marcos era o homem
do cântaro a que se refere (Mc 14.13), sendo também o jovem daquele caso que
unicamente é relatado no seu Evangelho (Mc 14.51,52). Segundo a tradição, São
Marcos é o primeiro Papa (ou Patriarca) da Igreja Copta Egipícia, com sede em
Alexandria, para onde se dirigiu após o martírio de (São Pedro) e (São Paulo),
sendo este o local em que teria difundido o evangelho, tendo sido martirizado
nesta cidade ao ter seu corpo arrastado por uma parelha de cavalos por volta
dos anos 70-80 d.C. Assim como São Pedro foi o primeiro Papa da Igreja Católica
Romana e Santo André o primeiro Patriarca da Igreja Ortodoxa, São Marcos é
considerado o primeiro Patriarca da Igreja Copta. Interpretações tradicionais
de seu Evangelho o vêem no jovem que fugiu nu quando da prisão de Jesus no
Horto das Oliveiras. São Marcos fez um lindo trabalho missionário, que não deu
fim diante da prisão e morte dos amigos São Pedro e São Paulo, por isso
evangelizou no Poder do Espírito Alexandria, Egito e Chipre, lugar onde fundou
Comunidades. Conhecido principalmente por ter sido agraciado com o carisma da
inspiração e vivência comunitária que deram origem ao Evangelho carismático de
Jesus Cristo segundo Marcos.
MARCOS, EVANGELHO DE
Segundo livro do NT, considerado o mais antigo dos
Evangelhos. Marcos destaca principalmente a atividade constante e a autoridade
de Jesus. Jesus vai de um lugar para outro, anunciando a vinda do REINO DE
DEUS, ensinando multidões, fazendo milagres e curando doentes. Para ajudá-lo,
ele escolhe 12 homens, os apóstolos. Estes o acompanham por toda parte,
aprendem que por meio do evangelho todas as pessoas podem fazer parte do Reino
de Deus. Depois os apóstolos saem para anunciar essa mensagem de salvação e
para curar pessoas. Em tudo isso Jesus age com autoridade, que lhe vem de Deus.
Ele é o FILHO, DO HOMEM, que Deus escolheu e enviou para ser o Salvador (Mc
10.45). Portanto, ele tem autoridade para expulsar demônios, curar doentes e
perdoar pecados. Este Evangelho começa com o batismo de Jesus (Mc 1.9-11) e
termina com a sua ressurreição (Mc 16.1-8). O trecho final (Mc 16.9-20) não faz
parte do texto original grego.
MARDOQUEU
Tio de Ester (judia de grande beleza, a qual Deus designou
que encantasse ao Rei da Babilônia). Os Judeus eram escravos na época e
Mardoqueu era bem informado sobre os assuntos da corte do rei Assuero
(Nabucodonossor) e portanto, era considerado uma ameaça por Hamã. Mardoqueu foi
condenado à forca, porém, o rei Assuero, ao ler antigos escritos viu a honra
prestada por ele ao salvar sua vida e ordenou a Hamã que retirasse sua ordem de
enforcamento e que o exaltasse perante ao povo Judeu. Mardoqueu salvou o rei de
uma conspiração negra sendo que mais tarde quando sua sobrinha foi feita
raínha, Mardoqueu usou-a para que pudesse salvar o povo judeu do extermínio.
MARIA
Conhecem-se várias Maria na Bíblia: 1) Maria Madalena,
curada por Jesus, que assistiu sua morte e sepultura e o viu ressuscitado (Lc
8,2; 24,10; Jó 20,1.11.16). 2) Maria, mãe de Tiago Menor e José (Mc 15,47; Mt
27,56.61; Lc 24,10). 3) Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro (Lc 10,39.42;
Jó 1,11-12,3). 4) Maria, mãe de Marcos (At 12,12). 5) Maria, uma cristã de Roma
(Rm 16,6). 6) Maria, ou Míriam, irmã de Moisés (Nm 26,59). 7) Maria, mãe de
Jesus (Mt 1-2; Lc 1-2).
MARIA (MÃE DE JESUS)
É a cheia de graça (Lc 1,28): Indica a beleza e a
fidelidade da esposa (Eclo 26,13-15). Maria, Filha de Sião : Os profetas
convidaram a Filha de Sião a “alegrar-se”pela presença do Messias (Sf 3,14-18;
Zc 2,14; Is 12,6). Lucas (1,28-38) saúda a Virgem com um grito de alegria. Em
At 1,12-14, onde se narra o nascimento da “Nova Sião” (a Igreja), Maria
encontra-se presente. Maria,a bendita entre as mulheres (Jz 5,24; Jt 13,17s; Lc
1,42). A aliança de Deus com Abraão é fonte de bênçãos (Gn 12,2s; 13,16; 15,5;
17,2-6; 22,17). Deus abençoará o fruto das entranhas daqueles que lhe são fiéis
(Dt 7,12s; Lc 1,42). Maria, Arca da Aliança : A expressão “o Senhor está
contigo” (Lc 1,28) é uma fórmula da Aliança. Deus está com Maria como esteve
com Abraão, Isaac, Jacó, Moisés, etc. (Gn 26,3.24; 31,3; Ex 3,12; 2Sm 7,9; Jr
1,6-8; Dt 20,1-4; Is 7,14; 41,8-14; 43,1-5). Maria, mãe do Messias, Servo
Sofredor (Gn 3,15-17; Is 7,14; Mq 5,1-15; Mt 1,23; Jó 19,25-27; Ap 12). Cântico
da Serva do Senhor: No Magnificat distinguem-se três coisas: o cântico de
vitória e de louvor (Lc 1,47-49); o cântico dos pobres de Javé (Lc 1,50-53); o
cântico da Aliança com Abraã (Lc 1,54s; Gn 15,5s; Hb 11,8-19).
MAR MORTO
Mar interno da Palestina, onde desemboca o rio Jordão. Suas
águas contêm 25% de sais minerais, não permitindo a existência de nenhuma forma
de vida. Tem cerca de 80 km
de comprimento por 15 de largura e está a 394 m abaixo do nível do mar. Na parte sul do
mar Morto estavam, provavelmente, localizadas as cidades de Sodoma e Gomorra. A
noroeste do mar Morto, no deserto de Judá, foram descobertos antigos
manuscritos da Bíblia, relacionados com as ruínas do mosteiro de Qumrân. A
designação de Mar Morto só passou a ser utilizada a partir do século II, depois
de Cristo. Ao longo dos séculos anteriores, outros e vários foram os nomes
quais era conhecido, entre outras fontes, a Bíblia Sagrada, concretamente
alguns dos Livros do Antigo Testamento. Assim, nos Livros Génesis 14,3 e Josué
3,16 aparece com o nome de Mar Salgado. Com o nome de Mar de Arabá aparece em
(Deuteronômio 3,17 e em II
Reis 14,25). Já em (Joel 2,20 e Zacarias 14,8) surge como Mar
Oriental.
MAR VERMELHO
Tradução grega da expressão hebraica “mar dos Juncos” (yam
suf). Foi identificado, no passado, com o Golfo de Suez ou o Golfo de Ácaba (Nm
14,25; 21,4; Dt 1,40), que teria sido atravessado pelos israelitas a pé enxuto,
depois de saírem do Egito. Hoje se admite que o “mar dos Juncos” tenha sido uma
pequena enseada do mar Mediterrâneo (mar Sirbônico), ou a zona pantanosa do
norte do Delta do Nilo (cf. Ex 10,19; 14,21-31 e notas).
MARTA
Irmã de Lázaro e de Maria - era a dona daquela casa, na
vila de Betânia, onde Jesus se hospedava. Marta é sempre mencionada antes de
Maria, provavelmente por ela ser a irmã mais velha (Lc 10 - Jó 11). Tinha um
gênio inquieto, agitado, e por isso foi censurada em certa ocasião por Jesus.
MASFATH
1) Era uma grande planície na qual derrotou Josué ao rei
Jabim. (Jz 20, 1). 2) Cidade na tribo de Judá, onde Samuel estabeleceu a sua
morada para fazer justiça aos israelitas e onde juntamente com eles ofereceu
sacrifícios por Deus os haver livrado dos filisteus, quando lhes restituíram a
Arca do Testamento, que tinham levado em cativeiro, (l Rs 7, 5-7; 10, 17; Jz
20, 1-3; 3 Rs 15. 22; 4 Rs 25, 23-25). 3) Cidade na tribo de Gad, na qual Jefté
mandou ajuntar as suas tropas quando derrotou os amonitas. (Jz 10, 7).
MATANIAS
Foi o 20º e último rei de Judá. Foi deposto e levado para o
exílio. Era o terceiro filho de Josias e sua mãe era Hamutal. Quando foi
constituído em rei vassalo, o rei babilônio Nabucodonozor mudou-lhe o nome de
Matanias para Zedequias. Durante os 11 anos do seu reinado, Zedequias “fazia o
que era mau aos olhos de Jeová”. (2Rs 24:17-19; 2Cr 36:10-12; Je 37:1; 52:1,
2.). Após a morte de seu pai Josias, passou a reinar Joaquim . Parece que nesta
época os exércitos babilônicos sob o Rei Nabucodonosor estavam sitiando
Jerusalém. Depois de reinar por três meses e dez dias, Joaquim rendeu-se ao rei
de Babilônia (617 a .C.).
(2Rs 23:29-24:12; 2Cr 35:20-36:10). Subseqüentemente, Nabucodonozor colocou
Zedequias no trono em Jerusalém e o fez jurar em nome de Jeová. Este juramento
obrigava Zedequias a ser leal como rei vassalo.
MATATIAS
Foi um grande sacerdote do templo Judeu de quem é contada a
história nos Livros dos Macabeus, e o pai de Judas Macabeu, o líder dos
Macabeus. Em 170 aC ,
quando o governo Selêucida do rei Antioco IV lhe ordenou que oferecesse sacrifício aos Deuses gregos, ele
não apenas recusou mas matou com as suas próprias mãos alguém que avançou para
o matar. Depois de a sua detenção ter sido ordenada, ele refugiou-se no deserto
da Judéia com os seus 5 filhos, sendo seguido por muitos dos seus compatriotas.
Este foi o primeiro episódio da guerra dos Macabeus contra o império selêucida,
que resultou na independência dos Judeus após 400 anos de domínio estrangeiro.
Morreu em paz, deixando o governo nas mãos do célebre Judas Macabeu, o mais
valoroso de todos os seus filhos. (l Mac 2, 1-70).
MATEUS, SÃO
Um dos doze apóstolos, identificado com Levi, filho de
Alfeu, cobrador de impostos em Cafarnaum. (Mt 9,9; Mc 2,14). É considerado como
o autor do Primeiro Evangelho. Segundo o relato do evangelho, Jesus, depois de
atravessar o lago, ao passar por ele, que estava a trabalhar na recolha dos
impostos, disse-lhe: “Segue-me”. Mateus levantou-se e seguiu-o, tornando-se num
dos seus doze discípulos (Mateus 9:9). Acompanhou de perto a vida pública de
Cristo e se notam traços de sua antiga profissão de cobrador de impostos em
determinadas passagens de seu Evangelho, que foi evidentemente escrito para a
comunidade cristã recém-saída do judaísmo. Esteve presente na Última Ceia, em
diversas aparições de Jesus ressuscitado, na Ascenção e no dia de Pentecostes.
O verdadeiro nome de Mateus era Levi. Um antiga tradição o tornou evangelizador
de regiões da Palestina e da Etiópia, onde teria encontrado o martírio.
MATIAS, SÃO
Após a morte de Judas, Pedro propôs que os discípulos
escolhessem alguém para substituir o traidor. O discurso de Pedro esboçava
certas qualificações para o novo apóstolo ( At 1.15-22). O apóstolo tinha de
conhecer a Jesus “começando no batismo de
João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas”. Tinha de ser também,
“testemunha conosco de sua ressurreição” (At 1.22). Os apóstolos encontraram
dois homens que satisfaziam as qualificações: José, cognominado Justo, e Matias
(At 1.23). Lançaram sortes para decidir a questão e a sorte recaiu sobre
Matias. O nome Matias é uma variante do hebraico Matatias, que significa “dom
de Deus”. Infelizmente, a Bíblia nada diz a respeito do ministério de Matias.
MATRIMÔNIO
Tem dupla finalidade: a ajuda mútua (Gn 2,18-24; Tb 8,5-8;
Eclo 40,23; 1Cor 7,1-9) e a procriação (Gn 1,28; 9,1; Tb 8,9; Mt 22,24-28). A
Lei permitia o divórcio (Dt 24,1-4) e a poligamia (Gn 4,19); mas Jesus condena
ambas as práticas (Mt 5,32; 19,9; Mc 10,2-10; Lc 16,18; Rm 7,2s; 1Cor 7,10s.39)
e exalta o valor do celibato por causa do Reino dos Céus (Mt 19,12; Lc 18,29).
Aliança entre Deus e Israel é comparada com a relação existente entre os
esposos (Os 1-2; Is 54,5-7; Jr 2,2; Ez 16,6-14; Sl 45; Ct 1,8). Deus é o esposo
fiel e ciumento (Jr 31,3s; Ct 8,6; Is 62,3-5). Jesus se apresenta como o esposo
da nova aliança (Lc 5,33-39; Jó 3,28-30; Mt 22,1-14; 25,1-13; Ap 19,7s; 21,1s).
Nesta linha, Paulo vê na união matrimonial um sacramento (sinal) da relação
entre Cristo e a Igreja (Ef 5,23-33).
MATUSALÉM
Personagem bíblico do Antigo Testamento, citado em Gênesis
5:21-27, e que teria sido filho de Enoque e o avô de Noé. Matusalém é
geralmente conhecido por ser o personagem mais longevo de toda a Bíblia, tendo
vivido por 969 anos, sendo que o ano de sua morte coincidiria com a ocasião do
dilúvio, embora isto não seja mencionado expressamente pela Bíblia, sendo
apenas um cálculo aritimético considerando que o dilúvio ocorreu quando Noé
tinha 600 anos. De acordo com o Gênesis, todos os patriarcas desde Adão até Noé
viveram muito tempo.
MEDIADOR
É o intermediário entre duas partes que procuram entrar em acordo. As religiões
sentem necessidade de mediadores entre Deus e os homens. Moisés (Nm 14,13-20),
os anjos, os reis, os profetas e sacerdotes exercem esta função no judaísmo. As
mediações do AT são insuficientes (2Cor 3,6-9; Rm 7,7-13; Gl 3,10s; Hb 10,1-11)
para colocar o homem em comunhão com Deus. Jesus é o único verdadeiro mediador
(1Tm 2,5; Hb 8,6; 9,14s), solidário com os homens (5,7-9), pelo qual temos
acesso ao Pai (9,11-25; 12,24).
MELQUISEDEC
Rei e sacerdote que ofereceu pão e
vinho após a vitória de Abraão sobre os seqüestradores de Ló (Gn 14,18-20). É
considerado uma figura de Cristo (Hb 5,6.10; 7,1-18), eterno sacerdote.
MENELAU
Por sobrenome Onias, tendo usurpado 300 talentos do
tributo, que Jason, Sumo Sacerdote, pagava a Antíoco Epífanes, este lhe deu o
emprego do Supremo Pontificado, tirando-o de Jason, o qual logo depois
apostatou. Introduziu a Antíoco em Jerusalém, e ajudou a pôr no Santuário do
Templo a estátua de Júpiter. Mas, por fim, serviu-se Deus de Antíoco Eupator
para o castigar dos seus crimes. Este príncipe mandou que ele fosse jogado de
uma torre. (2 Mac 4-13).
MÊNFIS
A principal cidade do Baixo Egito antes da fundação de
Alexandria. As suas ruínas são extensas, dando a entender que são restos de esplendorosas grandezas. A destruição de
Mênfis foi repetidas vezes anunciada pelos profetas hebreus (Is 19.13 - Jr 2.16
- 46.14,19 - Ez 30.13,16 - os 9.6). As profecias foram cumpridas quando foi
invadido o Egito pelo rei persa, Cambises. A ruína de Mênfis foi tão completa,
que o próprio sítio onde estava edificada se perdeu, sendo descoberto somente
há poucos anos.
MENIT
Local onde chegou Jefté na luta contra os amonitas. (Jz 11,
33).
MENTIRA
É proibida (Ex 23,7; Pr 12,22; Mt
5,37; 12,35-37; Jo 8,44; Ef 4,25; Cl 3,9); é perniciosa (Pr 19,9.22; Eclo
20,24-26; Ap 22,15); veracidade (Zc 8,16; Jo 1,47; Rm 9,1; 1Cor 13,6; Gl 1,20).
MERECIMENTO
Nosso (Eclo 16,14; Jr 25,14; At 3,12; 1Cor 3,3); de Cristo
(Jo 1,17; 3,16s; 15,5.8; Rm 3,23s; 5,8-10.20; 6,23; Ef 1,2; Fl 2,8; Cl 1,14).
MEROBE
Filha primogênita de Saul. Foi prometida a Davi em
recom¬pensa da vitória, que devia alcançar sobre Golias; porém Saul faltou com
sua palavra e a deu a Adriel de Molath. (l Rs 14, 49; 18, 17-19).
MERODAQUE
Como é apresentado na Biblia, é um
deus protetor da cidade da Babilônia, pertencente a uma geração tardia de
deuses da antiga Mesopotâmia. Era filho de uma relação incestuosa entre Enki e
Ninhursag. Foi pai de Dumuzzi (que seria o bíblico Tamuz) que corresponde ao
deus egipcio Osíris. A sua consorte era Sarpanitu. Com a ascensão da Babilônia
à capital da coligação de estados do Eufrates, sob a liderança do Rei Hamurabi
(2250 a .C.),
torna-se também o deus supremo do panteão de
deuses mesopotâmicos, foi a ele que os outros deuses confiaram o poder supremo,
foi o vencedor do monstro Tiamat, que personificava o caos primordial, divide-o
em duas partes, com as quais forma o céu (onde coloca os astros) e a terra
(onde estabelece a residência dos principais deuses). Os deuses queixam-se,
porém, de não terem quem os adore, pelo que Marduque cria o homem, para que os
povos da terra os adorem e lhe levantem templos. Podemos encontrar referências
ao deus Marduque nos parágrafos de abertura e finalização do Código de
Hamurabi, o mais famoso código legislativo da Antiguidade. Marduque é chamado
de Merodaque pelos hebreus. (Isaías 39:1; Jeremias 50:2; II Reis 25:27)
MESSIAS
É “o ungido”, o rei elevado à sua
dignidade por uma unção com óleo (1Sm 10,1; 16,13; 2Sm 2,4; 1Rs 1,39). O termo
é também aplicado a Ciro, rei dos persas (Is 45,1). Pela unção a pessoa passa a
gozar de uma relação especial com Deus e participa de sua autoridade (1Sm 24,7;
2Sm 1,14). O Sumo Sacerdote também era ungido para exercer sua função (Lv
4,3-16; 6,15). O termo “ungido”passou a designar o futuro rei (Dn 9,25s),
descendente de Davi, esperado pelos judeus (Mc 10,47s). Em grego, Cristo
corresponde ao hebraico “Messias” (Jó 1,41; 4,25), tornando-se um título de
Jesus (Rm 1,1).
MILAGRE
Os judeus tinham um conceito de milagre bastante diferente
do nosso. Todas as manifestações de Deus, na natureza e na história, eram para
eles maravilhosas (Sl 138,14; Jó 5,9). Atribuem a Deus todos os acontecimentos,
como a derrota dum inimigo, um vento impetuoso, um rumor de passos (1Sm 14,22s.45;
Gn 24,12-21; Ex 14,21-23; 2Sm 5,24). A história do povo eleito, no seu
conjunto, é um milagre (Ex 7,10-13; Ne 9,20s; 1Rs 18,18-40; Is 7,10-14). Também
os magos faziam milagres (Ex 7,10-23; 8,1-15; 9,8-26; Nm 22-24). No entanto, os
milagres só são sinais de Deus se houver fé (Ex 7,3-9; Dt 4,34; 6,22). A
essência do milagre na Bíblia está em ser ele um sinal do poder e da
misericórdia de Deus (cf. Dt 13,2-6 e nota). O que importa é esta função de
sinal e não o fato de estar acima das assim chamadas “leis da natureza”. Aliás,
o israelita não distinguia entre causalidade natural e ação direta de Deus (Sl
19,1-7; 104; 135,6s; Jó 38). Por isso não distinguia entre sinais “naturais”e
“sobrenaturais”. Também os milagres de Jesus são vistos como sinais da bondade
divina, que provocam experiências de salvação (Mt 12,38s; Mc 8,11s) e levam a
crer na doutrina e na pessoa de Jesus (Jó 2, 11.18. 23). Os milagres são sinais
do Reino de Deus que vence a Satã (Mt 12,28; At 2,22; 10,38).
MILAGRES DE JESUS
1) Cego: (Mc 8,22). 2) Cego Bartimeu: (Mc 10,46.52; Lc
18,35). 3) Cego de nascença: (Jó 9). 4) Criado do oficial romano: (Mt 8,13; Lc
7,1s). 5) Curas em massa: (Mt 4,23; Mc 1,34; Lc 8,2). 6) Figueira amaldiçoada:
(Mt 21,19; Mc 11,13). 7) Filho do oficial romano: (Jó 4,46). 8) Hidrópico: (Lc
14,2). 9) Jesus aparece no lago de Tiberíades: (Jó 21,1). 10) Jesus caminha
sobre as águas: (Mt 14,25). 11) Jesus envia o Espírito Santo: (At 2,1s). 12)
Jesus passa incólume pelos inimigos: (Lc 4,29s). 13) Jesus passa por portas trancadas:
(Jó 20,19). 14) Leprosos (dez): (Lc 17,12). 15) Mão seca: (Mt 12,10). 16)
Mulher encurvada: (Lc 13, 11). 17) Mulher que sofria de hemorragia: (Mt 9,20;
Mc 5, 25; Lc 8,43). 18) Multiplicação dos pães, primeira: (Mt 14,19; Mc 6,43;
Lc 9,12; Jó 6,10; segunda: Mt 15,32; Mc 8,5). 19) Orelha de Malco: (Lc 22,50).
20) Paralítico: (Mt 9,2; Mc 2,3; Lc 3,18). 21) Pesca milagrosa: (Lc 5,5-10).
22) Possessa, filha da mulher cananéia: (Mt 15,22; Mc 7,24). 23) Possessa,
Maria Madalena: (Mc 16,9; Lc 8,2). 24) Possesso: (Mc 1,23; Lc 4,31s). 25)
Possesso cego e mudo: (Mt 12,22). 26) Possesso, menino: (Mt 17,14; Mc 9,16s; Lc
9,38). 27) Possesso mudo: (Mt 9,32; Lc 11,14). 28) Possessos de Gêrasa: (Mt
8,28; Lc 8,30). 29) Ressurreição: (Mt 28,2; Mc 16,1; Lc 24,1; Jó 20,1). 30)
Ressuscita a filha de Jairo: (Mt 9,25; Mc 5,41; Lc 8,54). 31) Ressuscita
Lázaro: (Jó 11,1s). 32) Ressuscita o jovem de Naim: (Lc 7,11). 33) Sogra de S.
Pedro: (Mt 8,15; Mc 1,31; Lc 4,38). 34) Surdo-mudo: (Mc 7,32). 35) Tempestade
no lago: (Mt 8,24; Mc 4,37; Lc 8,22). 36) Transfiguração: (Mt 17,2; Mc 9,1s; Lc
9,28). 37) Trevas na morte de Jesus: (Mt 27,45; Mc 15,33; Lc 23,44). 38) Vinho
feito de água em Canã: (Jó 2,1-11).
MIQUÉIAS
Profeta Miquéias parece ter sido
natural de Moresete-Gate (Mq 1.14), uma povoação da Filístia, distante 32 km de Jerusalém, mais ou
menos. Parece que Miquéias exerceu o ministério profético não muito depois de
Amós, Oséias e Isaías terem principiado o seu - e nas suas censuras e avisos
ele envolve tanto Israel como Judá (1.1). Há uma admirável semelhança entre as
predições sobre a ruína de Samaria e a de Jerusalém (cp. 1.6 com 3.12). Alguns
escritores gregos, e entre esses Epifânio, dizem que ele foi assassinado por
Joás, filho de Acabe, confundindo-o com Micaías, o filho de Inlá (1 Rs 22.8 a 28), os nomes são
formas diferentes da mesma palavra. Crê-se que Micaías não sofreu o martírio,
mas morreu em paz no reinado de Ezequias. Pelo que se lê em (Jr 26.8,9,18,19),
parece que o profeta Jeremias teria sido morto pelo fato de anunciar a
destruição do templo, mas Miquéias havia predito a mesma coisa mais de cem anos
antes.
MIQUÉIAS, LIVRO DE
Autor deste livro apresenta-se como ‘Miquéias, morastita’,
e diz ter profeticamente falado ‘nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de
Judá’ (1.1). A afirmação de que ele ‘profetizou noa dias de Ezequias’ (Jr
26.18) não limita o seu trabalho àquele reinado. o conteúdo do livro pode
dividir-se em quatro seções principais: (1) cap. 1º, os juízos de Deus sobre
Israel e Judá - (2) caps. 2 e 3, prova da necessidade destes juízos - (3) caps.
4, 5, a
promessa - (4) cap. 6, colóquio entre o Senhor e o Seu povo - cap. 7, epilogo:
lamentações e esperança do profeta. Miquéias anuncia em termos claros a invasão
de Salmaneaer e Senaqueribe (1.6
a 16) - a dispersão de Israel (5.7,8) - a cessação da
profecia (3.6,7) - a completa destruição de Jerusalém (3.12). E não menos
claramente ele prediz o livramento de Israel (2.12 - 4.10 - 5.8) - a terra
natal do rei messiânico (5.2) - a promulgação do Seu Evangelho desde o Monte
Sião - os seus resultados - e a exaltação do reino do Messias sobre todas as
nações. o estilo de Miquéias tem muito da beleza poética de Isaías e do vigor
de Oséias mas é por vezes obscuro pela sua concisão e repentinas transições.
Abundante em exemplos de jogo de palavras e notáveis interrogações oratórias. A
sua missão especial, como arauto do juízo vindouro, torna predominante a
severidade do tom - mas toda a aspereza é suavizada pela maneira bela como o
profeta fecha o livro. As citações que de Miquéias se fazem no N. T. são de
importância: (5.2) o nascimento em Belém, do Messias, (Mt 2.6). Esta passagem é
especialmente notável por ter sido citada pelos sacerdotes e escribas de
Jerusalém, como profecia concernente ao Messias, e por todos aceita. (Jó 7.42.)
Há, também, admiráveis reproduções da linguagem do profeta (7.6) em (Mt
10.35,36 - Mc 13.12 - e Lc 12.53 - e do cap 7.20 em Lc 1.73).
MIRRA
A mirra é mencionada na Bíblia como um ingrediente do ‘ó1eo
de unção’, para o tabernáculo (Êx 30.23,25). Foi apresentada pelos magos ao
menino Jesus - foi-lhe oferecida, sendo recusada, quando já estava no Calvário
- e fazia parte das especiarias, que puseram no Seu corpo (Mt 2.11 - Mc 15.23 -
Jó 19.39). A referência à mirra em (Ct 5.5,13 e em Et 2.12) implicam uma
preparação, designada pelo nome de ‘óleo de mirra’. Em (Gn 37.25 e 43.11) a
tradução é incorreta. A substância mencionada nestas passagens, como fazendo
parte das mercadorias, levadas pelos negociantes ismaelitas através da
Palestina para o Egito, e dos presentes mandados por Jacó a José, é uma resina
produzida por uma espécie de Cistus que se encontra na Palestina, Chipre, e em
outras partes da área do Mediterrâneo. Em outros tempos era muito estimada, mas
hoje quase não é usada, a não ser pelos turcos, que apreciam a planta como
perfume e para fumigações. Só foi introduzida no Egito em tempos posteriores
aos acontecimentos descritos no Gênesis - e eis a razão por que achavam
conveniente oferecê-la aos governadores do Egito. Como se sabe, a mirra é a
goma transudada pelos golpes feitos na casca de uma certa árvore.
MISAQUE ou MISAEL
Personagem Biblíco, descrito no Velho Testamento como um
dos Levitas responsáveis pelos cânticos e administração das coisas sagradas da
Casa de Deus, ou, Casa do Todo Poderoso; edificado pelos Reis, Davi e Salomão.
A Palavra de origem árabe significa “quem é como Deus”, ou “quem é semelhante a
Deus”. Misael também foi um dos 03 homens lançados na Fornalha dos Leões, pelo
Rei Nabucodonozor II, e sobreviveram graças a intervenção divina do Anjo do
Senhor, considerado por muitos como uma manifestação do próprio Jesus Cristo no
Velho Testamento .
MISERICÓRDIA
O termo hebraico “hesed “ (misericórdia) designa todos os
laços que ligam os membros de uma comunidade: favor, benevolência, afeto,
bondade (Gn 20,13; 47,29; 1Sm 20,8-15; Sl 36,6-11). No começo da aliança
fala-se exclusivamente da misericórdia de Deus, no sentido de amor gratuito (Dt
7,7-13; 9,4-6; Ez 16,3-14; 2Sm 7,12-15; Is 54,10; Dn 9,4). Misericórdia de Deus
é amor aos mais pobres, entre os quais sobressaem os pecadores (Is 14,1s;
49,13-15; Lc 10,29-37; Jo 10,1-21; Ex 34,6s; Is 27,11; 30,18; Lc 7,36-50;
15,1-32). Esta graça e misericórdia de Deus corporizam-se em Cristo (2Cor
5,18-21; 8,9; Gl 2,21; Hb 2,5-13; Ef 2,4-7; Cl 2,13s; Tt 2,11; 3,4). A
misericórdia do homem, como resposta à misericórdia de Deus, é mais importante
que os atos de culto (Os 6,6; Mt 5,7; 9,10-13; 12,1-7; 23,23; Lc 10,29-37;
6,36-38; 13,6-9; 15,1-32).
MISSÃO
Deus enviou seu Filho a este mundo para salvá-lo e lhe dar
a vida (Jó 10,36; 16,27s; 6,38; Lc 4,18; 19,10). O Pai e o Filho enviam o
Espírito Santo (Jó 14,16; At 2,1-11). Jesus enviou os apóstolos pelo mundo para
continuarem a sua missão (Mc 3,13; 16,15s; Mt 10,1-42; 28,18s; Jó 20,21). No
mundo grego “mistério”eram cerimônias religiosas secretas, nas quais tomavam
parte apenas pessoas iniciadas. “Mistério” tem o sentido geral de “coisa
oculta, obscura, secreta”. No NT o termo é usado não tanto no sentido de algo
incompreensível à razão, mas como revelação: “Mistério”são as ações de Deus
para estabelecer o seu reino (Mt 13,35; Ap 10,7), por meio de Jesus Cristo e da Igreja (Ef 1,9s; 3,1-9; Cl 4,3); é a
sabedoria divina revelada em Cristo (1Cor 2,7s; Cl 1,25-27; 1Tm 3,16),
especialmente o plano de Deus, inacessível ao homem mas revelado por Jesus
Cristo, de salvar todos os homens (Rm 16,25s).
MITRA
Cobertura da cabeça que deviam usar em certas funções o
Sumo Sacerdote Aarão e seus sucessores (Êx 29, 6-9; 39. 26-30; Lev 8, 13). Era
mais alta que a usada pelos sacerdotes e era ornamenta¬da com uma fita purpúrea
à qual estava presa uma lâmina de ouro com as seguintes palavras gravadas:
“Santo ao Senhor”. (Eclo 45, 14).
MOABE
Um dos filhos de Ló. A origem dos moabitas, descendentes de
Moabe, é descrita de modo vergonhoso (Gn 19,30-38), por causa de sua constante
rivalidade com os israelitas (Nm 22,1-4; Is 15; Jr 48; Ez 25,8-11).
MOCIDADE
Idade das paixões (Sl 25,7; Ecl 11,9s; Jr 31,19; 2Tm 2,22;
Tt 2,6); temor de Deus (Sl 119,9; Ecl 12,1; Eclo 51,13-15; 1Pd 5,5); disciplina
necessária (1Sm 2,26; Pr 1,8s; 4,1; Eclo 6,18-20; 25,3; Lc 2,46; 1Pd 5,5).
MOISÉS
Profeta israelita da Bíblia Hebraica (conhecida entre os
cristãos como Antigo Testamento), da Tribo de Levi. De acordo com a tradição
judaico-cristã, Moisés foi o autor dos 5 primeiros livros do Antigo Testamento
(veja também Pentateuco). É encarado pelos judeus como o seu principal
legislador e um de seus principais líderes religiosos. Segundo o Livro do
Êxodo, Moisés foi adotado pela filha do Faraó (não identificado) e educado na
corte como um princípe do Egito. Aos 40 anos, após ter matado um feitor egípcio
levado pela sua “justa” cólera, é obrigado a partir para exílio, a fim de
escapar à pena de morte. Fixa-se na região montanhosa de Midiã, situada a leste
do Golfo de Acaba. Quarenta anos depois, no Monte de Horebe, é finalmente
“comissionado pelo Deus de Abraão” como o “Libertador de Israel”. Ele conduziu
o povo de Israel até ao limiar de Canaã, a Terra Prometida a Abraão. No início
da jornada, acurralados pelo Faraó, que se arrependera de te-los deixado
partir, ocorre um dos fatos mais conhecidos da Bíblia: A divisão das águas do
Mar Vermelho, para que o povo, por terra seca, fugisse dos egípcios, que
tentando o mesmo, se afogaram. Andaram em círculos no deserto por 40 anos até
que no Monte de Horebe, na Península do Sinai, Moisés recebeu as Tábuas dos Dez
Mandamentos do Deus de Abraão, escritos “pelo dedo de Deus”. As tábuas eram
guardadas na Arca do Concerto. Depois, o seu código de leis é ampliado para
cerca de 600 leis. É comumente chamado de Lei Mosaica. Os judeus, porém, a
consideram como a Lei (em
hebr. Toráh ) de Deus dada a Israel por intermédio de Moisés.
MOLOC
Divindade cananéia a que se ofereciam sacrifícios humanos
(Lv 20,5; 2Rs 16,3; 23,10).
MONTANHA
Em oposição ao Egito e à Babilônia, a
Palestina é uma região de montanhas; por isso a expressão “subir do Egito” ou
“subir a Jerusalém”. Montanhas caracterizam a região da Judéia, Samaria e
Galiléia em oposição à planície costeira do Mediterrâneo. A montanha é
considerada habitação da divindade. Por isso os santuários se localizavam
muitas vezes no topo dos montes (lugares altos). Foi nos montes Sinai (Dt 33,2)
e Tabor (Mt 17,1-8) que Deus se revelou. A colina de Sião, sobre a qual estão
Jerusalém e o templo, é a montanha “onde o Senhor habitará para sempre” (Sl
68,17) e implantará seu reino escatológico (Is 2,2-5).
MONTE DAS OLIVEIRAS
Monte situado a leste de Jerusalém,
Israel, onde, segundo a Bíblia sagrada, Jesus Cristo transmitiu alguns de seus
ensinamentos. Nas suas encostas ficavam Betfagé, Betânia e o Getsemani O viajante que entra em Jerusalém vindo do
oriente, deve atravessá-lo, e, portanto, é mencionada nas narrativas da entrada
triunfal de Jesus em Jerusalém (Mt 21.1 paralelo Mc 11.1; Lc 19. 28). A vista
que se descortina diante dele, abrangendo de cima a área do templo, explica por
que foi ali que Jesus lamentou a impenitência de Jerusalém (Lc 19.29-44), e
ensinou a respeito da eminência da ruína do templo (Mt 24.1-3 paralelo Mc
13.1-4; Lc 21.5-7). Em alguma localidade desta serra, Jesus e Seus discípulos
passaram as noites da Sua última semana (Lc 21.37), provavelmente na estância
conhecida como Getsemani (lagar de óleo ou prensa de azeite, sendo, segundo se
presume, um olival) este era o lugar no monte das Oliveiras em que havia um
jardim onde Jesus costumava orar {Mt 26.36}. Foi o lugar para onde foram depois
da Última Ceia (Mc 14.26,32) e também era o lugar de encontro regular deles (Jó
18.1,2). Getsemani foi o cenário de entrega final que Jesus fez de Si mesmo
para Seu padecimento redentor; ali mesmo, foi preso. Foi também no Monte das
Oliveiras que Jesus ascendeu ao céu (Lc 24.50-51). Baseado em At 1.11 com Zc
10.4, têm a crença de que ali será o palco de Sua Volta
MORASTIA
Pequeno lugarejo da tribo de Judá, onde nasceu o profeta
Miquéias. (Js 26, 28).
MORIÁ
Designação dada a uma colina rochosa onde o Rei Salomão
construiu o templo para Deus. Foi o seu pai, o Rei Davi, que adquiriu o terreno
do jebuseu Araúna para erigir ali um altar segundo: (2 Sam 24:16-25; 1Crônicas
21:15-28; 2 Crônicas 3:1). A antiga tradição judaica associa o lugar onde o
Templo de Salomão se erguia com o monte na “terra de Moriá”, onde Abraão, às
ordens de Deus, tentou oferecer o seu filho. (Gênesis 22:2). Foi para a “terra
de Moriá” que Abraão viajou e, no terceiro dia, ele viu à distância o lugar
indicado por Deus (Gênesis 21:33, 34; 22:4, 19). Parece evidente que o monte
Moriá não era habitado no tempo de Abraão, sendo portanto um local isolado e
adequado para a realização do sacrifício. Salém, o povoado que mais tarde deu
origem à capital do Reino de Israel, Jerusalém, deveria situar-se a alguma
distância daquele local. Que o lugar ainda se encontrava isolado séculos depois
pode ser deduzido do facto de ali existir uma eira, nos dias de Davi, não se
mencionando qualquer construção naquele local (2Crônicas 3:1)
MORTE
É o destino universal do homem (Js 23,14; 1Rs 2,2; Ecl
12,7). A Escritura não reflete sobre a morte como processo fisiológico. Mesmo quando diz “exalou o
espírito”ou “Deus retira o hálito de vida” não se refere à alma em sentido
atual, mas à aparência externa da cessação de respiração (Jó 34,14; Ecl 12,7;
Mt 27,50; Lc 23,46; Jó 19,30). A morte repentina e prematura é considerada efeito
da ira de Deus (Jó 15,32; Sl 55,24; Nm 27,3), especialmente a morte dos
pecadores (Sl 34,23; Pr 11,7; Eclo 41,1; Lc 16,22). Deus é o Senhor da vida e
da morte (1Sm 2,6; Jó 14,5). Esta aparece como hostil a Deus, pertencendo ao
império de Satã (1Cor 15,26; Ap 6,8; 20,12s; Hb 2,14). A morte é vista como
conseqüência do pecado (Gn 2,17; 3,19; Sb 2,23s; Eclo 25,24; Rm 5,12; 1Cor
15,21s). O Xeol é o reino da morte, considerado como uma gruta subterrânea
debaixo das águas do abismo (Gn 37,35; 1Rs 2,6; Pr 9,18; Jó 10,21s). No AT é
difícil encontrar a idéia de uma vida para além da morte. Contudo, alguns
textos mais tardios falam duma futura ressurreição (Dn 12,2; 2Mc 7,9.11.14.23)
e de uma vida junto de Deus (Sb 5,15s; 6,18s). No NT Cristo aniquilou a morte
com a sua própria morte (Rm 5,6-8; 2 Cor 5,14s; Gl 3,13; Cl 1,18). Descendo ao
Xeol (1Pd 3,19; 4,6), recebeu as chaves do reino da morte (Ap 1,18), o último
inimigo a ser vencido (1Cor 15, 25s; Ap 20,14). O cristão, batizado em Cristo,
deve morrer diariamente (Rm 6,11s; 8,10; 2Cor 4,7-12; 6,9).
MOSTARDA
Semente de uma planta crucífera que anualmente desponta sua
flor amarela. Esta semente, muito usada como condimento, é extremamente
pequena. No entanto, quer em estado selvagem ou de cultura, ultrapassa as demais
plantas de jardim, atingindo a altura de 3 ou 4 m , ao ponto das aves se
reunirem à sombra de seus galhos. Este crescimento excepcional fornece uma
figura proverbial para o grande sucesso do que se inicia de humildes bases.
Nosso Senhor usou-a para descrever o poder da Fé. (Mt 17. 19; Lc 17, 6).
MULHER
A condição social da mulher no AT é bastante má (Lv 27,3s;
Gn 16,1-14; 30,1-4; 24,16-30; Nm 27,1-10; Dt 22,23-29). A literatura sapiencial
reconhece-lhe, contudo, alguns valores (2Sm 11,1-5; Ez 24,15-18; Eclo 36,23-27;
Pr 5,15-18; 12,4; 31,10-31). Certas atitudes de Cristo manifestam a vontade de
libertar a mulher da sua condição (Lc 8,1-3; 10,38-42; Jo 12,1-8). Assim, as mulheres vão tomando importância no NT (1Cor
7,3-5; 11,11s; Jó 20,1-7; Rm 16,1s.6.12; At 5,14; 16,13-15; Fl 4,2s). O
Evangelho de Lucas preocupa-se por dar relevo às mulheres na vida de Cristo (Lc
7,36-50; 8,1-3; 10,38-42; 18,1-6). Proclama-se a igualdade radical entre homem
e mulher (Gl 3,28; Gn 1,27), contudo, mesmo no NT, em alguns aspectos, a mulher
é vista à luz da sociologia judaica (1Cor 11,2-12; 14,34s; 1Tm 2,11s).
MUNDO
A palavra tem várias significações: O
universo, ou cosmo (Sl 24,1). A idéia que os escritores bíblicos tinham do
mundo era a dos homens de seu tempo. Concebiam-no como uma casa com três
divisões: uma gruta o Xeol ; um rés-do-chão -a terra firme, morada do homem,
colocada sobre o grande abismo (1Sm 2,8; 1Cr 16,30; Sl 24,2; Jó 38,4), apoiada
em quatro colunas (1Sm 2,8; Is 24,18; 40,21; Jr 31,37; Mq 6,2; Sl 18,16; Jó 9,6),
e coberta pela abóbada do firmamento (Gn 1,14-18) no qual Deus dependurou as
estrelas (Gn 1,16; Js 10,12s; Eclo 46,4) e sobre o qual havia um mar de águas
doces (Gn 7,11; 8,2; Is 24,18; Ml 3,10); um primeiro andar -o céu, a morada de
Deus. O judaísmo distingue o mundo presente, sujeito à corrupção, ao pecado (Is
13,11-13; Jó 14,27; 1Cor 1,20s), e o mundo vindouro que corresponde ao reino de
Deus (Jó 13,1; 16,28; 1Cor 6,2). Mundo é também tudo que se opõe a Deus e a
Cristo (Jó 1,10; Ef 2,2). Deus, porém, ama o mundo e enviou seu Filho para
salvar a todos que nele crerem (Jó 3,16).
MURO DAS LAMENTAÇÕES
Local mais sagrado do judaísmo. Trata-se do único vestígio
do antigo templo de Herodes, erigido por Herodes o Grande no lugar do Templo de
Jerusalém inicial. Foi destruído por Tito no ano de 70. Muitos fieis judeus
visitam o Muro das Lamentações para orar e depositar seus desejos por escrito.
Antes da sua reabilitação por Israel, após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, o
local servia de depósito para incineração de lixo. Longa parede em Jerusalém
que se acredita ter sido parte do Templo de Salomão. Propriamente é o muro de
animo, do lado ocidental da esplanada em que estava construído o Templo. É
sagrado para os judeus que costumam ir aí orar e chorar na véspera do sábado e
das festas.
MÚSICA
Atribui-se a invenção da música instrumental a Jubal, o
sexto descendente de Caim (Gn 4.21). Em (Gn 31.26,27) há uma referência ao
contentamento e aos cânticos, com tamboril e com harpa, o cântico de Miriã e
das mulheres de Israel, à beira do mar Vermelho, foi acompanhado de toques de
tamborins e de danças (Êx 15.20). A música, tanto vocal como instrumental, era
usada nos serviços religiosos dos hebreus. De várias referências se deduz que
os instrumentos eram de som forte e harmoniosos. Como os cânticos públicos eram
cantados em respostas alternadas, fazendo-se ouvir o coro geral, depois
daquelas partes do salmo que eram cantadas somente pelos diretores do canto,
tornavam-se necessários instrumentos apropriados para guiar as vozes de tantas
pessoas, como eram as que se reuniam por ocasião das grandes solenidades. A
música era uma parte essencial da instrução ministrada nas escolas dos
profetas. Em Betel havia uma escola deste gênero (1 Sm 10.5), bem como em Ramá
(1 Sm 19.19,20), em Jericó (2 Rs 2.5,7,15), e em Gilgal (2 Rs 4.38). Davi
reunia em volta dele cantores e cantoras, que podiam celebrar as vitórias do
rei, e tornar alegres as suas horas de paz (2 Sm 19.35). Salomão fez a mesma
coisa (Ec 2.8), e ele próprio não era compositor medíocre (1 Rs 4.32). o serviço do canto no templo era efetuado pelos
levitas. Sendo de 38.000 o número de que se compunha a tribo de Levi, no
reinado de Davi, 4.000 entre eles estavam afastados para louvar ao Senhor com
os instrumentos que o rei tinha mandado fazer (1 Cr 23.5), e para os quais ele
lhes ensinou um canto especial. Parece que o rei-poeta também organizou o coro
levítico e a orquestra, que de alguma forma continuaram nos tempos de Salomão,
de Josafá, e ainda existiam quando se lançaram os fundamentos do segundo templo
(1 Cr 15.16 a
24 - 2 Cr 7.6 - Ed 3.10,11). Entre os hebreus havia música nos casamentos, nas
festas de aniversário, por ocasião das vitórias, na aclamação dos reis, e
quando se realizavam as grandes festas da sua nação.
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