Gideão foi um juiz de Israel que
liderou a libertação de seu povo da opressão dos midianitas. A história de
Gideão é muito lembrada pelo episódio em que ele derrotou um grande exército
apenas com 300 homens ao seu lado.
O nome Gideão significa
“lenhador”. Ele também é chamado na Bíblia pelo nome de Jerubaal, que
significa “deixe Baal lutar contra ele” (Juízes 7; 8; 9). Posteriormente, o
nome Jerubaal foi alterado no texto bíblico para “Jerubesete”, já que o nome
Baal tornou-se detestável entre os israelitas (2 Samuel 11:21). Jerubesete
significa algo como “deixe o vergonhoso lutar contra ele”.
Quem
foi Gideão?
Gideão era filho de Joás, do clã
de Abiezer, e pertencia a tribo de Manassés (Juízes 6:11,15). Gideão viveu
em um período em que o povo de Israel havia se voltado à idolatria, praticando
a adoração ao deus pagão Baal.
Os israelitas não se preocupavam
com as coisas do Senhor. Eles acabaram se tornando presas fáceis dos
midianitas, um povo beduíno que dominava aquela área central da Palestina
(Juízes 6-8). Constantemente os hebreus eram saqueados pelos midianitas, que
lhes tomavam o gado e os resultados das colheitas.
Consequentemente os judeus
acabaram ficando cada vez mais empobrecidos, e passaram a viver escondidos nas
montanhas e em cavernas. Sentindo o peso da opressão, o povo de Israel começou
a clamar ao Senhor pedindo sua libertação.
Foi nesse contexto histórico que
o Anjo do Senhor apareceu a Gideão enquanto ele estava malhando seu trigo em
uma prensa de vinho com a finalidade de se esconder dos midianitas. Acredita-se
que Gideão tinha cerca de trinta anos de idade naquela ocasião (Juízes 8:20).
A
convocação divina
O Anjo do Senhor encarregou
Gideão de liderar o exército de Israel que derrotaria os midianitas, mas ele
não se achava capaz para aquela tarefa. Ele alegava ser o menor de sua família,
e pertencia ao clã menos importante de sua tribo (Juízes 6:14-16). Então o Anjo
do Senhor confirmou a convocação de Gideão fazendo com que fogo consumisse de
forma milagrosa a oferta que ele havia preparado ao Senhor.
A primeira coisa que Deus ordenou
que Gideão fizesse foi destruir o altar de Baal que pertencia a seu pai. Ele
também deveria derrubar o poste-ídolo de Aserá, e construír um altar ao Senhor
no topo da elevação. Gideão fez tudo isso de noite, pois tinha medo de sua
família e dos habitantes da cidade.
Pela manhã os homens da cidade
viram que o altar de Baal estava destruído. Eles concluíram que Gideão era o
responsável, e por isto deveria morrer. Foi então que Joás, seu pai, se
levantou diante daqueles homens e disse que se Baal fosse realmente um deus,
ele teria se defendido quando seu altar foi destruído. Foi por conta desse
episódio que Gideão foi chamado “Jerubaal” (Juízes 6:32).
Gideão
e o exército de 300 homens
Naquele mesmo tempo os midianitas
e seus aliados empreenderam uma invasão contra Israel. Então o Espírito do
Senhor se apoderou de Gideão capacitando-o para libertar o seu povo.
Gideão convocou um exército das
tribos de Manassés, Zebulom, Aser e Naftali, que somou 32 mil homens. Gideão
não tinha experiência na guerra, e por isto pediu um sinal da parte de Deus.
Ele queria uma confirmação de que aquela realmente era a vontade divina, e que
Israel seria vitorioso.
Gideão colocou um velo de lã no
chão, e pediu que o orvalho da noite molhasse apenas a lã, deixando o chão
seco. Pela manhã ele viu que isto aconteceu. Na noite seguinte, ele pediu que a
lã ficasse seca e o chão ao seu redor molhado. Mais uma vez o Senhor deu sinal
de sua presença.
Antes da batalha, Deus disse a
Gideão que o exército de Israel estava muito grande. Isto poderia gerar orgulho
entre o povo. Então o Senhor lhe ordenou que mandasse os covardes embora,
reduzindo o exército para 10 mil homens. Depois os descuidados também foram
dispensados, restando apenas 300 homens. Esses 300 homens deveriam lutar contra
135 mil midianitas e aliados, mas o Senhor estava com Gideão e seus 300 homens!
A
libertação de Israel
Gideão separou os 300 homens em
três grupos. Depois, ele liderou um súbito ataque noturno que deixou os
midianitas confusos e apavorados. Os israelitas faziam grande barulho tocando
suas buzinas e gritando o famoso grito de guerra: “Espada do Senhor e de
Gideão” (Juízes 7:20).
Com o exército inimigo
desestabilizado e em fuga, Gideão o perseguiu e matou seus lideres. Finalmente
o povo de Israel estava livre de seus opressores. Gideão se recusou a
estabelecer uma monarquia em Israel, mas aceitou alguns presentes de ouro dos
despojos da guerra.
Com esse ouro todo Gideão fez um
tipo de veste sacerdotal que ele colocou em Orfa, sua cidade. Isso se tornou
uma armadilha para ele e sua família, pois foi motivo de apostasia e idolatria
para o povo de Israel (Juízes 8:22-27).
O
legado de Gideão
Gideão é um exemplo de como Deus
escolhe e usa o menor dos homens para desempenhar a mais importante tarefa. Ele
era homem um tanto quanto medroso, mas sua fé em Deus e a capacitação do
Espírito Santo fizeram dele um “varão valoroso” (Juízes 6:12).
Gideão é mencionado na galeria
dos heróis da fé, como alguém que pela fé venceu reinos (Hebreus 11:32,33). Ele
é reconhecido como o mais importante dos juízes de Israel, o único deles que
recebeu pessoalmente a visita do Anjo do Senhor. Gideão liderou Israel por 40
anos, e durante todo o restante de sua vida houve paz.
Mas Gideão também fracassou de
forma grave diante do Senhor. Além do objeto construído por ele que trouxe
idolatria para dentro de Israel, Gideão teve muitas mulheres. Com elas ele foi
pai de 70 filhos! Mas à semelhança de Davi, sua família foi marcada por
tragédias.
Sob esse aspecto, a história de
Gideão aponta para Cristo. Ela demonstra a necessidade de um rei que
verdadeiramente fosse capaz de guardar a Aliança e estabelecer um reino
perfeito e eterno onde há genuína paz.
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