Pastor
Leandro Carius
Uma Cidade a que pôs o nome de
Enoque, nome do seu filho, ou seja, superando o nomadismo a que fora condenado
enquanto indivíduo, bem como um pecuarista, como Jabal – GN. 4.20, cultural
(não tardou a surgir a música, com Jabal GN 4.21 e tecnológico (Tubalcaim
desenvolveu a metalurgia).
OBS 1 - O texto apresenta o desenvolvimento da
civilização, com suas bases culturas e
tecnologias. Surge o homem político (da polis cidade, v. 17), o homem artista
(v.21) e o homem artesão (v. 22).
A civilização, porém, nasce de
Caim: autossuficiência, a violência se multiplica cada vez mais, gerando uma
sociedade fundada na hostilidade e na competição.
Tudo perdido? Não. Surge também o
homem religioso (v.26), que busca reunir novamente aquilo que o homem
autossuficiente divide e separa.
Em MT. 18:21,22, O novo
Testamento apresenta a antítese da violência. (Bíblia sagrada, Edição Pastoral,
com. Gn 4. 17-26, p.18).
Se no ponto de vista material, os
caministas eram prósperos moral e espiritualmente, eram um retundo fracasso. A
bíblia relata que, nesta civilização, iniciou-se a poligamia (Lameque, o
primeiro polígamo, Gn 4.19), abandonando-se o modelo divino de família; houve
aumento da violência, com novo homicídio, que gerou a vingança humana como
modelo de justiça como demonstra
“Cantico da espada” de Lameque (Gn. 4: 23, 24); o desvalor do ser humano
se patenteia, pois uma vida ceifada apenas por causa de um pisão (Gn. 4.23), inicia-se a prostituição, pois a
irmã de Tubalcaim, Naamá, é tida como a primeira prostituta da história, (seu
nome quer dizer “agradável”, “desejável”).
OBS 2 – Um aspecto interessante
da civilização Caimita é que é a civilização da violência, algo que tem sido
assunto do cotidiano em nosso País.
A propósito, reproduzimos aqui um
estudo sobre violência, que toma como fonte de inspiração precisamente o
epsódio Biblico de Caim e de Abel: “... Na Bíblia, a violencia aparece não como
realidade que determina o agir humano, porque a grande realidade fundante e
criadora é Deus, que cria as pessoas à ”sua imagem”. A violência aparece como
consequência do pecado humano... É a criação do homem e da mulher “à imagem e
semelhança” de Deus (Gn. 1, 26-27) que possibilita que, em cada homem e em cada
mulher, aconteça o desejo do Reino de Deus, que é um desejo de paz ...Toda a
história da salvação pode ser vista ou lida na perspectiva da busca da paz
constantemente perdida e superação da violência instaurada pelo pecado humano.
Por isso, as promessas messiânicas são de paz, harmonia e reconciliação
Universal, que inclui todo o cosmo e toda a criação… A ruptura desse desejo
primordial de paz, ou a impossibilidade de realizá-lo vem do pecado humano.
O “desejo mimético” ( René Girard
) mais violento, o desejo de morte e vingança, o desejo de desforrar, de
estar “quites”, de que o outro “pague” ou de que o outro sofra, o desejo
de domínio e destruição ou o desejo egoísta e egocêntrico que impede de
perceber o desejo de paz das outras pessoas não estão, segundo as Escrituras
Sagradas, “no inínio “.
No início é o desejo de paz a
violência e desejo pervertido, alienado, enlouquecido. O pecado do homem e da
mulher, que recusam a serem criaturas, querem igualar-se a Deus, é a
primeira violência, geradora de todas as outras (Gn.3)... O livro de Gênesis
nos traz o relato paradigmático da violência de irmão contra irmão (Gn. 4).
Paradigmático porque Caim representa a humanidade fratricida. Abel não é um
estranho é um irmão que se transforma em rival e Caim o assassino. À pergunta
de Deus por seu irmão Caim responde: “Não sei. Sou eu o guarda do meu irmão?”
No entanto, a “voz do sangue” de Abel clama do solo à Deus, que condena
totalmente a Caim ao amaldiçoá-lo e bani-lo do solo que “abriu a boca para
recolher da tua mão o sangue do teu irmão”. A maldição do solo, acontecida com
o pecado de Adão e Eva em (Gn. 3.17), recai agora sobre Caim. A condenação
total de Deus, no entanto, é seguida por um ato inusitado: Ele pôs sobre
Caim um sinal de proteção, “para que ninguém ao encontrá-lo, o ferisse”.
Com isso. Deus rompe o prosseguimento da espiral da violência, para que
violência não seja virada com violência. Caim se torna então construtor
de cidades. Cidades fortificadas, de defesa e proteção contra os outros. A
defesa contra o irmão tem sua origem no pecado, na violência primeira de matar
o irmão, que por sua vez tem sua origem na primeira violência, a do
homem e mulher contra Deus (Gn. 3), Como romper esse círculo de violência e
defesa? Deus pôs sobre Caim um sinal de proteção, “para que ninguém, ao encontrá-lo,
o ferisse”. Com isso, Deus rompe o prosseguimento da espiral da violência,
para que violência não seja vingada com violência. O relato do dilúvio
nos conta que a Terra ficou “cheia de violência” (Gn.6, 11) e que “o dia todo o
coração do homem não fazia outra coisa senão conceber o mal” (Gn. 6,5),
mostrando assim a continuidade da espiral da violência, trazendo de volta
o caos. Ninguém é inocente,isento da violência do pecado. A reconstrução da
terra virar então da família de Noé, o pequeno “resto” por meio da qual
se renovará a promessa de Deus (Gm. 9,9).
A civilização caneta não tinha
lugar algum para Deus, tanto que nada a respeito de um relacionamento com
Deus ou de busca de Deus entre seus integrantes é revelado na Bíblia Sagrada.
Teve grande desenvolvimento e acabou por assimilar até a geração piedosa
advinda de Sete (onde, sim, se começou a invocar o nome do Senhor - Gn. 4.26),
Na primeira globalização na história humana (cf. Gn. 6: 1,2), de tal modo que
não sobrou senão uma única família na face da terra, dentre os cientistas
(Gn. 6:6-12), tendo este caminho de Caim terminado com a destruição de toda
esta civilização com o dilúvio (cf. Rm. 6:23).
Obs. É interessante notar que,
por incrível que possa parecer, o Alcorão afirma que Caim se
arrependeu e que, antes até deste arrependimento, Deus chegara até
a ajudá-lo a sepultar o cadáver através de um corvo, como se Deus
colocasse com homicidas (o que talvez se explique porque os versos
seguintes à passagem defendem a morte dos “infiéis” por parte dos
muçulmanos, seguindo, assim, o caminho de Caim...).
A Bíblia, porém, diz algo bem
diferente, o que demonstra que a própria civilização islâmica, conquanto
religiosa, insere-se no contexto do “mundo” tanto que faz questão de alencar
cair como um arrependido. Eis a passagem corânica: “E conta-lhes (ó Mensageiro)
a história dos dois filhos de Adão. Quando apresentaram duas oferendas:
foi aceita a de um e recusada a do outro. Disse aqueles cuja oferenda foi
recusada: juro que te matarei. Disse-lhe (o outro): Deus só aceita
(a oferenda) dos justos. Ainda que levantasse a mão para assassinar-me,
jamais levantaria a minha para matar-te, porque temos a Deus,
Senhor do Universo. Quero que arques com a minha e com a tua culpa,
para que sejas um dos condenados ao inferno, que é o castigo dos
iníquos. E o egoísmo (do outro) induziu-o a assassinar o irmão; assassinou-o e
contou se entre os desventurados. E Deus enviou um corvo, que se pôs a
escavar a terra para ensinar-lhe a ocultar o cadáver do irmão. Disse: Ai
de mim! Não é verdade que não fui capaz de ocultar o cadáver do meu irmão, se
até este corpo é capaz de fazê-lo? Contou-se, depois, entre os arrependidos. “
(5:27-31).
Outra versão a respeito de Caim é
dada pelos mórmons, para quem Caim teria sido a primeira pessoa que teria
efetuado um pacto com Satanás, pelo qual teria passado a se denominar “mestre
mahan”, o “mestre do grande segredo” conforme se registra fantasiosamente
em um dos livros sagrados desta seita, denominada “Pérola do grande
valor”, onde se nota uma certa influência rosacrucianismo e maçônica.
Nesta obra, aliás, no chamado o “livro de Moisés”, é dito que “a semente
de Caim era Negra e não tinha lugar e entre eles (os outros filhos de Adão,
observação nessa nossa). (7:22), de onde veio o racismo que caracterizou
os mórmons até a década de 1970. Os Mórmons afirmam, ainda, em seu
dicionário bíblico oficial, que Caim matou seu irmão mais novo, Abel, em virtude
da inveja e ganância. Negam que Caim tenha sido o primogênito de Adão e Eva e
que “revelação” dada a Jospeh Smith explica que Caim não foi o filho mais
velho e que teria casado com uma sobrinha, conforme texto do mencionado o
“livro de Moisés” da “pérola de valor”, Os Mórmons, por fim, afirma que Caim
foi colocado fora da presença de Deus, em total contraposição ao que a Bíblia
nos afirma, ou seja, de que foi Caim quem, voluntariamente, saiu da
presença do Senhor.
Estudo de Pastor: Leandro Carius
Digitado Por: Pastora Eliane de
F. C. Ramos
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