3) A porta que abre para dentro.
"Eis
que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei
em sua casa, e cearei com ele e ele comigo." (Ap 3.20).
As
condições históricas e espirituais mudaram. No dia da ressurreição, os discípulos
mantinham a porta fechada com medo, perderam por horas a bênção da presença do
Senhor Ressurreto, mas Ele veio ao encontro em misericórdia, como que
anunciando que a profecia se cumpriu. "Paz seja convosco". Sem temor,
eu ressuscitei. Feito o anúncio, herdadas as promessas, a Igreja prosseguiu na
obra do Reino de Deus, anunciando e sinalizando por Jesus. Agora, já no final
do século primeiro, debaixo da perseguição do Imperador Domiciano, com uma
Igreja em parte consolidada, especialmente na Ásia Menor, que é parte do que
hoje é a Turquia, ali ficavam as 7 igrejas da Ásia, a quem o Senhor dirige,
através do Apóstolo João, as cartas com mensagens de desafio, que, na verdade,
se dirigiam a toda a Igreja do Senhor, ontem e hoje.
Considero o texto acima um
grande escândalo, pois retrata a condição da igreja de Laodicéia, a qual é,
hoje, igual em várias partes, se reúne e elabora sua teologia sobre a revelação
de Deus no Cristo ressurreto, celebra o culto ao Senhor, o povo canta, ora, o
pastor prega, mas Jesus, o Cristo, está do lado de fora. É como se Ele, Jesus,
seguisse morto; invoca-se o Deus Onipotente, Ressuscitado, sim, o
Todo-Poderoso, mas Ele está do lado de fora; o texto diz que: o ambiente era
morno, e eles estavam prestes a serem vomitados (cf. Ap 3.15-16).
Por isso, o Senhor, do
lado de fora, batia à porta da igreja de Laodicéia. Trágico! No mundo de hoje,
há igrejas de portas fechadas, algumas abriram para ser um teatro; outras,
casas de show religioso, os pastores e músicos são tão talentosos, empolgantes,
que dispensam a sobrenatural presença de Deus. Ou algumas estão mais para
capela funerárias, elaboram e lamentam um morto, nada mais pode acontecer, nada
se espera, é pura desolação. De vez em quando, acontece um evento para
"animar" a igreja. Deus nos livre disto!
Na verdade, esta porta
abre para dentro, porque o Senhor não quer violentar nossa vontade, é você meu
irmão, irmã, sou eu, somos nós, Igreja do Senhor, que abrimos esta porta, o
trinco está pelo lado de dentro. Temos que, diariamente, convidar Cristo a
entrar em nossa vida, dizendo: "Senhor Jesus, entra nos problemas da minha
vida, da minha família, da minha igreja".
Esse convite é
extraordinário, porque coloca dentro de nossa vida e da Igreja, aquele descrito
por João em Apocalipse 1: "Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi,
por detrás de mim, grande voz, como de trombeta. A sua cabeça e cabelos eram
brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; os pés,
semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz
de muitas águas. Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma
afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força.
Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita,
dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive
morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da
morte e do inferno. Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete
candeeiros de ouro." (Ap 1.10;14-18;12) Este é o teu, o meu Salvador, o
Todo-Poderoso; deixá-lo entrar faz toda a diferença na nossa vida, na vida da
Igreja e na vida do mundo. Digamos: Maranata: Vem, Senhor Jesus!
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